Destroços do Passado

Capítulo 13.

Daniel.

Kelly intensifica o nosso beijo, ao mesmo tempo que me abraça mais forte. Continuo com a trilha de carinhos por suas costas, depois vou subindo até o seu rosto, onde faço movimentos mais lentos e delicados.

Ela arranha minhas costas devagar, enquanto morde delicadamente os meus lábios isso é o suficiente para deixar meu pau duro na calça, sinto vontade de tirar sua roupa e fazer amor com ela ali mesmo, sem nem se importar com o fato de que estamos em uma prinquedoteca, que alguém pode aparecer e nos flagrar ali. Mas me lembro do que me fez começar tudo isso, Kelly estava chorando, ela não está bem, definitivamente não é o momento para isso.

Afasto os meus lábios dos seus devagar, quando abro os olhos vejo a interrogação explícita nas expressões de kelly.

— Você e a sua mania de me deixar louca e depois parar. Porquê não quer continuar? É porque estamos na brinquedoteca, né? Podemos sair daqui e continuarmos lá no quarto sem medo algum de sermos interrompidos.

Kelly me lança um leve sorriso, querendo demonstrar estar relaxada e tranquila, mas a conheço bem o suficiente para saber que ela odeia ser contrariada. Ao me dar conta desse fato, foi impossível não pensar na ironia disso. No passado eu a estuprei por não aceitar receber e nem saber identificar um não, também odiava ser contrariado, até porque poucas vezes fui contrariado na vida naquela época. Porém, apesar de termos esse traço na personalidade em comum, Kelly nunca fez nada que eu não quisesse. Assim como hoje em dia luto constantemente para nunca mais invadir o espaço dela.

— Ei, terra chamando Daniel ela segura minha mão, fazendo carinhos por neus dedos. Assim que volto a realidade percebo que agora ela está sorrindo de verdade. Ela fica tão linda quando sorri. Minha meta de vida é sempre conseguir arrancar muitos sorrisos dela, só para ver a covinha que se forma no seu lado direito do queixo sempre que isso acontece. Eu amo tanto essa mulher, amo tudo nela.

— Me desculpa, é a minha mente que às vezes faz eu pensar em algumas coisas e dar uma viajada. Mas respondendo à sua pergunta: Queria Poder Dizer que eu tenho um mínimo de vergonha e esse é o motivo principal de eu não aceitar fazer nada com você aqui, mas depois de já termos feito amor dentro do carro em um estacionamento de um baile de formatura, dentro de um banheiro na festa de aniversário da minha irmã, dentro do elevador do prédio acho que depois de tudo isso não posso dizer que fico tímido em pensar na possibilidade de sermos interrompidos. Você fez eu perder todo o pudor que já tive um dia.

Kelly acaba soltando uma gargalhada gostosa, simplesmente não consigo resistir e volto a beijá-la por alguns segundos antes de me afastar um pouco, apenas para encará-la evoltar a falar:

— O  meu real motivo é que acho que não é o momento para isso. Porque você é Definitivamente não está bem. Quero saber a razão pela qual você estava chorando. Aconteceu algo com a sua mãe?

O sorriso de kelly morre assim que termino de falar, ela parece não querer tocar no assunto, isso me deixa extremamente preocupado. Me pergunto se é mesmo algo com sua mãe, ou se é com o nosso filho se está acontecendo algo com ele que eu não tenha percebido. Volto a abraçá-la devagar, tentando demonstrar que estou aqui com ela, seja qual for o problema.

— Eu não queria falar no assunto, até porque tudo ainda parece uma loucura para mim mas vou te contar, primeiro porque te conto tudo, e segundo porque preciso da sua opinião nisso. Acho que vai me ajudar a decidir o que fazer. O meu pai apareceu ele encontrou a minha mãe nas redes sociais, eles conversaram e agora ele quer me conhecer... Kelly diz baixo, com o seu olhar fixo no meu, Como se quisesse ler minhas expressões. Nesse momento, eu juro que gostaria de ter um espelho, só para poder ver como está o meu rosto. Mas tenho certeza que a surpresa está explícita nos meus olhos. Porque caramba, eu esperava tudo, mas isso nem passou pela minha cabeça e agora, eu nem sei o que dizer.