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A comida por fim chegou e nos dois como bons esportistas atacamos tudo em um piscar de olhos, mesmo eu morrendo de vergonha de comer um hambúrguer daqueles em público, por sempre se sujar, consegui comer tranquilamente.

Nós dois riam enquanto um roubava a batata do outro, conversando aleatoriamente sobre algumas lembranças divertidas.

Vinnie tinha um sotaque muito fofo e se eu pudesse, perguntaria até quantas vezes por mês ele lava o carro só para que ele continuasse falando.

Tudo estava indo calmo demais até que eu terminei de comer meu sanduíche e Vinnie me encarava.

- Seu batom está borrado - disse apontando para o seu próprio queixo e eu logo passei o guardanapo por ali para limpar, sentindo minha bochecha começar a queimar de vergonha.

Sabia que era um desastre e ali não seria diferente.

- Não limpou... Espera - ele disse se aproximando para limpar, causando uma bagunça em meu estômago no momento que tirou o batom borrado de seu queixo com o dedão. - Agora sim.

Ele sorriu e eu sorriu junto, não sabia se ficava ainda mais encantada ou abria um buraco no meio da lanchonete para me enfiar.

- Obrigada.

Terminamos de comer as batatas e vinnie já tinha acabado seu milk shake também, mas eu ainda enrolava com o meu.

- Você quer? Não aguento mais. - Ri, mas estava rindo de nervoso.

Eu daria conta de tudo fácil se vinnie  não tivesse feito um atentado ao meu estômago, ele era demais para meu pobre coração.

Ele ia puxar o copo meu para si, quando eu segurei, atraindo os olhos dele para os meus, que sorriu em seguida. Senti mais para dentro da cabine e o chamei silenciosamente
para ele se sentar ao meu lado.

- Dizem que quando o cara senta ao lado de uma garota na cabine é porque são um casal - ele disse, terminando de tomar meu milkshake depois de sentar ao meu lado.

- É mesmo? - perguntei com a cabeça apoiada na mão enquanto estava virada para ele.

Portanto, vinnie olhava para frente, de novo procurando a tal coragem. Não sabia por que se sentia um adolescente perto dela, Maddy com batom vermelho parecia ainda mais intimidante.

Ele olhava para frente, parecia tentar procurar coragem. Hum, é bom saber que causei enfeito nele.

Eu por outro lado, peguei o boné que estava na minha bolsa e coloquei na cabeça dele, com a aba para trás, obrigando-o a me encarar.

- Odeio essa gente que fica bonita de qualquer jeito - disse e ele sem pretensão alguma sorriu colocando uma mão em minha cintura.

Eu me aproximou dele, tirando o boné de sua cabeça e passando os dedos pelos cabelos loiros, jogando para trás antes de colocar de novo. Sorri com o resultado final, vinnie ficava bem com aquele maldito boné, ficava bem sem também, mas precisava de uma desculpa para tocar nele.

- O que você quer fazer agora? - ele perguntou baixinho, como se só estivéssemos nós dois ali.

- Quero te manchar de batom - falei sem pensar muito.

E ao contrário do que eu pensava, ele de imediato se aproximou, colocando uma mão na minha bochecha e deu um selinho contido.

- Isso não te mancha de batom, Vicent - disse ainda com os olhos fechados, mas pode sentir o sorriso dele perto demais de mim.

- O que mancha, então? - perguntou e dessa vez foi eu que colei os meus lábios nos dele.

Primeiro era só os lábios dele brincando com os meus, depois a língua dele pediu passagem e eu aceitei, da mesma forma que ele parecia ter aceitado que eu entrasse em sua vida.

A minha mão agora estava na nuca dele e ele ainda a segurava pela cintura, aprofundando cada vez mais o beijo até que nós dois não tivessem mais ar.

Eu coloquei a mão no peito dele e cantarolei.

- Shot through the heart and you're to blame. You give love a bad name... - eu ri enquanto vinnie olhava pra mim com a testa franzida e um sorriso torto. - Antes que me chame de louca,
essa música tocou no jogo.

- Agora faz sentido - ele me abraçou, beijando agora minha testa. - Acho que eu acabei borrando o seu batom.

- Eu gosto.

𝗵𝗼𝗰𝗸𝗲𝘆, 𝗏𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝗁𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora