Capítulo VIII

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Nota:
1) Esse capítulo foi escrito com a colaboração de uma autora super querida e conhecida por todos.
2) Fanart do artista @wahyuu_draww (twitter)

Observando o marido conversar seriamente com o Coronel Uzumaki, do outro lado do cômodo, a rosada continuava a amamentar o pequeno Hiro em sua poltrona de frente para a lareira, com os pensamentos bem longe dali, presos na filha mais velha.

— Preocupada com ela? Eu oro todos os dias, aos ancestrais para que protejam a nossa menina.

A idosa indagou, embora já soubesse a resposta da mais nova, colocando uma bandeja com chá para as duas na mesa de centro.

— Dona Mikoto, sabe quando a gente sente uma angústia dentro do peito que chega a sufocar? É isso que sinto todas vezes que ligo meus pensamentos em Sarada.

Sakura comentou enquanto colocava o recém-nascido adormecido após ter mamado, no moisés ao seu lado e esticando a mão para alcançar a xícara de chá que inexplicavelmente se rompeu espalhando todo o líquido quente por cima do móvel antes dela tocar.

— Por Kami! Um presságio...um aviso de que maus tempos virão minha querida e precisamos estar preparadas. Talvez invocar o auxílio do mais forte dos nossos antepassados, Uchiha Madara.

A idosa comunicou com pesar em sua voz, retirando-se a fim de buscar algo para limpar aquela bagunça e ir logo para o Templo mais uma vez se isolar para orar.

— Sasuke! Sasuke-kun!!!

A rosada chamou pelo Uchiha que se atualizava sobre as notícias da guerra com o antigo rival. Não queria aborrecer a esposa e muito menos preocupa-la com os boatos da aproximação dos Hunos ao local de treinamento dos soldados.

— Cerejinha! O que aconteceu aqui? Quer que eu lhe prepare outro chá?

Ele falou solícito, sem coragem de encará-la nos olhos, sabendo que ela iria lhe questionar.

— O que Naruto contou? Conseguiram descobrir alguma coisa sobre Sarada e Boruto?

Sakura perguntou aflita com os olhos verdes fixos em Sasuke procurando analisar cada detalhe do rosto do marido em busca da verdade.

— Ainda nada, Sakura devemos apenas aguardar e orar aos céus para que os protejam.

O Uchiha respondeu seco, sem demonstrar qualquer tipo de emoção, esforçando-se ao máximo para manter uma expressão neutra na face.

— Certo...irei fazer isso então, Sasuke-kun.

Ela retrucou desconfiada, odiando aquele jeito que o marido tinha de lhe esconder os problemas

(...)

Sumire já estava deitada na cama do quarto da hospedagem há mais de duas horas sem conseguir pegar no sono. Sua mente não conseguia descansar com tantos pensamentos que revolviam o belo militar que havia beijado sua mão mais cedo.

Depois que ela havia entrado correndo na pousada, mal pôde segurar-se de pé, tendo apoiado as costas na parede ao lado da porta de entrada e recorrido a técnicas de respiração para evitar de entrar numa crise de ansiedade.

"Que loucura, porque um simples gesto cavalheiresco a deixara tão abalada?"

Talvez ela tivesse medo de que Chocho tivesse razão, talvez ela tivesse se apaixonado por Kawaki à primeira vista e era provável que ele tenha-lhe correspondido

— Minha roxinha... ele me chamou de minha... Sumire sussurrou consigo mesma, afundando em seguida a cabeça no travesseiro abafando um gritinho ansioso, numa tentativa de aliviar o nó na garganta que sentia ao se lembrar que logo ao nascer do sol ela encontraria com o causador de sua insônia.

Sarada - A História de uma Guerreira Onde histórias criam vida. Descubra agora