Nós contra o mundo

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q!Roier riu. Sim, essa foi sua primeira reação ao chegar na sala de rituais foi rir. Mas ei! Em sua defesa, não era todo dia que seu namorado e sua cunhada encontraram-se discutindo com uma criança de 16 anos. Principalmente não era todo dia onde q!Cellbit defendia o veganismo da irmã para se virar contra a lojista tatuadora dos ocultistas da ordem.

Veja bem, o brasileiro era quase o fã número um de Agatha, e costumava competir com o líder da organização pela guarda dela (ou seja, por quem a chamaria de filha e quem é a figura paterna predileta - e não, antes que pergunte, o Sr. Verissimo não sabia dessa competição.)

-Ei, vocês três - chamou depois de um tempo - o que está acontecendo aqui?

-Guapito! Por favor, nos ajude a explicar pra Agatha que ela não pode matar o Zeno.

-Cell, eu só preciso de sangue animal pra deixar a membrana perfeita ali dentro, por favor! O Arthur já não me deixou pegar a Jeniffer e a novata não me deixou pegar o pássaro.

-Você não vai matar meu gato, Volkomann!

-Ta bom, Elizabeth 2.0 - a jovem revirou os olhos fazendo q!Bagi se levantar pronta para bater na adolescente.

-Ta já chega as duas!

q!Roier teve que se segurar para não voltar a rir enquanto abraçava o namorado por trás.

-Olha, a morte é mesmo necessária? Poderiamos usar o do Cellbo aqui.

-O que? ROIER!

-Faz sentido, você é uma anta afinal de contas.

-Cala a boca, Bagi - a garota mais nova entrou em defesa. - Mas por que eu usaria o do Cell, Roier? Ele é uma pessoa!

-Na verdade, ele é um ga... - ele não conseguiu terminar o raciocínio, pois logo recebeu uma cotovelada na costela de um q!Cellbit envergonhado.

-Aghatinha me passa meu óculos por favor. Valeu - agradeceu colocando-o no rosto. - Olha, vamos fazer assim, o Felps ta lá na fazenda da família e eu vou pedir pra ele mandar uma das vacas pra você, ok?

O casal sorriu com o abraço que a ocultista deu no loiro enquanto a gêmea mais nova revirava os olhos.

-A gente tem que ir pra uma missão agora, obrigado pelo ritual, vai dar tudo certo com a membrana daqui e eu to orgulhoso de você! - disse rápido enquanto se separava dela - E Bagi, se cuida irmãzinha.

-Nós somos gêmeos! - reclamou enquanto a dupla saia.

×

-Pegou as instruções?

-Peguei sim, Gatinho, é bem fácil na verdade, só fazer um reconhecimento de área e matar o que tiver de paranormal em uma igreja abandonada

Concordou dando partida no carro e começando a dirigir até o lugar indicado pelo GPS.

Era impossível não se sentir nostalgico sempre que iam sozinhos em missão. Para começar, q!Roier foi quem o recrutou.

×

"Hola! Poderia me ayudar con algo?" A voz carregada de sotaque havia ecoado em seus ouvidos na época que era um simples barista de uma cafeteria sem nome no interior de São Paulo.

...

-Ah, hola! - cumprimentou o cliente - Claro, do que necessitas? - q!Cellbit tentou usar seu portunhol, embora não fosse tão bom assim.

-Soube por alguns moradores da região que você era bom em enigmas, preciso de alguém que consiga traduzir algumas coisas. Isso é verdade mesmo?

Guapoduo hcsOnde histórias criam vida. Descubra agora