As nuvens ameaçavam chover. Faziam exatas uma semana que Changbin e eu haviamos brigado, estavamos juntos em uma festa de uma amiga minha e eu só havia saido para buscar um bebida e quando voltei Changbin estava agarrado na minha melhor amiga, foi uma briga feia e eu decidi o ignorar ja fazia uma semana.
Eu estava em casa tentando não pensar nele, admito que ja estava começando a me sentir culpada por estar ignorando ele e nem perguntar a versão da historia para ele.
Comecei a ouvir uma mistura de chuva que cada vez ficava mas forte e uma voz masculina na rua de casa, não demorou para descobrir que a voz vinha de Changbin.
"S/n me deixe entrar, eu sei que está me escutando" ele berrava, eu estava tentando o ignorar mas sentia um aperto cada vez mais.
As nuvens escuras pairavam sobre o céu, refletindo o turbilhão de emoções que você estava enfrentando naquele momento. A chuva começava a cair, como lágrimas do próprio céu, adicionando uma camada de melancolia à situação. Changbin, com sua voz carregada de arrependimento, continuava a implorar do lado de fora.
Eu estava sentada em um canto da sala, olhando para a janela, incapaz de ignorar completamente a presença dele. Cada grito dele ecoava em seu coração, trazendo de volta as lembranças da briga e do que ele havia feito. A culpa começava a pesar sobre mim, e as lágrimas se acumulavam em meus olhos.
"Por favor, S/n, só me escute. Eu estava errado, eu estava bêbado e confundi você com sua amiga. Não sei o que deu em mim, mas eu te amo, e eu não quero te perder", as palavras de Changbin cortavam o ar úmido.
A voz dele tremia com sinceridade e remorso, e a combinação da chuva e da voz de Changbin criava um ambiente profundamente triste. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, precisaria enfrentar essa conversa. As lágrimas rolaram por meu rosto enquanto me levantava e caminhava em direção à porta.
A porta rangeu quando eu a abri, revelando Changbin em pé lá fora, encharcado pela chuva, os olhos vermelhos e o cabelo colado na testa. Ele olhou para mim com olhos cheios de esperança e arrependimento.
Eu olhei para ele, vendo a sinceridade em seus olhos e a dor que ele carregava consigo. Meu coração estava partido, mas eu sabia que precisava ouvir sua versão da história. Com uma voz embargada, eu disse: "Entre, Changbin."
Ele entrou rapidamente, fechando a porta atrás de si. Ambos estávamos encharcados pela chuva, nossas roupas coladas ao corpo. Sentamo-nos no sofá, ainda sem palavras, a tensão no ar quase palpável. A chuva continuava a martelar as janelas, como um som de fundo melancólico para a nossa conversa iminente.
Changbin começou a explicar sua versão dos eventos daquela noite fatídica, sua voz trêmula enquanto ele se esforçava para encontrar as palavras certas para expressar seu arrependimento. A cada palavra, o peso da tristeza e da culpa parecia se dissipar gradualmente.
"Por favor, me perdoe" Changbin pediu isso a mim e eu apenas levantei do sofá e o abraçei, "Eu te perdoo, não consigo ficar sem você"
Enquanto a chuva continuava a cair lá fora, o abraço entre nós dois era um refúgio no meio da tempestade emocional que haviam enfrentado. As palavras de perdão e o calor do abraço eram como um bálsamo para as feridas que ambos carregavam.
As lágrimas misturavam-se com as gotas de chuva em meu rosto, simbolizando não apenas o perdão, mas também a renovação da esperança e do amor entre vocês. Era como se a chuva lá fora estivesse lavando todas as mágoas do passado, abrindo espaço para um novo começo.
Changbin me segurou com firmeza, como se temesse que eu pudesse desaparecer a qualquer momento. Sabiamos que ainda havia muito a ser conversado e resolvido, mas naquele momento, o abraço era suficiente para começar a cicatrização das feridas e reconstruir a confiança que havia sido abalada.
A chuva lá fora continuava a cair, mas dentro daquela casa, entre os dois corações que se reconciliavam, havia um raio de esperança e amor que brilhava mais intensamente do que nunca.
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