Katerina
Sentada no banco da carruagem, sentia os cavalos galopar até a minha nova casa que iria morar, eu era órfã, não sabia o motivo da morte dos meus pais mas eu os vi mortos, eu não tinha mais familiares, era apenas eu em um orfanato, agora finalmente indo para uma casa onde iriam me acolher. Abro um pouco a pequena cortina da janela da carruagem, podendo ver um grande telhado cinza coberto por grandes pinheiros envolta da mansão, devia ser imensa, mas linda também.
Começamos a se aproximar da casa e pude perceber que a família que havia me adotado estavam me esperando na frente da casa, junto com seus empregados e seus dois filhos, que por sinal eram encantadores. A carruagem parou e o cocheiro veio até mim e abriu a porta, estendeu-me sua mão para que eu pudesse sair, desci os degraus do veículo e o homem tirou minhas bagagens da mesma, caminhei até a família que estava me recebendo com um sorriso em seus rostos, apenas um dos irmãos estava com a cara fechada. Fiz reverência para a família a minha frente.
— Olá Sra. Montgomery, é um prazer conhecer a senhora e sua família. - falo com um sorriso entredentes, tentando causar uma boa impressão para a família, já que haviam uma influência muito boa na cidade.
— É um prazer te conhecer também Katerina, seja muito bem vinda em nossa família, está bem! - a voz da mulher soou em tom calmo e aconchegante, ela parecia ser uma boa pessoa, eu realmente espero.
— Bem, venha conhecer sua nova casa, deixe que os empregados levem suas bagagens até seus aposentos. - escutei a voz rouca do homem e assenti com a cabeça, seguindo eles para dentro da casa.
Eles me guiaram e me mostraram cada canto de sua cada, aquilo estava mais para uma mansão, mas eu gostava de casas grandes, me lembrava do meu antigo lar onde eu vivia, era perfeito. Sigo eles de volta por um corredor com um enorme lustre no teto fazendo con que iluminasse até o final.
— Aqui fica o corredor dos quartos, oa quartos dos nossos filhos são as primeiras portas, o nosso é a última porta do corredor, e o seu, é em frenge ao quarto de Michael, todos os quartos tem banheiro, então não precisa se preocupar para sair de noite no quarto para ir ao banheiro. - Sra. Montgomery explicou, ela logo caminhou até a porta onde provavelmente era meu quarto, ela abriu a porta e me deparei com os lindos móveis que haviam ali, era magnífico. — É aqui que você irá fica Katerina, prepararmos tudo com muito amor.
— Nossa... - entro no quarto olhando cada detalhe em volta, passando minha mão sobre os móveis me recordando de algumas memória que tive com minha antiga família, que agora se foi. — É tão lindo, muito obrigado Sr. e Sra. Montgomery.
— Pode nos chamar apenas de Lilian e Carl Katerina, você agora mora com a gente, faz parte da nossa família! - disse ela.
— Sábado está chegando, vamos fazer um baile para comemorar sua vinda Katerina! - disse o homem com sua voz rouca um tanto que animado. Apenas sorri com sua frase e assim ambos saíram do quarto e fecharam a porta, me deixando ali sozinha no meu novo quarto.
Caminhei até minhas malas e comecei a abrir ela, para poder arrumar minhas coisas em seus novoa devidos lugares.
୨୧
Havia se passado algumas horas e tinha já escurecido lá fora, mas por fim teria terminado de arrumar minhas coisas, deixar tudo arrumado era o que eu mais gostava. Ainda estava com o vestido que usava quando cheguei hoje de tarde, iria trocar e tomar uma ducha apenas depois do jantar, já que era 20:00 e o jantar era 20:30. Sentei-me em minha cama e peguei um anel feito de rubi e esmeralda que minha mãe havia me dado uma semana antes de sua morte, eu ainda não superei que meus pais morreram, foi tudo muito recente, meus pais morreram e ninguém sabe o porquê, mas tudo indicava que eles tinham sido mortos por alguém, só que ninguém sabe quem. Principalmente eu.
Escuto passos e a madeira rangendo conforme se aproximava, alguém bate na porta e mando entrar com leveza na voz.
— Madame Conrad, o jantar está pronto. - disse Thalia, uma das empregadas dos Montgomery.
— Está bem Thalia, estou indo. - ela saiu e deixou a porta entreaberta.
Eu nem tinha percebido que havia se passado minutos, enquanto me recordava dos momentos que tive com meus pais biológicos, ponho o anel em meu dedo indicador e me levanto, ajeitei meu vestido e sai do quarto fechando a porta. Caminhei pelo corredor e fui até as escadas e desci, andej até a sala de jantar onde todos estavam quietos, apenas Lilian e Carl sussurrando com caras sérias e logo que me viram, pararam e sorriram.
— Sente-se Katerina, perguntamos aos cozinheiros do orfanato qual era seu prato preferido e eles disseram que era porco assado, e assim fizemos, prove para ver se está bom! - a mulher de cabelos castanhos longo disse e logo Thalia puxou a cadeira para me sentar, sentei-me e assim ela pegou um pedaço do porco e pôs em meu prato, com uma faca e garfo, peguei um pedaço e levei até minha boca saboreando o gosto da comida que estava muito boa por sinal.
— Uau, isso está divino Sra. Mont... quer dizer Lilian! - sorrio para ela e Lilian retribui.
— Que bom, então agora podemos comer. - e assim o único barulho que escutei foi dos talheres batendo nos pratos de porcelana.
୨୧
Eu já estava de banho tomado e com minha camisola no corpo, estava na cama lendo Hamlet de William Shakespeare, era um dos meus favoritos, ganhei de presente no meu aniversário de 16 anos, meus olhos começaram a pesar e arder, no caso estava ficando com sono, coloquei a fita do livro na página que parei e o fechei, mas antes de o colocar sobre a mesinha que se localizava ao lado da minha cama, ouço um estalo vindo da cozinha, com a curiosidade matando, saio da cama e pego a vela que estava do meu lado que estava utilizando para ler, saio do quarto e conforme meus passos proseguiam até a cozinha, as madeiras rangiam.
Na cozinha, avisto uma silhueta preta no escuro, acendo a luz do cômodo e me deparo com um garoto branco e alto, era Michael, o filho mais velho do casal estava com uma garrafa de whisky puro na mal com um copo de vidro e gelo dentro.
O que ele estava fazendo? Nem tinha idade quase para beber álcool.
— Tá fazendo o que acordada a essa hora? - perguntou com uma calma, podendo sentir a frieza nas palavras.
— Eu escutei um barulho e vim ver o que era. - respondi com um pouco de timidez, normalmente eu ficava com vergonha de falar com pessoas que eu considerava bonitas.
— É, era só eu pegando algo para beber, pode voltar por quarto já Katerina. - ele se virou para mim e deu um gole na bebida, olhando apenas para meu rosto. — E você está apenas de camisola, é meio inadequado não?
— Sim, é inadequado, e você não tem a idade certa para beber, isso também é inadequado. - disse desta vez firme, com a mandíbula cerrada.
— Você nem imagina a idade que eu tenho. - ele caminhou na minha direção, pude ouvir os gelos tilintando no copo de whisky. — Agora volta pro seu quarto antes que eu te leve a força.
Olhei para Michael com um pouco de raiva, mas caminhei até as escadas batendo o pé no chão, subi as ecadas com raiva do que havia acontecido e vou até neu quarto, fecho a porta e volto até minha cama deixando a vela sobre a mesa novamente, me deito sobre o colchão e me cubro, apago a vela apenas com um sopro e deito a cabeça no travesseiro, pensando sobre o que tinha acabado de acontecer, logo pegando no sono total.
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Sweet Katerina - (Doce Katerina)
VampireNo meio do século XIX (19), existiu uma bela jovem mulher de pele morena clara, cabelos castanhos e olhos quase negros, se chamava Katerina Conrad, virou órfã apenas com 17 anos, no ápice de sua adolescência, quando foi adotada pelo casal Montgomery...