𝗵𝗼𝗰𝗸𝗲𝘆, 𝗏𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝗁𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋 ✓

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Jacob me ajudou a equilibrar e andar até o gelo, onde eu respirei fundo 3 vezes e balançei a cabeça fazendo com que Jacob assobiasse e chamasse a atenção de vinnie, que estava
apoiado na rede do gol como se estivesse cansado de esperar.

Ele logo se virou e patinou em direção a nós dois, usava uma blusa do time, jeans e boné para trás.

Os olhos castanhos logo encontraram os meus,. me fazendo permanecer parada no mesmo lugar, morria de medo de me mover e cair com a bunda no chão.

Vinnie sorriu ao se aproximar mais de mim e eu em um instinto procurei Jacob para me segurar nele, mas ele não estava mais lá.

Soltei um palavrão mental, antes de voltar o olhar para Vinnie e sorrir.

- Oi - vinnie falou, tinha um sorriso tímido no rosto e pela primeira vez me senti que estava caindo no sentido figurativo.

Vinnie Hacker era tão lindo de perto que  duvidei por um minuto inteiro se ele era mesmo real.

- Oi - respondi, não conseguia parar de sorrir, talvez encantada demais com o ser humano a sua frente.

- Você sabe patinar? - ele perguntou e balancei a cabeça rindo de mim mesma.

- Eu não sei... não sei de nada.

Logo fechei a boca como se forçasse a mim mesma a ficar calada e não falar tanta besteira, mas vinnie parecia saber o que ele estava fazendo e eu deixaria que ele nos guiasse.

- Tudo bem - ele riu e estendeu a mão para mim. - Já andou de patins? - Segurei a mão dele sem pensar muito e tentei seguir os seus movimentos, que eram lentos, para que pudesse aprender.

- Andei quando era mais nova, uns 8 anos atrás - disse e ele prestou atenção enquanto eu falava.

- Então, no gelo é a mesma coisa, você patina abrindo para os lados - explicou e repeti os movimentos que ele fazia, segurando a mão dele com uma força que talvez fosse desnecessária, mas o medo de cair ainda era maior.

Vinnie continuou conversando comigo tentando me distrair, e sem nem perceber havíamos dado uma volta inteira na pista, eu já se sentia mais leve e passei a segurar a mão dele como uma pessoa normal.

- Tá vendo, você aprendeu rápido - Vinnie falou e ela levantei um braço em comemoração.

- Mas ainda tenho medo de cair - confesso e ele balançou a cabeça.

- Eu não vou deixar, estou te segurando. - E foi essa simples frase que me fez tirar os olhos do gelo e para onde ia, para encarar o rosto de Vinnie. Ele estava encarando nossos pés quando encontrou meu olhar dando um sorriso mínimo.

- Acho que não fomos apresentados devidamente, meu nome é Vinnie.

- Maddy -sorri apreciando aquele gesto dele.

- É um nome bonito, sou jogador de hóquei e você? - elogiou emendando uma frase na outra.

-Sou tenista - respondi, querendo apertar as bochechas dele.

Ele é muito fofo

- Tenho 21 anos e tenho um irmão de 24, que joga golfe profissional, mas é fanático pelos Oilers. Por isso eu vim sé parar aqui, e devo dizer que sou um pouco viciada em redes sociais.

Faço uma breve apresentação e vinnie não tirou os olhos de mim.

-Tenho a mesma idade que você - ele pronunciou. - Quando você faz aniversário? Faço 22 dia 31 de março.

- Eu faço 22 no início de outubro.

- Sério? - balancei a cabeça confirmando. - Agora eu vou te soltar, tudo bem? Vou continuar do seu lado.

- Tudo bem. - engoli seco quando ele soltou minha mão, continuei parada no mesmo lugar enquanto ele continuava do meu lado. Olhei para ele sem saber o que fazer em seguida, mas quando abri a boca para falar um "e agora?" ele patinou até o outro extremo da pista.

- Vem cá - ele chamou e eu balancei a cabeça soltando uma risada.

- Vem cá, Maddy - ele pediu novamente com um sorriso divertido no rosto. - Por favor.

Golpe baixo.

Golpe muito baixo.

Então rolei os olhos e tentei ir andando até ele.

Afinal quem seria louco resistir a um Por favor de Vinnie Hacker?

- Não, tem que patinar - vinnie cruzou os braços como se fosse o próprio treinador.

- Eu vou cair! - E nisso que gritei quase perdi o equilibrio, soltando um palavrão digno de Jaden se fosse ele na minha pele.

- Confie mais em si mesma, senhorita Hossler -ele provocou, tentando claramente outras táticas para fazer eu patinar.

- Ok, senhor Hacker - respondi ironicamente fazendo-o sorrir para mim de uma maneira diferente.

Não era possível que Vinnie era o próprio diabo com carinha de anjo.

Eu não costumava se enganar sobre as pessoas, mas estava realmente impressionada com ele e não era de uma maneira ruim.

Aliás, eu estava patinando, mal me dei conta disso até que cheguei perto dele e literalmente me joguei em seus braços como se mais um pouco fosse cair de cara no gelo.

- Você conseguiu! - ele me abraçou com força em comemoração me fazendo rir.

- Eu não acredito!

Pelo tempo que ficamos lá nós dois patinamos juntos, até que eu ficasse quase craque em patinar, me arriscando mais até que cheguei a quase cair, mas como prometido vinnie me segurou antes que caisse de bunda no gelo.

Aproveitamos o momento para conversarmos sobre música, hobbies, gostos no geral e por fim combinamos de sair outro dia. Tomar um café em uma lanchonete parecia bom.

No fim eu já cantava e dançava as músicas que tocavam na Arena, enquanto vinnie se divertia assistindo e fazia as suas caras e bocas. Nós dois tínhamos nos dado bem afinal.

- Talvez soe meio precipitado, mas antes de você ir embora eu tenho um presente - ele disse, saindo da pista de gelo e me ajudando.

Vinnie tirou os patins e saiu de meia a procura do embrulho que pelo jeito tinha colocado por ali, eu me sentei no mesmo banco que tinha colocado os patins para tirá-los.

Coloquei os tênis e esperei até que o rapaz de 1,85 sentasse ao meu lado.

- Não é lá grande coisa, mas... - ele me entregou o presente e eu sorri.

- Obrigada.

Abri o embrulho ali mesmo, sem me importar se era falta de educação ou não, aliás, vinnie parecia ansioso para saber a minha reação. Então tirei a blusa branca que tinha ali dentro e viu o número 14 na parte de trás assim que estendi na frente dos dois.

- 14, Hacker - soltei uma risada e olhei para ele. - Muito obrigada, eu adorei, de
verdade.

Ele baixou a cabeça, já que provavelmente estava realmente envergonhado.

Eu já disse que ele é muito fofo?

- Não é nada - respondeu e ficamos em silêncio por um instante.

- Ok, agora eu preciso do seu número - puxei o celular da bolsinha que tinha ficado esquecida no banco e entreguei a ele.

Nós dois trocamos nossos contatos e nos despedimos com abraços, mas ali algumas coisas já eram certas: o encontro, a afinidade e o match.