apenas eu

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• apenas eu •

Perca-se no brilho opaco dos meus olhos
E vamos ver se aguenta, meu caro amigo.
Sinto uma energia astral, tão intensa,
Que frequento lugares com atmosfera densa.

Sonho distante, mas devagar eu vou,
Corro pela estrada, sem olhar pra trás.
Quando me perguntam o que quero ser na vida,
Respondo tanto faz, pois só Deus e eu sabemos das minhas lidas.

Mas há momentos em que deito-me a descansar,
Fecho os olhos e imploro por mais doce ar.
Mereço luxo e brilho em cada passo dado,
Um brilho nos olhos que traz maravilha ao meu fado.

Sei o que faço e o que digo com convicção,
Minhas conquistas materiais são minha canção.
Sou egoísta sim, mas a arrogância fez-me artista,
Deixei a sucessão para trás como um ator em sua pista.

A batida da música tornou-se meu vício constante,
Perguntam se sou a melhor - talvez não agora -, mas adiante!
Tenho potencial para ser quem desejo no futuro próximo;
Faço o que quero porque estar vivo é um privilégio único.

Dou risadas constantemente nesta outra vida de artista;
Celebro minha própria existência com alma alquimista.
Odeio gastar dinheiro; sou possessiva demais nesse sentido!
Arrumo fantoches sem aceitar dinheiro algum - orgulhosa demais para isso!

Dizem por aí que mudei... Ora! Que mudança foi essa?
Ainda aprecio o falso, os gastos excessivos e o drama.
Gosto de joias e histórias sobre dinheiro, carros e fama,
E me encanto com beijos e abraços dos rapazes, sem problema.

Vivo em busca de desejos extravagantes,
Mas apenas me envolvo com qualidade constante.
De repente te amo; no instante seguinte te odeio!
Cuidado ao se apegar a mim; meu ego é afiado como vidro.

E ainda dizem que mudei demais?
Evito espelhos para não alimentar meu narcisismo voraz.
Evito amigos; amo dinheiro - conquistei inimigos em pouco tempo!
Então eu pergunto: Onde exatamente foi essa mudança tão drástica?

apenas rabiscos de escritora Onde histórias criam vida. Descubra agora