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ODEIO AEROPORTO! O caminho de casa até o aeroporto foi bem calmo, até porque era 5:30 da manhã quando eu e minha mãe saímos de casa

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ODEIO AEROPORTO! O caminho de casa até o aeroporto foi bem calmo, até porque era 5:30 da manhã quando eu e minha mãe saímos de casa. Como ela disse, é a minha primeira viagem totalmente sozinha então do jeito avoada que sou - fiquei levemente ofendida nessa parte - devo me atrapalhar um pouco, o caminho todo eu tive tempo o suficiente para dormir mais um pouco, mas não durou muito até chegarmos no aeroporto. E no instante que cheguei me perguntei quem foi que decidiu um vôo pra mim, Malia Grant. às 6:15 da manhã em plena quinta-feira? Bom, eu definitivamente não fui.

Depois de mais uma despedida de minha mãe, junto a mais um de seus sermões de segurança, finalmente entrei no aeroporto.

Agora em menos de 5 horas eu estaria em Atlanta, na Georgia. Porque eu não tinha insistido mais para minha mãe? Podia ter feito ela me carregar até aqui no colo. Podia ter feito qualquer coisa para não ter que chegar lá totalmente sozinha.

Para me distrair peguei uma das revistas que estava no bolso do assento à minha frente e comecei a ler, mas quase não tinha nada de interessante, depois de terminar eu consegui dormir mais um pouco, não sei como consegui me distrair quase as 5 horas de voo quando não estava dormindo.

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FINALMENTE! minhas pernas já estavam completamente adormecidas de tanto ficar sentada naquela cadeira. As comissárias de bordo nós guiavam para sair do avião, e todas as pessoas que antes estavam morrendo de sono - incluindo eu - agora estavam com uma energia incrível.

Quando desci do avião a primeira coisa que pensei no meio daquela multidão foi: "como vou achar meu irmão aqui?" Minha mãe tinha dito que ele iria me buscar na hora que meu avião pousasse, mas não era como se ele precisasse de uma plaquinha escrito "Malia" nela pra nós reconhecer.

Depois de terminar de resolver algumas coisas, pegar minha mala, e ir no banheiro para dar uma olhada na minha cara e prender o meu cabelo que já tinha perdido toda a definição, me sentei em uma das cadeiras e fiquei à espera de qualquer cara que lembrasse a imagem que eu tinha de meu irmão há 4 anos trás.

Estava mexendo em meu celular, inclusive vendo mensagens de vovó dizendo "quando chegar me avisa, estou ansiosa pra te ver! ❤️"  Quando vejo um garoto de aparentemente 1,70 encostado em uma carro preto com os braços cruzados, óculos escuros, uma camiseta preta que combinava perfeitamente com seus cabelos cacheados e pele parda, e aquela Correntinha dourada me dizia perfeitamente quem era, igualzinho ao papai.

Quando me vê Kevin abre os braços com um sorriso no rosto fazendo eu sorrir de volta dando um aceno antes de ir em sua direção. Quando finalmente chego perto do mesmo, ele abaixa os óculos até a ponta do nariz ainda com um sorriso no rosto e vem me abraçar.

- Oi Mali. - Diz em meio ao abraço.

- Oi Kev.

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O CAMINHO TODO foi um silêncio totalmente desconfortável, como se a qualquer momento eu pudesse abrir a porta e me jogar do carro na mesma hora, demorou um tempo até chegarmos em seu apartamento, era um prédio não muito grande mas também não muito pequeno, a pintura estava começando a precisar de uma retocada, mas o porteiro era muito bacana.

Quando chegamos na porta não pude deixar de reparar no número "13" na porta do apartamento, seu número da sorte, e fez eu me perguntar se era coincidência ou proposital disso. típico do Kevin.

Quando finalmente entramos no apartamento me deparo com um apartamento pequeno e apertado, com luzes amareladas, e móveis muito bem harmonizados e arrumados, a sala e a cozinha combinando perfeitamente, quadros nas paredes e até algumas plantas, plantas?!

Mas logo minha atenção é roubada quando me assusto quando sinto algo cheirando meu sapato.

- Ah, Oi. - abro um sorriso quando vejo um cachorro curioso me cheirando, e logo me abaixo para fazer carinho em seu pelo macio e brilhante.

Amo cachorros.

- Essa é a Marley. - Kevin disse enquanto eu ainda tinha toda minha atenção roubada por Marley, que agora já estava deitada no chão apenas aproveitando o carinho.


- Ela é uma graça! 

- Eu adotei ela faz pouco tempo, meu amigo tinha alguns filhotes então eu adotei ela - ele dá uma leve risada antes de continuar - Mas não se engana muito, não. Ela tem essa cara de santa mas quando você dá confiança ela tá lá comendo todo o seu chinelo, né Marley? - Ele diz e eu rio do seu tom e logo outro silêncio desconfortável se estabelece no local.

- Você quer ver o seu quarto? - Ele diz e logo eu concordo me levantando, o acompanhando em direção ao pequeno corredor, que tinha três portas, o'que eu suponho que seja o quarto de Kevin e o banheiro.


Logo entro na porta em frente a de Kevin, me deparo com um quarto branco simples mas por um momento quando entrei soube que seria meu lugar favorito de tão aconchegante, tinha uma cama de casal acompanhado de um conjunto de edredom preto e branco, que aliás parecia muito confortável.

Ele tinha comprado isso pra mim?


- Eu sei que talvez não fique aqui por muito tempo mas imaginei que você fosse gostar de um cantinho bem arrumado. - Ele diz apoiando sei peso no batente da porta.

- A moça da loja falou que muitas meninas da sua idade gostam desse edredom. - Diz fazendo eu gargalhar.

- Nossa, você falou como se tivesse 60 anos agora - brinco arrancando uma risada do mesmo murmurando "cala boca" - Valeu, eu adorei.

- Não foi nada. - Disse dando um pequeno sorriso e logo faz uma pausa antes de dizer:

- Bom, eu vou deixar você descansar um pouco. - Ele diz fazendo eu concordar meio sem graça e então logo sai do quarto fechando a porta fazendo eu soltar um suspiro me jogando na cama, mas me surpreendo quando Kevin abre a porta de novo.

- Ah, a vovó vai vir jantar aqui, ela tá toda animada pra te ver hoje! - Ele diz fazendo eu rir, animada em ver vovó.

Talvez ficar aqui não seja tô ruim quanto eu pensei, né?

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- NOTAS:e aí qual foi a primeira impressão do Kevin? Pra quem quiser saber mais da aparência dele, eu me inspirei no Omar Rudberg, Espero que gostem :)

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𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗜𝗖𝗧𝗨𝗥𝗘' 𝖩𝖺𝗏𝗈𝗇 𝖶𝖺𝗅𝗍𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora