Capítulo 6

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- O que se passa ali? - pergunta Tom olhando para a rua de frente do restaurante 

S/n tira os olhos do seu bloco de notas por um segundo e olha para o que Tom estava a falar e Christina diz: 

- É o bar onde trabalham aqueles miúdos que aqui vem sempre! 

- Oh meu deus! - diz S/n sem acreditar no que estava a ver - Está totalmente em chamas! 

S/n sai disparada do restaurante e passa a rua a correr, ela estava desesperada nunca se tinha sentindo assim, ela nem sabia que tinha este sentimento dentro dela, só se ouvia os gritos das pessoas em desespero a tentar sair do bar, ela procura por caras familiares mas não encontrava nada.

Ao longe ela vê deitado numa maca alguém, um rapaz, ela vai se aproximando pela multidão a medida que pode, ela percebe que é Chase e S/n grita: 

- Chase! Chase! 

- Sou eu - diz Chase com voz muito fraca para o médico que o transportava 

Deixaram S/n de se aproximar de Chase e está pergunta: 

- Estás bem? - pergunta observando os graves ferimentos dele - Onde é que ele está? - pergunta com voz de desespero 

- Lá dentro - diz Chase com voz super fraca 

- Senhora, temos que ir, o seu amigo irá ser transportado para o Hospital NYU Langone. - diz o médico continuando a andar com a maca 

S/n fico ali a ver todos os corpos que iam sendo tirados, o medo dela aumentava cada vez mais, até que vê alguém uma outra maca a sair, ela reconhece logo de imediato Christopher, mas ele não está como ela esperava, a correria dos médicos era muita, nem teve tempo de chegar para ver mais de perto, ela temia o pior neste momento para Christopher. 

Está vai a correr para o restaurante e pede em desespero a Christina: 

- Por favor, leva-me ao Hospital NYU Langone. 

Christina respira fundo e percebe que S/n desenvolveu algo por algum daqueles rapazes, er ao que mais ela temia, mas respeita a vontade de S/n e diz para Tom: 

- Importas-te de fechar sozinho? 

- Não, claro que não! Vão lá. - diz Tom 

- Obrigado Tom - diz S/n saindo as presas para o carro de Christina 

A viagem de carro foi silenciosa, só se ouvia a rádio a relatar o incêndio e quantos feridos e mortos já se contabilizavam, quando chegam ao hospital S/n diz: 

- Obrigada! 

- Ouve, eu sei que não é da minha conta, mas eu vou te dar um concelho, têm cuidado com estes rapazes, um deles é quase como dono das ruas se é que me entendes e têm muitos inimigos, e se esses inimigos sabem que és especial para ele, vais ser um alvo, eu não estou a dizer que não são bons rapazes, só estou a dizer para teres cuidado, és como uma filha, e eu odiava que algo te acontece-se. 

- Eu agradeço a preocupação Christina, mas eu só estou aqui a ver dois conhecidos. - diz S/n saindo do carro as presas 

Christina respira fundo, ela sabia que não se tratava disso, ela tinha percebido da inquietação de S/n nos últimos dias, e também reparou na ausência de Christopher no restaurante e agora já tinha conseguido juntar as peças. 

S/n chega ao hospital e consegue perceber que havia uma correria entre os médicos, ela acabou por perceber que não sabia nada sobre Christopher sem ser esse nome o que fez ela perceber que nada a ia ajudar, então ela pegou num café da maquina e sentou-se na sala de estar por horas a espera de ouvir algo com o nome de Christopher ou até mesmo de Chase. 

A espera foi longa, muito mais longa do que ela esperava, ela naquelas horas tinha conseguido ouvir vozes de alegria, choros, ou inquietações, ela observou tudo que estava a sua volta e como ali naquela sala a vida de muita gente mudava uns para pior outros para melhor. 

S/n caia no sono, quando um médico se aproximou dela e disse: 

- Desculpe, reparei que está aqui há horas está a espera de alguém? - pergunta o médico

- Christopher, é o nome dele, e é tudo que sei - diz S/n desanimada - Ele veio das vítimas do incêndio 

- Venha comigo - diz o médico sorrindo 

S/n seguiu o médico, percorreram alguns corredores até que o médico para em frente a um quarto e diz: 

- O único paciente que tive hoje do incêndio, sem nome, sem identificação, sem algum familiar a procura dele - diz apontando para a porta abrindo-a um bocadinho 

S/n espreita para dentro e consegue ver Christopher, ela respira de alivio, ela nem sabe porque respira de alivio, e começa a chorar compulsivamente e diz: 

- Desculpe, é ele - diz S/n chorando

- Não faz mal, acredite já ouvi muitas lágrimas hoje, é bom ouvir as lágrimas do " é ele " - diz o médico sorrindo 

- Eu nem sei porque choro, nem nos conhecemos como deve ser, eu nem sei o segundo nome dele - começa por dizer S/n tendo um ataque de ansiedade e choro - Eu nem sei porque estou aqui, não o vejo há dias, o meu nome é S/n mas ele chama-me Jordan, só porque eu uso Jordan - diz apontando para as sapatilhas - E ele insiste nesta estúpida pergunta " Lebron James ou Mickael Jordan " e eu nem sei porque mas eu nunca lhe respondi, o que vai acontecer ao fim de eu lhe dar a minha resposta? - diz S/n respirando fundo 

- A mim parece-me uma história de amor - diz o médico 

- Acha? Não, o Christopher não parece ser uma pessoa de sentimentos. - diz S/n olhando para baixo 

- As vezes as pessoas tem uma grande camada por cima delas porque tem medo de ser vulneráveis, atrás de alguém sem sentimentos existe alguém que já os teve e perdeu-os por algum motivo, basta essa pessoa encontrar a pessoa certa, para o guiar na procura desses sentimentos. - diz o médico sorrindo - Agora a decisão é sua vai embora ou entra comigo para eu puder lhe dar o estado do Christopher? - pergunta o médico 

S/n respira fundo e dá um passo para dentro da porta e aproxima-se de Christopher, ela percebe que ele está com queimaduras, e algumas feridas no rosto feias e o médico começa a falar: 

- O Christopher estava a lutar pela vida quando o encontraram, ele foi direito para a cirurgia quando aqui chegou, ele foi um lutador, e conseguimos o salvar, ele vai ficar bem, só vai precisar de alguns cuidados aqui e em casa, devido as queimaduras mas passarei o tratamento assim que ele acordar - diz o médico 

- Estás feridas na cara foi do incêndio? - pergunta S/n 

- Não, essas devem ter alguns dias, ele também têm uma na zona da perna que deve ter sido na mesma altura dessas, suspeito que tenha sido uma faca, mas não se preocupe que não foi nada que não vá cicatrizar e desaparecer como se nada tivesse acontecido. - diz o médico - Da mesma maneira que as queimaduras também não vão deixar cicatriz com o tratamento certo e tudo seguido como deve ser. - diz o médico sorrindo 

- Obrigada doutor - diz S/n sorrindo 

- Ele deve acordar me momentos, têm ai uma campainha que chamará umas das enfermeiras para quando ele acordar - diz o médico ao ir embora. 

S/n ficou ali sozinha, ela apreciou a vista do hospital, o quarto era todo em vidro, ela sentou-se numa poltrona que estava no quarto do hospital e acabou por adormecer sem se aperceber.                                                  






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