Até logo

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Quase todas as famílias bruxas eram divididas em ramos, e não era diferente com a família Potter. Os Potter's eram divididos em dois ramos bens distintos, o primeiro ramo trabalhou durante anos para construir um nome de renome por meio de invenções, enquanto o segundo ramo da família estava mais voltado para pesquisa e por serem uma parte segundaria dos Potter's não precisavam se preocupar em ter herdeiros preparadas para assumir o manto do patriarca ou matriarca Potter, mas mesmo com essa liberdade eles ainda tinham algumas regras a seguir e a mais fundamental era não manchar o nome Potter. Mas um deslize ocorreu.

Amélia Potter era a herdeira do segundo ramo da família, mas nunca lhe foi proposto casar com alguém para conseguir poder, então ela entre muitas senhoritas foi sortuda em poder se casar com alguém por amor. Amélia sempre pregava que nunca iria se apaixonar por alguém, e que seu único companheiro seria sua pesquisa por criaturas magicas, e em uma de suas viagens para estudar os sereianos ela encontrou o seu verdadeiro amor. A Potter sempre ficava irritada quando seus colegas bruxos desprezavam as criaturas magicas e se referiam a elas como animais sem inteligência, mas ela sabia melhor que qualquer um que essa afirmação não era verdadeira, por exemplo, os sereianos poderiam ser equiparados aos seres humanos ou até mesmo acima deles. Eles possuíam uma cultura própria com arte e uma língua criada entre eles, uma sociedade bem-organizada entre tribos. Não entrava na mente de Amélia que pessoas poderiam falar que eles não eram inteligentes, quando ela conseguia ver que os sereianos eram mais inteligentes que alguns de seus colegas.

Durante meses ela pesquisou uma tribo de sereianos localizada na Grécia, descobriu coisas fascinantes por aqueles seres marinhos e foi em uma de seus passeios pelas águas deles que encontrou seu amor, um dos sentinelas sereianos. Seu nome era Panagiotis, seu corpo era consumido por um azul petróleo, mas sua causa tinha um toque perolado que o diferenciava de todos os outros de sua espécie, seus cabelos longos que voavam pela água tinha um tom de loiro nórdico e seus olhos eram um profundo verde que parecia analisar a alma de quem o visse. Foi quando bateu seus olhos nele que Amélia prometeu que ficaria ao lado dele, e depois de longos meses correndo atrás dele, eles ficaram juntos em um ritual de companheiro. Não demorou muito para que dessa união nascesse um fruto de amor. Os pais de Amélia e a tribo de Panagiotis estavam radiantes, mas tudo mudou quando o patriarca Potter, Fleamont Potter, descobriu sobre o caso de ambos e não poderia permitir que o caso entre Amélia e Panagiotis manchasse o sangue puro dos Potter's.

Com isso em mente ele aprisionou Amélia em sua própria mansão e planejou que assim que o bebê nascesse ele seria morto por suas próprias mãos, e para que Amélia não escapasse ou pedisse ajuda a aprisionou em um quarto que possuía runas que limitavam a magia, além de a acorrentar com correntes feitas com as mesmas runas. Para Panagiotis, Fleamont pagou mercenários para vigiar o lago onde ele habitava e se caso ele subisse para a superfície eles teriam a autorização para matá-la, sem qualquer piedade. Querendo proteger a filha e o neto os pais de Amélia subornaram os elfos domésticos da mansão Potter, que era totalmente contra a ação de seu senhor e que já estavam cansados do modo como ele tratava criaturas magicas, e assim que o filho de Amélia nasceu foi rapidamente levado para os braços de seus avos.

Os dois adultos sabiam que não tinham muito tempo e se ainda quisessem fazer parte daquela família não poderiam demostrar que estavam por trás daquele plano, sua única solução era colocar seu único neto em um orfanato trouxa, assim não teria o perigo de ele ser achado por Fleamont ou outro lorde. Mas assim que eles resolvessem toda aquela situação e salvassem sua filha e seu companheiro voltariam para seu doce menino.

No meio gelado de um bairro trouxa com aparência suja e desgastante, bem no coração de Londres havia um orfanato, lugar que logo seria o futuro lar do bebê recém-nascido de Amélia. Mas para os avos terem que entregar seu neto para um lugar tão abominável apertava seus corações, mas aquela era a única solução para manter o bebê a salva das garras do patriarca.

— Tem certeza de que essa é a melhor escolha? - pergunta a mulher segurando um embrulho quentinho em seus braços.

— Não temos outra escolha, se quisermos que ele fique a salva temos que os deixar aqui. - explica o homem com o coração apertado.

— Mas não tem outro lugar para o deixar, um lugar menos decadente? - pergunta a mulher olhando para aquele lugar com nojo.

— Infelizmente, conhecendo Fleamont como conheço ele já deve ter alertado os outros lordes e aqui é o único lugar que consigo pensar que nenhum bruxo colocaria os pés, é perfeito para manter ele em segurança. - explica o homem, preparando uma cesta para colocar seu neto – E essa situação não vai durar para sempre, só vai durar até resgatarmos Amélia e Panagiotis e fugir para longe de Londres.

— Já que essa é a única solução. - a mulher mais velha suspira em derrota. Os dois ajustam o bebe na cesta, sem antes conferirem que ele estaria bem aquecido no meio de suas cobertas e com o feitiço de aquecimentos - Até logo meu doce netinho. - beija a testa de seu menininho.

— Adeus, pequeno Harry. - beija uma das pequenas mãozinhas do bebê. 

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