Capítulo 12

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O resto do final de semana foi na cama dela, só nós dois. Eu amo como as coisas acontecem naturalmente com ela. Nós passamos juntos os finais de semana e algumas vezes as semanas. Eu quase sempre a convencia de ficar na cama mais um pouco ou fazer outro tipo de exercício aeróbico de manhã ou passávamos o dia na cama, só nos vestindo para ir pegar comida, perdidos no nosso pequeno mundo. A gente também saia sozinhos, em dates, com o Alec e a Jess ou com todos meus amigos. Mas eu ainda não tinha conhecido nenhum dos amigos dela. E ela me dizia que a maioria dos amigos dela não saiam muito, ou que tinham perdido contato e só conversavam pelas redes sociais, que eles tinham outras responsabilidades como filhos e outras coisas. Isso só reforçava como a nossa diferença de idade impactava no nosso relacionamento. Eu ficava inseguro por isso, eu achava que ela poderia estar me escondendo ou ter vergonha por eu ser mais novo. A melhor e a pior parte disso é que ela me entendia. Pior porque eu fiquei inseguro porque talvez eu estivesse sendo imaturo por causa dessa insegurança, o que leva a um ciclo vicioso. Insegurança brotando em cima de insegurança. E melhor por que ela entendia, e era madura, e amenizava as minhas inseguranças e aí eu percebia o meu próprio comportamento e ficava inseguro pelo mesmo motivo e esse ciclo eterno na minha cabeça. Eu sabia que ela estava comigo, e ela queria estar comigo, ela gostava de estar comigo, ela se importa comigo. Nosso relacionamento é ótimo. Nós falamos que estávamos apaixonados, e entre nós tem muita paixão, muito fogo, mas tem os momentos de ficar jogado no sofá comendo besteira e assistindo séries e filmes, trocando carinhos, rindo juntos.

E foi em um desses momentos que o telefone dela vibrou.

_ Hum, você quer jantar na casa de um casal de amigos meus amanhã? Eles estão nos convidando...

Eu olhei para ela. Ele estava olhando para a tela e digitando.

_ Claro... Se você quiser...

Eu quis parecer blasé. Mas eles estavam nos convidando para jantar, como um casal e eu gostei.

_ Não vai ser nada demais, só um jantar mesmo.

E agora eu estava apreensivo porque nós íamos jantar na casa de uma casal de amigos dela.

Eu ficava constantemente ajustando a roupa, o cabelo e ela me olhava.

_ Lucca, não precisa ficar nervoso, eles são tranquilos.

_ Eu estou bem... Só um pouco ansioso.

_ Não tem motivo para...

_ Eu sei, mas eu não consigo evitar. É a primeira vez que vamos sair com seus amigos.

_ Eu estou aqui, e se você se sentir desconfortável, nós vamos embora, ok? Só não se assuste, tá bom? Ou se desaponte...

_ Por que eu me assustaria? Ou ficaria desapontado?

Ela segurou minha mão e sorriu me assegurando, mas sem me responder.

Era um prédio bem chique, e alto. Será que eu saberia conversar com essas pessoas? Nós saímos do carro e entramos no elevador e quando a porta do apartamento se abriu eu vi o Sr. Andrade.

Ele sorriu e me cumprimentou amigavelmente, não como meu chefe. Eu não sabia que ele era casado, ele não usava aliança no escritório, mas ele estava usando uma agora.

_ Lucca, bem vindo. Entrem, entrem...

E minha segunda surpresa da noite, eu vejo o Rafael. Meus olhos provavelmente estavam quase saindo das órbitas.

_ Olá Ana, Lucca...

Eu estava olhando estupefato. Eles riram da minha surpresa.

_ Você não falou com ele?

LuccaOnde histórias criam vida. Descubra agora