Através Da Minha Sombra.

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐 - 𝐀 𝐟𝐮𝐥𝐠𝐚

De repente... O trinco da porta caiu e todos olharam para mim.

Pai: olha ela ai, podem leva-la, isso daí já não me pertencente mas, e nem é problema meu, a coisa que eu menos quero na minha casa é filha puta - então ele começou a rir.

Quando eu ouvi isso... Foi como uma facada no meu coração, era como se fosse uma ferida que nunca mais poderia ser curada, como se em vez de fechar mais ficava aberta e isso doía...

E pra quebrar o silêncio, eu ouvi o Homem falar "peguem-na".

Em um passe de mágica eu já estava correndo para janela, com a bolsa ainda nas costas, ainda exitando em pular... Então pulei e quando cai, senti o impacto sobre o meu calcanhar, pensei que ia morrer de tanta dor, mais não parei, eu tinha que continuar, então dei a volta para frente da casa, e acho que nem o flash bateria esse recorde.

- Meus Deus eu não sabia que essa casa era tão grande assim.

Provavelmente os Homens estariam atrás de mim, me seguindo por isso eu desviei e me escondi em um dos arbustos que haviam ao redor da casa. E num estante eles se encontraram e ficaram parados me procurando e eu ouvi um deles falar...

- Cadê ela seus idiotas?
- Ela fugiu mais não deve ter ido muito longe, deve estar por perto, vêm vamos para o outro lado da casa.
- Eu vou ficar aqui caso ela volte.

Então eu esperei os outros saírem até que ficou só um, criei coragem e peguei um pedaço de madeira que tava próxima de mim, quando ele se virou bati bem na nuca dele... - acho que esse aí não acorda mais nunca. - então começo a rir sozinha - Caralho... Será que ele desmaiou? Ah tô nem aí.
Peguei uma chave que tava no bolso dele e sai correndo pra frente da casa.

[...]

- CARALHO!. Avisto uma van preta e uma moto verde, QUEEEEE? UMA KAWASAKI H2R?????
- PORRA! É UMA KAWASAKI NINJA H2R - provavelmente a moto deveria ser do chefe... - Olho para as minhas mãos e vejo que tem uma chave muito bonita pra ser de um veículo comum... - com esperanças pensei que seria da moto.

... Espionei pelo canto da casa pra ver se n tinha ninguém na frente e tinha 3 capangas então...

- rhum, 3 homens não são nada pra mim.

Então dou uma espiada de novo e avanço em cima deles e assim que me avistaram, vieram pra cima de mim, e assim que um deles se aproxima eu dou um murro bem certeiro no rosto dele e finalizo com um chute bem na lateral da cabeça dele, e logo após vem o outro com uma faca, então eu seguro o antebraço dele, giro pra fora e dou um murro na mão dele e ele deixa a faça cair, ainda segurando o antebraço dele dei um chute nas bolas dele e um murro no nariz e assim ele cai, e quando eu pensei que já tinha acabado o outro vem com um cassetete, ele dá uma cacetada no meu rosto e começo a gemer de dor,com a mão na boca, e quando olho eu vejo sangue na minha mão, e tenho que admitir, que isso só me deixou mais enfurecida do que nunca, então parto pra cima dele, dando-o um soco na cara dele e o mesmo cai, então subo em cima dele e começa a socar-lo, quando vejo que ele já estava sem forças, saio de cima dele, pego a bolsa que eu tinha largado por perto quando eu olho pra porta o "Homem-Bonito" estava encostado perto do batente da porta, SORRINDO!!, então entro em desespero e corro para moto, se essa chave não for dela eu tô fudida, enquanto corro pra moto que está estacionada olho pra trás e ele continua sorrindo, então quando eu finalmente chego na vejo que tem um capacete lindo todo preto fosco com alguns detalhes de preto brilhante, coloco-o e moto ligo-a desesperada, subo em cima dela e dou partida. - Deu certo? Deu certo, DEU CERTO.

Então saio com a moto com a velocidade a mil, e você deve tá se perguntando o porque que eu, uma garota de 17 anos sabia fazer tudo aquilo né....

Minha mãe era uma biker-girl, acho que é assim que se fala, faz tempo que eu estou sem celular e estou muito desatualizada. Minha mãe me ensinou muitas coisas antes de falecer... Como andar de moto, carro, cozinhar, lutar, enganar, roubar e várias outras coisas. Ela sempre me levava pra rachas quando eu ainda era pré-adolescente, ela sempre discutia muito com meu pai, pois ele sempre chegava bêbado em casa, por isso ela sempre ia a esses lugares como escapatória pra se divertir e claro que ela sempre me lavava junto, e eu amava, eu amava sentir aquela adrenalina, e quando ela me consumia... Não tinha mas jeito. O lugar era domado por bandidos, Delinquentes e várias gangues, Gangue Americana, Japonesa, Mexicana, italiana, e não parava por aí e tinha a do Brasil, a que mais me assustava eles eram cheios de tatuagens e sempre vinham com fuzil, a chefe era amiga da minha mãe, na verdade todos os chefes eram amigos da minha mãe, não sei como,sim era Eu amava correr, sim eu corria, minha mãe dizia que via potencial em mim e fazia várias identidades falsas pra mim, até hoje eu me pergunto se minha mãe era algum tipo de deliquente.