carta aberta

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A insciência de um órgão já afadigado,
a imprudência de uma mente já desgastada.

As portas dessa vez se abriram
para em instantes se trancarem.
Você me deu um piso,
talvez um que eu achasse ser concreto
e seu mentir foi tão discreto
que não percebi a tua inverdade mais sincera
de uma escassez de prezar...
só que hoje não estarei mais aqui pra te abrigar.

A  vastidão que fizeras questão de estender
irá demorar muito para talvez um dia parar de doer.
Queria que fosse simples assim,
uma paixão que um dia chegou no teu fim.

Fiz de ti uma fala amiga, 
mas com teu abraço ameno 
apunhalou-me com uma fisga
e retirou de mim meu último suspiro
no final, era só o que você queria.

𝐄𝐬𝐭𝐢𝐠𝐦𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora