Prólogo

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   Morto. Era neste estado que Caius se encontrava. Ele foi assassinado em sua própria casa e por quem? Ninguém sabe. Sua esposa Layan havia viajado a trabalho, deixando o marido sozinho.

_A senhora sabe de alguém que era contra o seu marido?_ o detetive Ramon Silveira, responsavel pelo caso, perguntou a Layan

_Não_ chorosa a mulher respondeu ainda gaguejando e soluçando

_Havia alguém que não gostava da relação de vocês?_ Ramon anotava tudo que era perguntado e respondido num caderno pequeno.

_E-eu acho que não_ respondeu a mulher levantando o rosto e secando suas lágrimas _E se havia alguém esse nunca se revelou_ um copo de água com açúcar foi entregue para a esposa, agora viúva, de Caius.

_ Pode me contar o que aconteceu no dia em que você iria viajar?_  perguntou Ramon se sentando em frente a Layan

_Eu havia arrumado as malas e deixei tudo pronto para a viagem, só que quando cheguei no aeroporto meu voo havia partido uma hora mais cedo e a atendente disse que o próximo seria as dez e quarenta e cinco da manhã _ a jovem mulher tomou um colo de sua água antes de continuar _ Voltei para casa e percebi que Caius estava com febre, lhe dei um remédio e fiz um chá para ele e quando deu a hora, sai novamente desta vez indo para a viagem _ Layan conclui com um gole de sua água

_ Certo, você só deu o remédio e lhe fez o chá?_ questionou o detetive

_Sim, também lhe fiz algo para comer _ Layan completou

_ Certo. E você viu algo estranho no seu marido?_ perguntou Ramon

_ Não, apesar de ter tido uma febre ele não me parecia estranho _ alegou Layan

_Certo, você viu algo suspeito ao sair de casa?_ perguntou o detetive

_ Não, tudo estava normal _ tomou mais um gole de sua água

_Você teve algum relacionamento antes do Sr.Caius?_ questionou Ramon

_Sim, foi um namoro na adolescência mas terminamos no início do segundo ano do ensino médio _ Layan relembrava os velhos tempos com um sorriso triste e mínimo no rosto  _ Seu nome é Maycon, Maycon Santana _

_Você acha que ele teria algo com o crime?_ Ramon anotava as informaçoes coletadas

_O que? Maycon? Não,não, ele não mora na cidade, se mudou para Mato Grosso, pois é perto da empresa que ele administra que fica na Argentina_ respondeu a mulher negando o envolvimento de Maycon

_Tudo bem_ Ramon guarda a caderneta no bolso e se levanta do sofá _Agradeço todas as informaçoes, espero nos vermos novamente_ Layan se levanta e aperta a mão estendida do Ramon

_ Espero que da próxima vez que nos vermos me traga algo pista _ a ruiva sorri tristemente para o homem e o leva até a porta _ Agradeço por vir _ ela acena para o policial e detetive que entravam no carro, se despedindo também da vizinha que veio lhe acudir' quando chegou a polícia e os médicos.

_ Obrigado por cuidar de mim Re_ acena para a mulher que acenava de volta antes de sair andando para sua casa.

Layan fecha a porta assim que a vizinha entra no quintal de sua residencia. Virando-se e subindo para o quarto onde dividia com o marido, observando tudo ao redor com atenção a cada detalhe. Lagrimas rolavam no rosto da jovem viuva, tudo ia ser diferente agora e ela sabia, sua vida iria mudar drasticamente e ela sabia, sabia que seu marido iria fazer falta.

Poxa, dez anos juntos era muita coisa, sendo quatro de relacionamento e seis de casados. Nem tiveram a oportunidade de pensar em ter filhos mas ela sabia que estava grávida, era a surpresa que contaria ao marido quando voltasse da viagem.

Fiz por amorOnde histórias criam vida. Descubra agora