— Por favor, majestade — implorava um homem, bem vestido, de joelhos — lhe emploro que me ajude, sabe que meu reino não so...
O senhor de meia idade, com milhares de outras palavras entaladas na garganta, é interrompido pelo homem de aparência ríspida e jovem, que segurava um cálice dourado, à sua frente, sentado em um trono, também dourado, que parecia cintilar enquanto a luz do pôr do sol se chocava contra as pedras preciosas dentro da imensidão de detalhes em ouro.
— Sabe que estou farto de lhe emprestar dinheiro — respondeu grosseiro, sabendo que tinha mais o que fazer do que atender os desejos de um homem desonesto, que nunca havia cumprido sua palavra nem uma única vez, então não seria aquele o dia que o faria. — sabe que estou farto de você me roubar e roubar, para fazer festas luxuosas, enquanto sua própria mulher e filhos se encontram sem nem ao menos o que beber no dia a dia.
— Ó, meu rei, logo você que sempre foi nobre? — se levanta com uma leve dificuldade, apoiando os braços no chão, para conseguir ficar em pé — Sabe que meus joelhos estão fracos para aguentar as farras da vida... — o mais jovem o olhou de cima à baixo, com desprezo — você é jovem...Tem muito o que viver ainda, se sabe de tudo isso também sabe que — é interrompido novamente.
— Já chega — o que começou como um murmuro, em meio aquele grande salão, se tornou um eco, sentido até pelo mais surdo dos soldados de fora do palácio —, somos dois reis, não me chame de "Seu Rei" quando você tem a mesma linhagem sanguínea que a minha mulher, você apenas poupou a espera de 2 primos: traindo sua família, se casando com a caçula do reino rival, e os contando nossos planos. — seu olhar foi de desprezo para nojo rapidamente, sem ao menos deixar um vestígio de que aquela expressão esteve, um dia, em seu rosto impecável, o velho rei vizinho se pergunta como o homem não tem uma ruga, nem naquela idade — Você é uma decepção, e ainda mais pedindo que minha filha de 4 anos se casasse com seu cunhado assim que ela completasse maior idade — a voz do mais alto soava com uma certa superioridade.
— Então o que sugere, primo? Sabe que depende do meu reino também, não pode deixar todas aquelas pessoas morrerem de fome — jogou os braços para o alto enquanto o dava as costas.
— Não me chame de "primo". Você sabe meu nome. E eu tenho uma solução — olhava para o homem de cima a baixo — eu proponho um casamento entre as famílias... — é interrompido.
— Ótimo! O que eu sugeri desde o início! Vou comunicar meu cunhado e... — o rei o interrompe.
— Pare de falar e me ouça, seu estúpido! Não é entre minha filha e seu cunhado! — raiva tomava seu olhar, para logo a ternura de sempre a expulsar — Sei sobre a gravidez de sua nova esposa... — suspira, já sem paciência, procurando por palavras — assim que sua filha completar vinte e dois anos, ela vai se casar com o meu filho. — completou.
— Você não tem filho...E como sabe se é uma garota? — diz assustado.
— Não aja como se não soubesse, seu bruto! Sabe sobre o dom de sua prima! Meu filho nascerá em 1 ano, então, daqui 22 anos, eles seram noivos — afirmou —, mas, agora, continuo à financiar suas burradas e à limpar suas sujeiras até você tomar jeito.
O mais velho parecia analisar a oferta...Sua filha acabaria se casando com um príncipe qualquer, por interesse do pai, de qualquer maneira...Por que não acabar com essa briga de uma vez?
— Feito! — fez menção de se aproximar e esticou a mão.
O rei, que antes estava sentado no trono, se levanta e com repulsa aperta sua mão.
— Isso não nos torna família. Muito menos amigos.
Soltou a mão com brutalidade, espantando o outro homem, que apenas disse adeus e saiu do palácio, quase que saltitante.
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Royalty Can('t) Only Fight Back
RomanceDois herdeiros são prometidos um para o outro ainda muito jovens, e a maturidade, que só a convivência os trouxe, mostrou a verdadeira natureza da jovem princesa de 22 anos, que encontra o amor nos braços fortes do capitão das tropas reais, mas....O...