→ sin ─ fyolai

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[oi gentekkkk como eu disse no mural meu celular foi de base, mas agora eu tô usando temporiamente um antigo do meu pai!! E não tô conseguindo responder comentários]

[E EU PERDI O PROGRESSO DO SÉTIMO CAPÍTULO DE TATTO 😭 E O TERCEIRO DE IM HERE TAMBEM FOI PRA VALA]

[anyways, fic dos fyolai pra vcsss]

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── Tome cuidado na ida, não corte caminho, não aceite coisas de estranhos, e volte antes das oito. ── dizia minha mãe, enquanto desamassava meu casaco e verificava minhas coisas.

── Eu vou ficar bem, mãe. ── Tentei tranquiliza-la, mas não tive muito sucesso ── Não sou mais uma criança, e é só um trabalho.

── Mesmo assim, Fyodor! ── ela insistiu. ── Eu não confio nesse Gogol, só de olhar para ele sei que é um desviado. ── Senti um gosto de achocolatado com bile subir a boca ao ouvir desviado, sabendo que mamãe se referia a sexualidade de Gogol. Era estranho ── Tenho medo do que esse garoto possa fazer com você.

Me senti reprimido, castigado. Ninguém da minha família sabia, mas eu já tinha certeza do que gostava, e não eram de garotas. Ouvir minha mãe falar com tanto desgosto de pessoas que amavam diferente dela doía, me fazia sangrar. Talvez eu merecesse, era o castigo que Deus me dava por ser tão nojento.

Mamãe se aproximou e afastou minha franja, beijando minha testa, logo limpando a marca do batom que ficou nela.

── Vá com Deus, meu filho. Não se deixe levar pelas coisas que aquele garoto diz, pois não são do nosso Senhor.

Somente acenei com a cabeça, fazendo um carinho mínimo na bochecha de mamãe. Peguei minha mochila e saí de casa, lendo e relendo o endereço que Nikolai passou, umedecendo os lábios ao lembrar-me da mão marcada dele roçando na minha, mas logo afastando os pensamentos sobre mãos ao imaginar-me tendo meu cabelo puxado com força pela mesma mão, junto de palavras sujas sendo ditas no meu ouvido.

Apertei o crucifixo no meu pescoço, engolindo em seco. Foco, Fyodor!

Cheguei no ponto de ônibus, sacando meu celular e mandando uma mensagem de texto para Nikolai: "Estou a caminho, somente esperando o ônibus."

Ele não demorou a visualizar, enviando um beleza junto de algumas caretinhas, acho que se chamam kaomojis, não sei.

Meus olhos voaram para a foto de perfil de Nikolai, e fez os pensamentos sujos voltarem. Comecei a rezar o rosário, todo o rosário. Me ajudou a manter os pensamentos longe.

Guardei o telefone para evitar um possível assalto, e comecei a balançar os pés, que por centímetros não chegavam no chão.

O ônibus não tardou em chegar, agradeci por isso. A viagem foi rápida, e só tive que andar alguns metros para chegar na casa de Gogol depois de descer.

Bati na porta, que não demorou para ser aberta.

Não demonstrei pela minha cara de tacho, mas as coisas que se passaram na minha cabeça ao ver Nikolai com um cropped, que deixava a mostra o abdômen definido, e a tatuagem de serpente que começava no quadril e terminava provavelmente no peito foi tudo, menos o que um garoto religioso normalmente deveria pensar.

O piercing na língua também não ajudou.

Deus, não me abandona agora.

── Dos-kun! ── ele me saudou alegremente ── pode entrar.