Small Doses

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Intrigante.

Não podia negar o quão intrigante ele era.

vê-lo falar sobre a Lenda da Lua Negra era simplesmente cativante.

Era até engraçado, a lenda da Lua Negra, era sobre uma mulher que foi condenada a viver para sempre nas trevas.

O que parecia ser até ironia se fosse parar pra pensar.

ainda não sabia o porquê, mas ele a havia cativado ao falar sobre essa lenda.

   — Primeira vez aqui em New Orleans? — Ouviu o híbrido perguntar, mudando de assunto. Ele parecia estar interessado em conversar, talvez quisesse apenas se alimentar.

   — Uhn... Sim! Primeira vez — Era claro que não era a sua primeira vez, mas isso não vinha ao caso agora.

   — E porque escolher New Orleans para conhecer? — Ele realmente estava interessado em saber aquilo, suas Sobrancelhas erguidas passava esse sinal.

   — A cultura, as lendas, as histórias. Sou historiadora, Klaus, esse tipo de coisa prende bastante a minha atenção, Bruxas? Vampiros? Como não vir conhecer esse lugar? — Mostro-me bastante empolgada, afinal, o importante é manter o papel da turista curiosa.

Klaus sorri. Dá aquele sorriso junto a uma meio risada. Pisco os olhos rapidamente, espantando pensamentos inoportunos. O que droga eu tinha hoje?

   — E você não tem medo? — O vi arquear apenas uma das sobrancelhas, parecia um desafio, imito seu gesto, tal qual cruzo minhas mãos, as deixando apoiadas sobre a mesa, apenas para aproximar-me mais dele sobre a mesa, propositalmente.

   — Eu? Medo? Rá! Meu Sonho é me encontrar com um vampiro de verdade a noite. Vou até começar a andar mais por aqui a noite, pelo quartel, quem sabe — Lhe ofereço um sorriso sem dentes, ainda mantendo o tom de desafio.

A forma como ele sorri de canto, me olhando nos olhos. Será que seria mais fácil se ele só tentasse se alimentar de mim? Seria mais fácil assim mata-lo?

   — Não acho recomendável, uma garota como você, Bonita, andando pelo quartel tarde da noite, ainda mais sozinha — Ele pareceu sugestivo, e eu gostei, era óbvio que não conseguiria ganhar sua confiança de uma vez, mas, quem sabe começar por aí.

Afinal... Pelo visto ele me acha bonita... Não que isso seja importante, não é?

   — E o que é que me recomenda? — Indago aquilo num estalar de língua, ele não havia perdido seu sorriso de canto a momento algum, parecia estar gostando — Infelizmente eu vim sozinha pra cá, nenhum parente ou amigo quis vir comigo — Numa expressão de desânimo, acomodo-me de volta em minha cadeira, será que pena funcionava com ele?

   — Você não tem família? — Ele pareceu mais sério agora. Mas o que digo agora? Uma Meio Verdade? Ou apenas minto? Vamos tentar uma meio verdade.

   — Não... Quer dizer, eu sou casada, mas ele é muito ocupado com o emprego dele, e bem... eu só tenho ele, sem pais, sem irmãos, só ele... — Ainda com aquela expressão de desânimo no rosto, o vejo balançar a cabeça levemente em sinal de negação.

   — Então ele é um louco, você jamais deveria ser deixada sozinha — O vi falar seriamente, olhei para baixo, mantendo meu papel de coitada.

   — Tá tudo bem, aqui eu consegui fazer amizade com o Marcel... Que tal ele para me apresentar o quartel melhor? — Sugeri, dando de ombros, voltando meu olhar para os olhos do Híbrido, que na mesma hora voltou com seu sorriso de canto.

Ꮖ ՏͲᏆᏞᏞ ᏞϴᏙᎬ ᎽϴႮ - мικαєℓѕοи'sOnde histórias criam vida. Descubra agora