Branco?

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Sentia calor, principalmente em suas pernas, seu dedão tocava o macio e pesado cobertor, sentia os raios solares em sua face, mesmo assim, manteve os olhos fechados, estava extremamente cansado, com o corpo dolorido e pesado.

Algo em sua garganta o incomodava, dificultando até mesmo sua respiração, ao longe podia ouvir o som irritante de bips contínuos, sua cabeça pesada demais, nublado pelo sono e o atordoamento não era capaz de raciocinar direito, manteve-o inerte durante longos minutos.

O som começou a realmente incomoda-lo, assim como o calor que lhe fazia transpirar, sua consciência começou a se estabilizar e finalmente desperto abriu os olhos.

A claridade era ainda mais incomoda do que imaginou, piscou algumas vezes até se acostumar. A primeira coisa que viu foi o teto branco, com muita dificuldade virou um pouco a cabeça em direção aos bips, viu vários equipamentos marcando seus sinais vitais, um pouco mais ao longe pode ver uma grande janela com as cortinas abertas, o céu estava azul e em seu centro o sol do meio dia queimando.


Sua garganta doía, abaixou um pouco o olhar e se assustou, havia um tubo em sua boca e um balão de oxigênio em seu nariz ajudando lhe a respirar. Tentou levantar as mãos para retira-los, mas não conseguiu, estavam muito pesadas.

Olhou novamente em volta; paredes, piso e teto, tudo branco, mas não tão em branco quanto sua mente. Tentou respirar profundamente assim como tentou lembrar de alguma coisa, porém não conseguiu. Sua mente estava apagada e seu corpo terrivelmente enfraquecido.

Não sabia quem era ou como fora parar ali, sabia apenas que estava em quarto de hospital, e disso não tinha duvida.


Alguns minutos se passaram e ainda se encontrava na mesma, ouviu ao longe barulhos além dos do equipamento. Uma batida rítmica espaçadas por milésimos de segundos, imaginou que seriam salto baixos batendo contra o piso, fechou os olhos numa tentativa de se concentrar no som, pode ouvir precisamente quando os passos pararam e a porta sendo aberta, agora o caminhante esta em seu quarto, chegando próximo a si. A pessoa que parou ao seu lado tinha cheiro de amaciante e leve de alvejante.


_ Xiumin, vamos trocar seu soro, querido - disse a enfermeira afagando os cabelos do pequeno paciente.


Nesse minuto resolveu abrir os olhos, a enfermeira de voz doce sorriu para ele, levando sua mão outra vez aos seus cabelos, dessa vez tirando sua franja da frente dos olhos, num toque suave, doce e maternal pra alguém tão jovem como ela.


_ Tentando me assustar novamente com esses lindo olhos abertos hein? Ahn, você está suando, melhor tirar esse cobertor, um lençol será suficiente. Não queremos que nosso floquinho de neve derreta. - Disse sorrindo.


Trocou a coberta e ajeitou o travesseiro sem perceber que estava sendo seguida pelo olhar atento do paciente. Estava terminando de arrumar o lençol quando sentiu o toque do paciente em sua mão. Se assustou e olhou para o rapaz deitado na cama, chegou um pouco mais perto e percebeu que o rapaz lhe encarava, piscando por vezes lentamente. Ainda um pouco surpreendida constatou que o paciente estava realmente acordado quando este tentou levar as mãos ao tubo em sua boca.

_ Wuuuuuuuuuuu, ai meu Deus, Wuuuuuuu - sem perder tempo, a enfermeira gritava enquanto saia correndo do quarto.


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Minha primeira fic, espero que gostem :)  atualização de 15 em 15 dias ^^















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