𝗺𝗮𝗰𝗵𝘂𝗰𝗮𝗱𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀. junhao

𝟬𝟬𝟬. 𝗆𝖺𝖼𝗁𝗎𝖼𝖺𝖽𝗂𝗇𝗁𝗈𝗌 𝖽𝗈 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈

essa aqui é fruto da
chantagem do Noah
vagabundo.

Obrigada Noah vagabundo.

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- Ai, Hao! - Junhui reclamou mais uma vez por sentir o algodão ensopado de soro fisiológico queimar a pele arranhada de seu rosto.

- "Ai" o meu ovo! Quem mandou ficar se metendo em briga por aí, hein?! - Minghao perguntou de forma retórica, nem ligando pra reclamação do Wen e continuando a limpar a ferida. - Se você já não estivesse todo quebrado, te dava outra surra.

- Você sabe que eu não podia ver ele falando de você e ter deixado quieto, Hao! Você mesmo ouviu as coisas que ele te chamou. - Junhui abaixou o tom nas últimas palavras, a voz abalada fazendo o coração de Minghao amolecer e o sentimento de raiva que sentiu momentaneamente por Junhui, se esvair completamente.

- E você também ouviu que eu não gosto que você faça essas coisas por mim, Junnie. Eu não gosto de ver você todo machucado assim. - O Xu suspirou, finalizando o último curativo no canto da bochecha de Jun e então guardando as coisas dentro da maletinha médica que sempre tinha em seu quarto (devido aos recorrentes acidentes de Junhui) e a colocando de volta no lugar, então se sentando de frente para o mais velho na cama espaçosa, encarando os olhos tristonhos.

- Mas eu não consigo deixar todos aqueles desgraçados falarem o que falam de você e só saírem impune, amor. Levar uns socos é o mínimo do que eles merecem. - Junhui estendeu sua mão para pegar a de Minghao, observando esse de cabeça baixa.

Não era novidade para Junhui que Minghao não gostava que se metesse em brigas por sua causa. Era praticamente uma briga por semana, parecia até mesmo uma rotina. Era sempre assim: algum pirralho falava merda de Minghao, Jun ia atrás pra tirar satisfação, caía em uma briga, ganhava e então ia até a casa do namorado para que ele cuidasse dos machucados feitos em sua pele.

E, obviamente, para cuidar dos machucadinhos que também foram feitos no coração de Minghao. Precisava proteger seu amor de todos os jeitos.

- Eu sei que eles são uns filhos da puta que merecem sentar no colo do capeta, eu só não gosto que você que tenha que se machucar por mim. - Minghao falava choroso, a cabeça ainda baixa ao que tentava engolir as lágrimas que queriam sair depois de terem sido guardadas desde o momento em que viu Junhui ir pra cima daquele garoto. Se sentia culpado de mais.

Era horrível para si ver Jun sempre cheio de arranhões e cortes pelo rosto ou pelo corpo. Obviamente, ele sabia brigar e quase nunca acontecia nada muito grave consigo, mas, para Minghao, ver Jun passando por qualquer tipo de dor, e ainda por sua causa, machucava como o inferno.

Minghao não achava justo que Junhui precisasse sofrer para que ele mesmo pudesse ver a justiça sendo feita por si. Ele se achava um inútil que apenas vivia às custas dos outros.

- Amor, não.. Vem cá, vem. - Junhui puxou delicadamente o corpo menor para cima do seu, se deitando parcialmente na cama e deixando Minghao apoiado em si, a cabeça coberta pela cabeleira vermelha apoiada em seu ombro ao que sua orelha ficava bem pertinho da bochecha de Junhui, este que virou um pouco a cabeça para poder sussurrar diretamente no ouvido do namorado: - Eu já te disse mil vezes e se precisar eu vou dizer mais quantas você quiser: eu não me importo se eu tenho que matar ou morrer por você, eu sempre vou te proteger. Eu te amo, e eu me comprometi a cuidar de você e te dar todo o amor do mundo no momento em que eu pedi pra ser seu namorado, porque sempre foi isso que eu quis. Não importa em quantos caras eu tive que bater e em quantos mais eu vou ter que bater também, eu ficaria contra o mundo todo por você, Minghao. Eu lutaria contra tudo nesse universo pra poder ter você feliz do meu lado, sem ter toda essa gente enchendo a porra do saco e fazendo você acreditar que é uma coisa que você não é. Você é lindo, perfeito, incrível, maravilhoso e simplesmente a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida. Eu não consigo viver sem você, Minghao. Eu vivo e morro por você. E você tem que aceitar que nada nesse mundo vai me fazer parar de cuidar de você de todas as formas, porque sua felicidade é a única coisa que me faz feliz também. - Suspirou, sentindo Minghao se aconchegar mais contra seu pescoço o lhe dar um cheirinho, o fazendo abraçar o corpo molinho com mais força. - Eu sei que você não gosta de me ver machucado por conta dessas brigas, mas pra mim também não é fácil ver que você fica cheio de machucadinhos por dentro. Eu sei que eu bancar o justiceiro não ajuda a te curar por completo, por mais que eu saiba que você goste de ver eles voltando pra casa com o nariz torto. - Junhui fez uma pequena pausa para sorrir ao que ouviu uma risadinha meio fraca vir de seu menino. Já era um começo. - Mas eu tô aqui pra isso, hm? Você não precisa se preocupar se eu tenho um arranhaozinho ou outro na sobrancelha, porque sou eu que tenho que dedicar todo o meu tempo do mundo pra cuidar do amor da minha vida, porque eu não gosto de ver ele sofrendo de jeito nenhum, entende? - Falou as últimas palavras bem baixinho no ouvido do Xu, ouvindo ele concordar em um murmúrio logo em seguida.