Anomalias

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Na manhã seguinte, fomos acordando aos poucos, um por um. Depois de nos vestirmos adequadamente, os monitores nos conduziram ao refeitório, onde o café da manhã já estava preparado.

Assim que terminamos de comer, saímos para o lado de fora. Os monitores nos esperavam para anunciar a atividade do dia.

A primeira missão seria encontrar quatro tipos de animais: um réptil, um anfíbio, um inseto e um aracnídeo. Fomos divididos em duplas, e o prêmio era tentador: 24 horas no parque aquático, que ficava a 5 km do acampamento.

Duplas:

Eu (Evan) e Theo

Maison e Sky

Cathe e Susie

— "Nossa, isso vai ser incrível!" — falei empolgado.
— "Vamos logo!" — disse Sky, animada.
— "A nossa dupla vai ganhar!" — exclamou Cathe com confiança.

As duplas se espalharam pela floresta para cumprir a tarefa. Cathe e Susie foram as primeiras a encontrar um anfíbio — um sapo — que colocaram cuidadosamente em um pote com furos na tampa, para permitir a entrada de ar.

Maison e Sky encontraram uma libélula. Foi difícil capturá-la — era rápida, mas não muito esperta. Usaram uma rede de borboletas e a guardaram com cuidado.

Theo, por outro lado, não era exatamente o melhor caçador de animais, mas mandava muito bem com tecnologia. Mesmo assim, conseguiu pegar uma aranha. Eu, por minha vez, já havia capturado um lagarto e uma borboleta.

— "Sério que você já conseguiu metade dos animais enquanto eu lutava com a aranha?" — reclamou Theo, visivelmente frustrado.

— "Essa é a minha área, lembra? Eu amo biologia." — respondi com um sorriso.

Ele corou na hora e virou o rosto, envergonhado.

— "Qual animal falta agora?" — perguntou, tentando mudar de assunto.

— "Só o anfíbio. Pode ser um sapo, uma rã ou até uma salamandra."

— "Salamandra! Eu vi uma no riacho!" — disse ele, saindo correndo.

— "Me espera!" — gritei, pegando um pote vazio enquanto corria atrás dele.

Chegamos ao riacho e, como Theo disse, lá estava a salamandra. Ele a apontou e eu lancei o pote para ele. Depois de capturá-la, corremos para recuperar os outros animais e voltar ao acampamento a tempo. A contagem regressiva já havia começado.

— "Cinco, quatro, três, dois e..."

No último segundo, todas as duplas chegaram ao mesmo tempo.

— "Acho que temos um empate!" — anunciou Thomas.

— "Sério? E o que acontece agora?" — perguntei, ofegante.

— "Todas as duplas ganharam! Amanhã bem cedo levaremos vocês para o parque aquático. Arrumem suas coisas!" — disse Alice, sorrindo.

— "Agora podem se aventurar pela floresta. Vamos preparar o almoço." — completou Daniel.

— "Vamos lá!" — disse Cathe, correndo de volta para a mata.

— "Podemos soltar os animais?" — perguntou Susie.

— "Claro! Divirtam-se." — respondeu Thomas.

Nos espalhamos pela floresta, soltando os animais enquanto corríamos e ríamos. Maison e eu estávamos na frente quando, sem perceber, atravessamos um portal escondido. Paramos de correr ao notar que o ambiente havia mudado completamente.

— "Esse lugar é incrível! Olha essa vegetação... parece uma savana." — disse Maison, tentando me puxar de volta para o portal.

— "Calma, não sabemos onde estamos. E se tiver algo perigoso por aqui?" — respondi, olhando ao redor, atento.

— "Maison, você viu isso? Esse lugar parece a África... ou a Mongólia... O QUE É AQUILO?!" — gritei, apontando para algo entre as árvores.

— "Aquilo o quê?" — ele se virou para olhar e arregalou os olhos. — "Corre! CORRE PRO PORTAL!" — gritou, puxando minha mão.

A criatura veio em nossa direção. Nós corremos de volta e atravessamos o portal no último instante. Mas, para nossa surpresa, ela também atravessou.

Era alta, magra e tinha coloração em tons de vermelho, laranja e amarelo. Antes que pudéssemos reagir, Becker e uma mulher armada surgiram e atiraram nela.

— "Vocês estão bem? Se machucaram?" — perguntou a mulher, preocupada.

— "Aquilo era... um Galimimus real? Isso é incrível!" — exclamei, fascinado.

— "Sabia que era você! Eu te conheço... você é amigo dos meus pais!" — Theo apontou para Becker.

— "Eu não sei do que está falando..." — respondeu Becker, desconversando.

— "Sabe sim. Seu nome é Hillary Becker. E ela é a Dra. Sarah Page. Meus pais são Connor Temple e Abby Maitland. Se eu tiver certo, a Sky é sobrinha da Jess e a Susie é filha do Matt!"

Thomas chegou correndo.

— "O que está acontecendo aqui?... Meu Deus, é uma anomalia!" — murmurou, tampando a boca em choque.

— "Como você sabe o que é isso?" — perguntou Sarah, desconfiada.

— "Isso não importa agora. Vamos levá-los para a ARC." — disse Becker com firmeza.

— "Eu não vou sair daqui!" — protestou Theo, emburrado.

Nesse momento, uma mulher loira apareceu.

— "Theo? O que você está fazendo aqui?"

— "MÃE!!!" — gritaram Theo e Maison ao mesmo tempo.

Após algumas explicações, Sarah e a mulher — que era Abby — nos tiraram do acampamento e nos levaram para uma instalação chamada ARC.

Agora, sabíamos: nossas vidas nunca mais seriam as mesmas. As aventuras estavam apenas começando...

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Algumas horas depois...

Em outra parte da cidade, uma nova anomalia se abriu — desta vez, dentro de uma escola lotada de alunos.
Que criatura teria cruzado o portal desta vez...?



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