𝑳𝒆𝒕 𝒏𝒐𝒕 𝒅𝒆𝒂𝒕𝒉 𝒔𝒆𝒑𝒂𝒓𝒂𝒕𝒆 𝒖𝒔 ⁻ ᴹⁱⁿˢᵘⁿᵍ

Trabalho "pt.2"

Quarta-feira 12 de Janeiro de 2024 16:00

Eu e Minho continuamos conversando depois da festa,aparentemente ele não havia visto as publicações daquelas páginas de fofoca,marcamos de fazer o trabalho hoje,afinal depois da semana que vem acabam as férias,mas como sempre eu estava atrasado.

Olhei para o celular vibrando em cima da cama e era Minho me ligando,atendi e coloquei no viva-voz

- Han onde você tá?

- Em casa! - disse ofegante indo de um lado pro outro

- Ainda?!

- Quer que eu faça o que,não acho minha camisa

- Pelo amor de deus,vai demorar pra achar?

- Minho vai tomar no cu

- To só esperando você chegar - Pude ouvir um tom malicioso na voz de Minho mas demorei um pouco a compreender,quando entendi meu rostos enrubeceu

- Minho! - Exclamei envergonhado e encerrei a ligação

Fui pra casa de Minho,não era uma super casa como a de Changbin,mas parecia aconchegante,cheguei e toquei a campainha,ouvi um barulho como se algo tivesse caído e sem muita espera a porta se abriu,Minho estava com os cabelos levemente desarrumados,usava uma bermuda preta,uma meia alta branca e um moletom cinza

- Oi,foi mal a demora - Falei

- De boa,eu só tava brincando com você,entra - entrei e fomos para o quarto dele

- Você tá bem? - Perguntei

- Sim...por que? - Ele perguntou confuso

- Eu ouvi um barulho,antes de você abrir a porta.

- Ta querendo dizer que você acha que eu cai um tombo e bati de boca no chão?

- Eu só comentei - dei um riso

- Achei muito presunçoso da sua parte,portanto não irei lhe dar satisfações

- Você caiu e bateu a boca no chão né?

- Sim - Ele fez uma cara de choro. - e doeu.Sabe,se eu fosse você,como um bom amigo eu daria um beijinho pra sarar

- Beijinho?o doce?

- Não,um beijo no machucado,pra melhorar

- Ué,não entendi

- Deixa pra lá - ele riu e abriu a porta do quarto

- Ah perai! você tá dizendo que eu deveria dar um beijo na sua boca pra melhorar seu machucado? - Minho fechou a porta e ficou apenas me olhando - Puta merda! Para de ser gay - revirei os olhos e ele riu

- Você é bem inteligente,mas pouco esperto.

- Só pra você saber,eu já poderia estar na faculdade se minha mãe não tivesse me dito que eu precisava da experiência do ensino médio

- Como assim? - ele me olhou confuso

- Eu estudei em casa quando tava na Malásia,ai quando voltei pra Coreia fiz uma prova e falaram que eu podia ir direto pra faculdade,mesmo tendo 14 anos,mas minha mãe disse que eu deveria ir pro ensino médio - expliquei

- Uau,isso na verdade é surpreendente.Afinal,por que vocês voltaram para a Coreia?

- Meus pais nasceram aqui,e sentiam falta da Coreia,mas também,a minha avó teve um problema de coração e precisou de um transplante.Então minha mãe pensou que se ela não conseguisse sobreviver pelo menos ela deveria... - Senti um aperto no peito,lembrei do quão tenso e doloroso foi esse período - passar o tempo que lhe restava com a família

Minho desviou os olhos de mim como se tentasse fugir das minhas palavras - Isso...deve ter sido difícil

- Sim...mas deu tudo certo,e aí nós decidimos ficar por aqui mesmo - acrescentei

- Ah que bom.Vamos começar o trabalho? - Ele disse e eu apenas acenti com a cabeça

Foi uma tarde divertida,concluímos metade do trabalho,combinamos de terminar na minha casa no domingo.

- Trabalho nas férias é tortura fala sério - Falei em frente a porta da casa

- Pois é,mas pelo menos pudemos passar um tempo divertido juntos - assim que Minho terminou de falar seu rosto tomou um tom rosado e senti meu rosto esquentar também

- É,no fim você não era nenhum monstro... - Falei

- Como assim?

- Ah nada - lembrei-me de que ele não fazia ideia de que até semanas atrás eu achava que se ele chegasse perto de mim poderia remodelar meu rosto a socos

- De qualquer forma,valeu por ter vindo - ele agradeceu e eu fui embora.