Capítulo 12 - Insegurança

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POV ENGFA

Assim que saímos da casa dos meus pais Becky carregava Antonella no colo.

A pequena dormia tranquilamente nos braços dela, provavelmente sonhando com carneirinhos.

Becky ajeitou-a na cadeirinha, arrumou a cabecinha dela com cuidado para não acordá-la e sentou no banco do passageiro, passando o cinto de segurança por seu corpo.

Ela estava calada desde o momento em que a encontrei com Freen em seu quarto.

A cena dela tocando o rosto da minha irmã despertou em mim diversos sentimentos, medo, ciúmes e até um pouco de raiva, ali, sozinha com ela, eu me questionava o teor da conversa delas.

- Você tá bem? – perguntei quebrando silêncio no carro.

- Sim – me respondeu.

- Mesmo? – insisti.

- Estou bem Engfa. – olhou-me. – O que você viu lá em cima não passou de um... uma conversa franca entre a gente.

- Posso saber sobre o que falavam?

- Sobre a Antonella. Sua irmã me disse que gostou muito dela, que sentia muito por ter me magoado com o que ela disse e que gostaria de fazer parte da vida da pequena.

- E você?

- Eu disse o que você ouviu... que eu jamais impediria a convivência dela com a minha filha.

Eu estava curiosa para saber o que ela havia sentido ao rever a minha irmã.

Havia ficado nítido pra mim que ambas estavam desconcertadas, chocadas pela surpresa daquele encontro inesperado. Principalmente a minha irmã.

Foi impossível não notar os olhares dela em direção a Becky.

É claro que eu morria de ciúmes por dentro, aquilo me deixava agoniada e ao mesmo tempo consternada por ela.

Era como se a qualquer momento eu fosse ver as duas juntas novamente ali, na minha frente, como o casal feliz que eram quando namoravam. Como se o meu sonho fosse virar meu pesadelo de um segundo pro outro.

Nossa situação era delicada.

Eu entendia a complexidade do problema que estávamos envolvidas, mas eu tinha esperança que poderíamos superar tudo aquilo.

Pelo menos eu daria o melhor de mim para isso. Eu não estava disposta a desistir delas por nada, exceto é claro, se minha felicidade custasse a dela. Eu jamais manteria Becky presa a mim.

- O que achou dela? – questionei prestando atenção no trânsito.

- Ela parece bem. Diferente. – disse apenas.

- Isso é bom ou é ruim?

- Eu não sei Engfa... eu só troquei umas palavras com ela, não foi como se tivéssemos passado horas conversando.

- Mas você a conhece bem... pelo menos conhecia.

- Isso foi há muito tempo.

- Ninguém muda tanto assim – disse baixo.

- Onde você quer chegar com essa conversa? – olhou-me alterando um pouco a voz.

- Em lugar nenhum... só fiquei curiosa. – Balancei os ombros como se não desse importância ao assunto.

O resto do caminho foi em silêncio. Rebecca mantinha os olhos na janela.

E eu alternava os meus entre ela e a rua, mas minha mente ainda estava inquieta. Assim que parei o carro em frente ao seu prédio ela desceu. Eu a acompanhei abrindo a porta para que ela retirasse a pequena de dentro do veículo.

A NAMORADA DA MINHA IRMÃ - FREENBECKY X ENGLOTOnde histórias criam vida. Descubra agora