A primeira e última vez

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A primeira e última vez.
Era proibido.
Ela não soube de início.
Mas a essa altura do campeonato?
Quem liga?
Ela não.
A primeira vez que ela soube como era ser dedilhada como uma guitarra, foi em um quartinho dentro de um estacionamento do shopping.
"Área restrita", era o que dizia a placa.
Mas lá dentro, eram os dois que gemiam.
Ele a fudeu de uma maneira que ela nunca havia sido fudida antes.
Ela o chupou como nunca havia feito.
Vale constar que eles se odeiam, e isso vem desde muito tempo.
Mas quem nunca teve uma situação "enemies to lovers"?
Porra, ela ficou tão molhada ao ouvi-lo gemer.
Ainda mais ao saber que aquilo era por ela.
Olhando pra ela.
Pensando no que mais poderia fazer se estivesse dentro dela.
A primeira vez...
Mas não totalmente a última vez...

Novamente esses "adolescentes".
Os dois provando de um desejo proibido.
De uma foda inesquecível.
Pelo menos ela irá se lembrar.
De quando ele sentou-se sobre seu peito, enquanto ela o chupava.
Ou da primeira vez que ele esteve dentro dela.
Aquela dor.
O prazer.
O calor.
E os gemidos dos dois.
Ela se lembra de quando suas mãos foram postas acima da sua cabeça, a impedindo de tocá-lo.
Ele realizou fantasias na qual nem mesmo sabia que tinha.
Ela vai se lembrar de quando foi doloroso, quando foi aumentando o ritmo e quando ele diminuiu para provocá-la.
Ela vai se lembrar de todas as palavras ditas. De todas elas.
Das mais inofensivas que foram motivo de risos em certos momentos e as outras no calor do momento.
Dos tapas, dos sussurros e dos pedidos...
Dos arranhões, das mordidas e dele elogiando a boca dela enquanto era chupado.
Ela também se lembrará dos adjetivos postos a cama enquanto ele a fudia e falava de quanto gostava daquela buceta apertada.
Ela se lembrará que sentiu viva e bem fazendo aquilo, mesmo não o conhecendo bem.
Ela se lembrará do seu primeiro beck.
Se lembrará dele chapado.
Dele vendo ela em 2D, duplicada e falando do papai Noel.
Após uma transa de tremer o corpo e a cama.
Ela também se lembrará de quando ela fazia de tudo para provocá-lo.
Quando o lambia todo e o mordia.
O queria molhado mesmo que de saliva, para que soubesse o quanto ele a deixou molhada lá embaixo.
Eles mediram força algumas vezes;
Estavam brigando pela dominância.
Ela gostava quando o enforcava com gentileza tentando distraí-lo da sua pose de poder.
E de quando ele a enforcava de modo que ficasse sem ar quando ele tentava impedi-la de tais atos.
Ela achava engraçado quando lia em livros a palavra "rosnar", mas quando era ele quem fazia isso durante a dominância...
Ah, deixava ela louca.
Ela se lembrará das vezes que a cama arredou de lugar e tremeu sem parar.
E ele?
Do que ele ira se lembrar?
Ele teria a coragem de dizer?
Ele teria a coragem de dizer que foi bom e que a quer de novo?
Porque se ele quiser...
Ela também há de querer.
Os dois não são de ninguém.
São livres.
Por isso ela quer ser a putinha dele novamente.
Que aceita tudo e mais um pouco.
A favor do prazer dos dois.
Se essa transa fosse um pecado, ela pecaria várias e várias vezes.
Se fosse uma doença... ela seria ninfomaníaca.
Porque foi naquelas luzes de Led vermelhas.
Que ela recebeu o que queria.
Prazer.

Mais uma vez.
Mais uma vez eles se viram.
Mais uma vez em um quarto com o led vermelha.
Mais uma vez um empréstimo.
Porque ao ver dele, dar é feio.
Só que antes disso, ele estava mais carinhoso.
Um abraço aqui e outro ali.
Alguns beijos no rosto.
Ele contando sobre o sonho esquisito.
Acredita que ele seria convocado para uma guerra de última hora?
Desculpe quem não é dessas, mas ela não pode ver um homem fardado.
Maria farda? Talvez.
Ela foi o quarto com ele com o propósito de assistirem a um filme.
Primeiro um filme gay na qual ele estava se divertindo e rindo.
Até ele enjoar e colocar um de suspense.
Ele deitou sobre ela.
Assistiram um pouco.
Até a seguinte pergunta:
"Posso usar sua bunda de travesseiro?"
Ela nem hesitou. A resposta era sim. Sempre era sim.
Ele se deitou por cima dela, a fez de cama. A prensou.
Dava pra ouvir os suspiros dele.
Então, finalmente ele se abaixa e faz o que havia pedido.
Ela recebe algumas mordidas que não estavam no contrato.
E algumas coisas aconteceram depois disso.
Novamente ela foi elogiada pelos seus lábios, mas dessa vez eles não se beijaram e ela até estranhou tal ato.
Ele se veste.
Quando tudo era silêncio, ele se levanta e coloca uma música.
Eles dançaram, brincaram e riram.
Se abraçam, dançam mais um pouco, brincam e dão risadas.
Outras músicas passam, a cada hora era uma personalidade diferente dele que aflorava.
Também houve um momento na qual ele que estava em pé cantava a pleno pulmões, ela deitada com seus pés apoiado na cintura dele enquanto era segurada pelos tornozelos.
Ela viu tal cena e viu oportunidades.
Ela sentiu suas mãos firmes ali, ela puxou suas próprias pernas na direção de si própria e ele veio junto.
Ficando por cima, entre seu novo lugar favorito.
Ela riu do seu olhar de surpresa e espanto.
Novamente aqueles adolescentes se esfregaram, se arranharam e suspiravam.
Ele arranhou e deixou seu pescoço marcado com mordidas.
Apenas provocações.
Ele se levanta. Ela também.
A melodia era ecoada pelo quarto.
Ele cantava e ela fazia gestos e poses como se fosse uma batalha de rima.
Eles riram mais uma vez.
Mais músicas passavam e as coisas foram invertidas, ela quem sarrava nele.
Eles riram novamente.
Tinha horas que ela tinha que se sentar na cama enquanto recuperava as forças de tanto rir.
Alguns momentos piadas de duplo sentido eram trocadas.
Eles brincaram de lutinha.
Ela ganhou apesar dele não aceitar isso.
Estava um momento tão bom.
Mas ela tinha que ir.
Ela não queria ir. E ele não queria que ela fosse.
Ele a leva até a porta e ali ela ganha um selinho.
Eles ficam se abraçando na rua, brincando mais uma vez e fingindo chorar um pelo outro para as pessoas que passavam. Como se fosse uma despedida. Não que não fosse.
Era uma despedida.
Eles brincaram mais um pouco.
Cantaram enquanto ele fechava a porta.
Ele saia a cada a segundo falando: "achou!"
E entrando de novo.
Até que ele entrou em casa e não saiu mais.
Ela esperou.
Como se fosse uma despedida.
Não que não fosse.
Era uma despedida.
A primeira e última vez.
A primeira e última vez.

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Adaga anda muito inspirada ultimamente. O que será que está acontecendo com ela?

XX ADAGA♡

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