Cecília.
Acreditava que a noite tinha acabado e o dia estava nascendo. Mas acordar e ver que ainda era madrugada, ela se sentou a beira da varanda de seu quarto e começou a olhar as estrelas.Se o idioava em machucar e ver pessoas inocentes machucadas. E sábia que Alice era sensível, afinal nem todas as mulheres precisam ser iguais. E precisava bem mais que gritos pra causar choro a ela.
Esse era se real problema.. Ela nunca havia chorado. Nem quando sua mãe morreu.
A Lua estava linda, era incrível como ela governava as noites.
Seu pai comparava ela com a Lua. Pois dizia que os homens eram suas estrelas que praticamente viviam a amores por ela.
Já ela.. Queria que todos fossem pra merda..___________________Ω____________________
O Dia chegou horas depois, ela havia voltado a dormir. Então acordou bem na hora do café da manhã. Colocou um vestido preto pequenas mangas bufantes curtas. Ela fez uma trança em seu cabelo e desceu as escadas para a mesa de refeições. Fábio já estava na mesa, e Alice também. Ela se sentou ao lado d cunhada em silêncio e rejeitou com um "Obrigada" quando a criada quis servir ela.
--- Não quis.. Gritar com você daquele jeito ontém.. Só que..
--- Tá tudo bem..
-Alice sussurra para ela e aperta sua mão com um leve sorriso. E Cecília ficou com inveja da forma tão delicada e elegante que ela passava. Mas também ficou triste que em troca ela vivia presa aquele marido horrível.-Cecília encarou o irmão com nojo. Já ele só lia seu jornal dando foda-se.
Ela voltou a comer, até ouvir passos e lord Miguel aparecer na sala, ele deu um bom dia leve que foi retribuído da mesma forma. Menos por ela.Ele se sentou a frente de Cecília e fingiu que ela não existia.
Oque era impossível. Fingir que o cheiro dela não era quase uma cor nos olhos dele. Como? Ele não sábia.. Mas quando se lembrou da visão no jardim..
Cecília retirando aquelas fitas do espartilho...--- ..Estou falando com você Miguel.
-A voz de Fábio interrompeu os pensamentos dele. Miguel apenas o ouviu falar sobre construções e dialogou com ele sobre negócios. E nem se deu conta quando as mulheres haviam saído da sala.-____________________Ω___________________
Cecília havia voltado para Londres. Ela arranjaria outra forma de manter o orfanato em pé. Sábia que o pai não queria vender.. E aquele infeliz do duque estava fazendo pressão psicológica nele.
Mas pensaria nisso depois, agora ela estava a frente do orfanato com sua aia, retirando o chapéu enquanto esperava a porta ser aberta.
Assim que ela entrou, elas.. As crianças em peso foram abraça-la. E aquilo foi como uma cachoeira de emoção. Era por isso que encatava as pessoas. Além da família de nome renomado, a beleza, ela tinha um coração enorme. Embora causasse fofocas por seu comportamento ousado as vezes. Todos queriam Cecília como esposa.. Todos a queriam como amga.
Ela contou histórias as meninas que se escondiam nas cobertas com medo. Mas depois começavam a rir com as palhaçadas que faziam.
Logo depois ela entrou na sala onde os jovens estavam, adolescentes entre meninos e meninas.
Ela conversou com a maioria e deu concelhos.(que as vezes nem ela seguia)--- Senhorita Astrid.. É verdade que.. Iram demolir nosso lar?
-Um dos jovens, o mais calado e quieto pergunta a ela discretamente. Ela muda a expressão e sussurra para ele?-
--- Não querido. Não vão fazer isso.. Eu prometo.--- Não sei.. Oque faria se algo acontecesse.. Esse lugar é o único lugar que me faz continuar querendo viver..
-Cecilia engoliu em seco ao ouvir aquilo. Ela sábia que ele era depressivo. E conversava e raramente tirava risadas dele. Mas sábia que acabar com o pouco que ele tinha.. Seria o fim..-Foi então que decidiu pedir para que tocassem os instrumentos e chamou as crianças para se juntarem a ela a uma dança divertida.
As crianças amavam aquele lugar com todo o coração, e Cecília Amava as crianças.. Assim como sua mãe.
Ela lutaria por aquilo..
__________________ Ω ________________Ela estava em seu cavalo seguindo rumo ao lago. Normalmente ela fazia a coisa mais ousada que uma dama faria.
Tomava banho nele, completamente nua.
A luz da Lua, a água cristalina, dançava sobre ela. Em sua pele, em seus cabelos enquanto ela mergulhava profundamente no lado cristal.
