Amor de primavera

Meus vinte anos

Tinha vinte anos quando decidi minha vida pela primeira vez, arrumei minhas malas e fui para outra cidade, em busca de novos sonhos, novas ideias e novos amores. Meu nome? Maria; por que Maria? Maria porque é simples, porque é a mãe de Jesus, porque têm várias e ser uma Maria entre outras, mostra-me que ser autêntica é uma obrigação. Com isso não fiz despedidas, nunca fui a favor de finais, apenas segui em frente com minha jornada. Sabe caro escritor, dando um tom machadiano para esta obra, sabes que sei de tudo e até do futuro, mas contenta-te com o que não sabes. Voltando a minha história, que é sobre quando encontrei meu grande amor, na verdade nunca imaginaria encontrá-lo. Bem, a minha história...
Uma menina, uma doce menina, cabelos encaracolados, compridos e escuros, pele branca e olhos miúdos. Tinha os olhos curiosos - continuo com estes olhos, mas é diferente, porque agora sei bem mais que antes - a alma sempre sedenta.
Quando conheci meu amor pela primeira vez, sofria amargamente, por outras paixões que tive até os vinte anos. Por exemplo, no oitavo ano, quando me apaixonei por um idiota que nem ligava para mim e apenas se fez importante pela quantidade de músicas e poemas que comecei a criar e despertar meu talento, tal premissa é responsável por me fazer escrever até os dias de hoje. Depois deste veio outro e mais outro. Meu coração foi doendo e doendo. Com isso, fui escrevendo e escrevendo. A dor me fizera ser o que sou hoje.

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