prólogo

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16 : 06 PM

A que bela merda... Como isso terminou assim?

Me recordo de dizer que meras bestas sem inteligência não poderiam sequer me arranhar...

Que inocencia...

Já sem forças, e no meio daquela floresta no inverno... Gritar por ajuda?! Não... Isso só iria indicar exatamente onde eu estou...

O ferimento tá pior que antes? Parece que abriu mais, não duvido, já que eu corri pra caralho.

Acho que agora só me resta duas opções.

Tentar parar esse sangramento pra eu não desmaiar ou esperar a morte...

Vou estancar e me esconder embaixo da neve...

Talves assim eu não morra tão cedo...

Depois de estancar o ferimento ou tentar, me enterrei embaixo daquele neve que arrepiou e congelou o meu corpo inteiro.

O vento empurrava o meu cheiro para diversas direções, deixando ciente os predadores ao redor que havia uma presa disponível e ferida para facilitar a caça.

O pensamento que poderia morrer rondava a minha mente.

Parecia tão tentador gritar por ajuda... Mesmo sabendo que não viria...

Esses pensamentos foram expulsos pelo som de passos... Mas não dá pra distinguir se era de humanos ou... Dele.

O frio me penetrando os ossos estava começando a me fazer tremer, não me dando ao luxo nem de expirar.

Os passos pararam... E por um momento senti que havia alguém olhando pra mim.

Eu pensava estar escondida... Mas o predador já havia notado minha presença fazia um tempo.

Estava apenas se deliciando com o terror de sua vítima.

Já estava lambendo os caninos em antecipação.

Espero que ele vá embora, eu pensei

Mas... A boca que matou e mutilou muitos humanos e outros seres, abocanhou minha perna.

A sensação do membro sendo arrancado e ver ele ser engolido quase me fez desmaiar.

O grito agudo e estridente que dei atraiu a atenção da fera mais uma vez pra mim.

A boca com vestígios do meu próprio sangue e carne... Eram uma promessa do que me esperava...

Numa última tentativa de sair viva daquela situação, eu saquei minha adaga... E apontei para o lobo de mais ou menos 2 metros.

A minha reação foi levada como uma ameaça por aquela besta e... Ele pulou na minha direção, rápido, e numa tentativa de defesa usei a adaga de prata para perfurar o lobo, não surtindo efeito, e ele abocanhando o meu pescoço.

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Ó bela vida, que passas diante de mim.

Oque posso fazer se você quer fugir de mim?

Apenas me agarro a ilusão... de que verei o nascer do sol amanhã.

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Espero que se alguém ler e acompanhar essa obra, que se divirta e se emocione como eu, ao escreve-la!

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