Se sentia pura..
Se sentia livre..Já Miguel...
Ele estava a cavalo naquela noite. E tinha ído assinar os documentos da compra do orfanato. Lord Milone tinha pedido a discrição dele, pois sábia do alarde que Cecília faria.
Então ele decidiu concordar em ir a noite.
Afinal, uma "dama" aquela hora deveria está dormindo.
Uma "dama" estaria repolsando lendo um livro.
Uma "dama"...
Miguel foi interrompido de seus pensamentos. Ele estava indo a casa de lord Milone. Mas resolveu como sempre fumar seu cigarro. E quem sabe dar água a seu cavalo.
Sábia que haveria água em algum bosque perto da casa.Mas quando viu... Aquela silhueta feminina dentro d'água..
Achou está vendo alguma divindade. Com certeza era Afrodite pregando uma peça nele.
Ele desceria do cavalo e iria até ela.
Mas quando viu o corpo mergulhar e subir somente a cabeça, escondendo a corpo embaixo d'água.. Ele viu de longe os cabelos negros.
Ela estava de costas para ele e somente sua cabeça agora estava visível.
Mas ele queria ficar ali e descobrir.. Quem seria aquela deusa que atormentaria seus sonhos.Logo depois, ele seguiu caminho. Assinou os papéis, na presença dos advogados. E confirmou a venda, estava feito o orfanato era seu, para fazer oque bem queria.
E logo lucraria com ele.Cecília.
Percebeu que o céu estava com nuvens escuras. Ela deu adeus ao lago triste e colocando suas roupas, subindo em seu cavalo, ela seguiu de volta a sua casa. Entrou pelos fundos e subiu até quarto, colocou roupas secas e enxugou seus cabelos.
Alguns minutos depois estava impecável e iria se preparar para dormir.
Até... Passar pela biblioteca e ver os advogados do seu pai conversando com ele. Ela ouviu até da porta.
Ela se esforçou bastante. Já que a chuva lá fora fazia um barulho intenso.
Mas ela ouviu quando a transferência do prédio em que era o orfanato foi concluída. Ela se sentiu zonza, triste,com raiva.. E traida pelo pai.
Mas não pensou duas vezes ao sair correndo. Pegou seu cavalo e seguiu na direção em que achava que encontraria Miguel.Ela o avistou de longe. A chuva estava intensa. Molhava seus enormes cabelos negros que grudavam nela. E seu vestido estava enxarcado.
Mas ela conseguiu alcançar ele.
E Miguel quando a viu, parou seu cavalo no meio da estrada.
Ele desceu e ela fez o mesmo. Foi de encontro a ele.--- Não pode fazer isso!
-A voz dela estava embargada de choro e raiva junto com o som da chuva. Miguel a frente dela com o cenho franzido.---- Do que está falando?!
--- O Jardim de Estrelas.. É meu! Você não tem o direto de te-lo! Demolir ele! Ou algo do tipo!
---- Seu pai o vendeu para mim. Então é meu e farei oque bem entender!
-ele deu as costas para ela----- Lord Aflek!!
-ela gritou com raiva. Miguel parou de andar e se virou para ela.----- Pare de louca! Está toda molhada, no meio da noite em um lugar deserto falando idiotisses! Volte pra casa menina!
Foi então que Cecília viu que não podia fazer mais nada.. A última esperança estava morrendo... Não iria matar pois não era assassina.. Ela se aproximou dele frente a frente encarando os olhos e o rosto sendo molhado constantemente pela água que caía.
---- Por favor... Miguel.. Eu faço oque você quiser.. -ela disse com voz de choro, segurou a manga da roupa dele com delicadeza. Seu coração estava se partindo.-
---- Eles.. São tudo oque eu tenho.. Sei que os órfãos vão ter onde ficar.. Mas aquele lugar em específico.. É o lar deles... -e junto com a chuva, Cecília pela primeira vez em sua vida. Chorou.----- Fico Feliz... Que está disposta a fazer oque eu desejar. Mas não há nada que desejo tanto quanto ver... Aquele lugar em cinzas..
-Ele puxou a mão. Subiu em seu cavalo e partiu-
E Cecília.. Não o viu mais.. Até quatro anos depois.
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Talvez Te Odeie - Até O Infinito.
De TodoÉ incrível a sensação que um beijo com ódio pode causar. Mas isso não foi suficiente para acabar com o ódio de Cecília Milone, uma lady ousada da sociedade britânica que acabou se metendo no caminho de um duque que não a suporta. Um ódio gerado da f...