Imperfeitos - Sasuhina

Capítulo 41: Conversas essenciais

 Sakura ainda sentia raiva de Naruto, pelo que a havia feito passar, nos dias mais difíceis prometeu a si mesma que o odiaria para sempre, sua Sakura interior, sua consciência agora estava em surto depois das milhares de promessas de ódio ali estava ela deitada na cama dele, sob ele em êxtase. Sofrendo para conter os gemidos de aprovação a mão que deslizava para dentro de seu shorts enquanto a outra estimulava o seio, seus lábios sugaram os dele com toda a paixão reprimida. Como ele pode pensar em deixá-la? Como pode esquecer como os corpos se encaixam com perfeição? A sincronia? O ritmo perfeito?

Sakura: — Eu ainda odeio você. Okay? — Pressionou suas unhas nos braços dele.

Naruto: — Eu aceito e prometo tentar transformar isso em amor de novo. — Rebateu beijando o pescoço da garota. — Afinal eu já fiz isso uma vez, acho que posso fazer de novo.

 Concluiu lhe dando um olhar significativo, um que a fez pensar em todas as flores recebidas, que sempre aumentavam a quantidade a cada rejeição, ou em todas as declarações feitas em público, que começaram sendo nada a além de incômodas e constrangedoras, passando aos poucos a derreter seu coração. Ele ganhou seu coração aos poucos, conquistando um lugar tão especial, e então o partiu. Mas parecia disposto a ajudá-la a consertar.

Sakura: — É o mínimo. 

 Kushina: — Crianças! Estou subindo para levar um lanchinho para vocês.

 Alertou. Depois do relato de Mikoto, sua amiga, passou a se anunciar toda vez que os dois ficavam sozinhos por muito tempo em um cômodo.

Naruto: — Mãe não precisa. A gente já tá descendo! 

Naruto que sempre achou a atitude desnecessária e vergonhosa, agradeceu aos deuses de todos os universos pela abordagem da mãe. Sakura empurrou o namorado para longe de si, exagerando na força, fazendo o mesmo cair de costas no chão.

 Naruto: — Ai! Minhas costas! — Choramingou tentando massagear a região.

 Sakura: — Como eu estou? — Questionou após rapidamente ajeitar seu cabelo e  roupas. — Pelas estrelas você está muito suspeito! 

Naruto: — Quê?

Sakura: — Está com cara de quem estava fazendo coisa errada.

Naruto: — É porque eu estava.

Sakura: — Mas sua mãe não precisa saber! Vai ao banheiro e lava esse rosto. Eu vou descendo pra distrair a Kushina, enquanto você se ajeita. 

Naruto: — Ela vai estranhar você descendo sozinha.

Sakura: — Eu sei o que fazer.

Naruto: — Não fala das minhas notas! Da última vez ela ficou o mês inteiro pegando no meu pé, meu pai ficou me passando um monte de tarefa.

Sakura: — Tá, tá bom! Agora vê se ajeita essa cara aí. 

Naruto: — Okay… okay. — Resmungou.

 Kushina até estranhou o jeito dos dois, mas dada a felicidade nos olhos do filho baixou sua guarda, ignorando os loiros fios desengrenhados que em sua falta de noção não fora capaz de ajeitar. Sakura parece a nora certa para seu filho, apesar do mesmo não tocar no assunto era óbvio que a chegada de Tayuya, havia o abalado, e isso a deixou com o coração aflito. Era um menino teimoso, péssimo em muitas matérias, rebelde as vezes, mas tinha um ótimo coração.

 Seu menino era um ótimo menino, e merecia mais do que sofrer por uma garota, merecia alguém que o fizesse abrir o sorriso tão lindo que tinha. Alguém que fizesse os olhos azuis, ao ver de Kushina, tão belos quanto os dos pai, brilhar ao falar da garota que gosta. E isso notoriamente acontecia na presença de Sakura.

 Bastava olhar para os dois para que a ruiva pensasse em seu relacionamento com Minato. Sakura até tinha muito de seu jeito, e a influência da garota era boa para o filho. Novamente pensou no quanto os dois ficavam lindinhos juntos. Mas ao encontrar os olhos desdenhosos de seu filho, se livrou de seus devaneios de mãe babona, focando assim na conversa despretensiosa da dupla.

…

Tiveram um resto de dia extremamente agradável. Sakura também se encontrava radiante, e quando Naruto a deixou em casa ao entardecer, fora impossível recusar o beijo de pura ternura. Quando o ar faltou e precisaram romper contato, a rosada colou sua testa na dele, dizendo em um sussurro:

- Promete pra mim, que não vai mais magoar desse jeito. - E nem vai mentir pra mim de novo?

 Ela fixou as orbes azul cor de céu, na infinitude verde, muito mais brilhantes que o habitual devido ao fato de estarem marejados. Pensou em dizer "sinto muito", mas ela não queria seu lamento, queria segurança, por isso se limitou a segurar o queixo delicado em entre suas mão e dizer um "Prometo!".

 Sakura gostaria de poder eternizar esse momento, mas como nada eterno, ele se rompeu, desaparecendo como tudo ao que o passado torna seu. Um "boa noite", foto sem vontade fora ouvido pelo casal. A postura doce de Naruto, fora substituida pela hostilidade.

 O fato é que não eram o único casal a ter um dia agradável.

 Naruto: — Não sabia que estava aqui. — Disse entre dentes.

 Hinata: — Passamos a tarde juntos. 

 Disse a morena, olhando para a rosada, como se se justificando. Sakura a fitou, o seu rosto distorcido em uma careta, como se estivesse perguntando um "o que fazemos agora?". A morena deu de ombros, admitindo não saber, como a agir.

 Sasuke, adotou uma postura que aparentava indiferença, embora Hinata com seu olhar aguçado, percebeu que o mesmo se encontrava com seu punho direito fechado, totalmente rente a perna. Ele tinha mesmo essa mania de nem sempre mostrar o que sentia.

 Hinata: — Sasuke?! — Chamou, aflita.

 A morena se aproximou, espalmando sua delicada mão sobre o peito do Uchiha, gesto que serviu para despertá-lo do que quer que fossem os pensamentos sombrios que se passavam em sua mente. O punho fechado se abriu, ele suspirou relaxando um pouco. Os olhos perolados focaram no belo rosto masculino, buscando seu olhar, no entanto ele estava focado em encarar o "ex-amigo".

 Naruto olhou para Sakura, que o fitava com aflição, e foi no par de esmeraldas que encontrou o melhor de si. Suspirou antes de dizer o que jugou ser momentaneamente as palavras mais difíceis de sua vida:

— Sasuke, temos que conversar!

 O moreno cruzou os braços, acenando em concordância. Depositou um beijo rápido nos lábios da perolada se despedindo, dizendo então "Entra com a Sakura, precisamos fazer isso sozinhos". A contragosto a morena aceitou a mão da rosada que a puxou para seus braços, entrando para dentro, seu coração apertado, temendo o resultado de tal conversa.