Int. Quarto do Minho - Aquela noite

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「 🏒 」

Minho deitou-se na cama, os olhos fixos no teto por sabe-se lá quanto tempo. Ele acha que está na mesma posição desde que chegou em casa, a mente voltando continuamente para o início daquele dia. Jisung e seu lindo rosto e seu número pintado em sua bochecha e então sua estupidez veio e ele se encolheu, sentando-se na cama.

─ Por que eu fiz isso? ─ Minho pensou em voz alta, cobrindo o rosto com as mãos. Por que ele não poderia ter falado assim, 'você não precisa mais pintar o rosto'. Ele teve que ser demais e entregar sua camisa extra para que Jisung pudesse usá-la. A ideia de Jisung com sua camisa grande fez sua barriga ficar borbulhante, no bom sentido. Também o fez sentir como se estivesse de alguma forma reivindicando uma posição, como se ter Jisung em sua camisa diria aos outros por quem ele estava lá. Isso fez um sorriso aparecer em seu rosto, um que ele se esforçou para conter.

Ninguém nunca fez Minho se sentir assim antes. Ele se sentiu tão confuso. Por um lado, ele gostou da forma como Jisung o fez sentir. Ele o fazia sentir-se todo aquecido quando sorria para ele e sua risada era contagiante. Sua empolgação era a empolgação de Minho, o deixava feliz por estar ao seu lado quando estava feliz por alguma bobagem como doce ou falta de lição de casa. Minho se viu comprando comida extra no almoço só para mimar o menino, para não ter que roubar a comida de Jeongin o tempo todo. Tonto escorria de seu corpo em momentos assim, mas havia momentos em que Minho se sentia perdido.

Ele ficava nervoso perto de Jisung, os dedos trêmulos sempre se mexiam quando ele se sentava perto de Jisung. Seu batimento cardíaco sempre acelerava, deixando-o acelerado. Ele tendia a se deixar levar em momentos como esse, acidentalmente esbarrando em Jisung e se desculpando por seu comportamento aleatório. Jisung diria que estava tudo bem, mas Minho se sentia culpado porque gostava quando eles batiam os ombros, gostava da eletricidade que percorria seu corpo com um toque tão simples. Algumas vezes suas mãos bateram embaixo da mesa e Jisung se afastou rapidamente enquanto Minho ficava sempre atordoado com o quão macio era e o quanto ele queria segurá-lo. Ele quer sentir sua mão macia o tempo todo.

Minho nunca pensou em dar as mãos e muito menos em beijar alguém, mas Jisung mexeu com essa parte dele, deixou-o curioso. Ele se pega olhando muito para os lábios de Jisung. Tanto é verdade que Felix uma vez o questionou.

─ É engraçado.

─ O que é? ─ Minho havia dito. Eles estavam esperando o início do treino, Chan estava atrasado.

─ Você faz uma cara parecida com a de Changbin.

─ Quando?

─ Quando você quer um beijo. ─ Minho, surpreso, procurou palavras para começar a compreender o que Felix queria dizer.

─ Mas eu não quero beijar você. ─ Felix riu histericamente.

─ Se fizer isso, Binnie mataria você. Eu quis dizer Jisung. ─ Minho gaguejou, rápido em negar. ─ Não aja como se você não tivesse pensado nisso. ─ Minho queria dizer não, mas naquele momento Felix era seu único confidente.

─ Talvez isso tenha passado pela minha cabeça. ─ Felix sorriu.

─ Eu sabia.

Eles não conversaram mais sobre isso, Chan entrou pelas portas com pressa para começar o treino. Então, Minho ficou se perguntando se isso era tão óbvio para Felix, era óbvio para Jisung? Será que ele conseguia sentir o quanto Minho queria beijá-lo, abraçá-lo, estar perto dele? Foi uma bagunça. Minho se sentia uma bagunça com todas essas emoções passando por ele e elas não estavam se acalmando. Na verdade, eles pioravam todos os dias, ele almoçava com Jisung.

Sexta-feira ele o veria com sua camisa e um grito escaparia de seus lábios, como ele vai lidar com isso?

「 🏒 」

Minho meu amigo, nem eu sei lidar, avalie você 🤧😂

Gostaram?

Até o próximo 🩵

Camisa • Minsung • 🏒Onde histórias criam vida. Descubra agora