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~jade~

Não sei se foi uma boa escolha vir com vc...

Ser o centro das atenções nem sempre é meu forte, claro que as vezes precisamos de um tanto de atenção para elevar a nossa autoestima e autoconfiança, mas nesse caso não iria me ajudar em nada disso, e sim, no constrangimento.

Assim que entramos no jardim dos Belloli todos os olhares se rodeavam a gente incluindo o olhar da Eduarda e da tia Isabelle, que não foi um olhar de "nossa querida que bom que vc chegou" e sim um olhar de "em casa a gente se resolve" o que me intimidou um pouco, primeiro elas olharam para o senhor Santos que percebeu e rapidamente os cumprimentou com a cabeça, depois para mim que apenas sorri de lado e segundos depois para o martinelli e a Stefany que seguiram até eles para falar algo a pedido do Antony.

O olhar da minha "família" ficou um pouco intimidante depois do que o martinelli e a Fany disseram, que pelo meu ver não foi nada bom, e aparentemente foi legal para o Antony que rapidamente apoderou-se da situação, me puxou para mais perto do seu corpo e me agarrou pela cintura.

- o que vc tá fazendo? - digo um pouco baixo

- te livrando dos olhares, tá nítido que vc está intimidada

- nossa como senhor é prestativo senhor Santos, não conhecia esse seu lado, não vai me dizer que também sabe o que eu tô pensando? - uso meu tom de ironia que faz o Antony ter uma reação inesperada, que é segurar a minha cintura um pouco forte, mas não sei dizer se ele estava sentindo raiva ou não - aí caralho

- pensei que a bravona que está na minha frente não fosse tão fresca assim ao ponto de não aguentar um pequeno toque na cintura - ele solta um sorrisinho de lado

- se isso foi um pequeno toque eu sou a rainha da Inglaterra seu imbecil!- tento me soltar dos seus braços

- Mariah... - diz me segurando mais firme só que leve ao mesmo tempo

- qual é Antony, me solta logo!

- sossega um pouco aí ruiva, os Belloli tão vindo na nossa direção, então para de se mexer e age como uma pessoa civilizada - ele diz ríspido e eu chego perto do seu pescoço

- me solta primeiro, se não eu faço vc passar vergonha no meio dos seus aliados - sussurro no seu ouvido e fingo concertar a sua gravata fazendo o mesmo me soltar assim que termino - bom menino - beijo a bochecha dele e solto um sorrisinho de lado fazendo ele me olhar com o olhar mais mortal que ele possa fazer

- vc ainda me paga Jade - ele diz me puxando pela cintura fazendo a gente ficar lado a lado um do outro - e não vai demorar muito

Antes que eu possa dizer algo e revidar a fala do antony, o martinelli e a Stefany chega do nosso lado sendo acompanhado dos Belloli

- Antony! - o senhor Belloli diz indo abraçar o Antony

- Raphinha! - retribuí o abraço, e eu confesso que nunca havia ouvindo o nome do capo dos Belloli mesmo sendo "amiga" da Natália

- Senhor Santos - é a vez da taia se pronunciar com um leve aperto de mão - jade! Que bom que vc veio - me abraça

- oi taia - retribuo o abraço - senhor Belloli - o cumprimento com um aperto de mão e volto a atenção para Natália -não poderia deixar vc ir sem me despedir do gueguel

- a forma que lembram da mãe aqui é impressionante - ela diz fazendo todos darem um sorriso menos o Antony - fiquei super preocupa quando vi que a Duda não tinha confirmado sua presença, quase fui na sua casa te buscar na base da agressão

- quem devia ter confirmado a minha presença era meu acompanhante, mas acho que ele estava um pouco ocupado, sorte a Fany fez isso - dou um sorriso falso

- ele é assim mesmo, mas vem comigo, vou te apresentar aos outros - sai me puxando com ela

Olho pro Antony com um olhar um pouco piedoso para ele me tirar daquela situação, mas ele dá de ombros e rapidamente some da minha vista junto com seu sub e o senhor Belloli, filha da puta!.
E eu? Fico ouvindo conversas da Natália que na maioria das vezes são legais mais dessa vez não, e sendo apresentada as outras mulheres e homens da festa, mas esse papel não era dela e sim do meu acompanhante.. enfim, essa noite vai ser longa.

...

Após horas andando com a Natália, conversando com pessoas que eu claramente nunca mais iria ver na vida, chegou a hora devida do jantar, o que fez todos se sentarem e eu voltar a mesa, na verdade encontrar uma mesa, já que desde que chegamos não sentei momento algum e nem se quer pegamos uma, então me sento na mesa mais próxima e fico lá, sozinha esperando o bendito do filho da puta do Antony chegar.

- oi jadoca - ouço uma voz ecoar perto do meu ouvido e me viro rapidamente vendo quem eu menos queria, a Eduarda

- o que vc quer? - digo ríspida

- quanta educação Mariah Fournier! - diz brava e provavelmente essa "raiva" não é de agora- mais olha aqui, vc tome bastante cuidado com cada fala sua perto do Antony, eu não quero perder nada que tenho por causa sua, apesar de já ter ouvido merda por sua culpa sua inútil- segura meu braço que já estava dolorido e aperta um pouco mais- vc tem sorte que estamos em público, se não vc iria se arrepender de ter vindo para essa festa acompanhada do meu chefe sem se quer me avisar!- me puxa para um canto mais reservado

Eu sei que para alguém que conhece a família que tem não avisar algo foi burro, mas eu não tinha escolha, se eu avisasse a Eduarda não iria deixar e não seria inteligente da minha parte desmarcar algo com alguém que tem o poder de escolher se eu fico viva ou não.

- a próxima vez que vc ousar fazer isso vc vai se arrepender amargamente jade! - agarra o meu cabelo apertando e puxando para baixo - a partir de amanhã vc irá se afastar do Antony querendo ou não! Sua ousada - sinto meu rosto arder e ela solta o meu cabelo rapidamente me fazendo ficar confusa

- está tudo bem por aqui? - ouço a voz do Antony e entendo o porquê o a Eduarda me soltou - vc sumiu jade, senti sua falta no local - concluí

- ah.. sim, já podemos ir- digo seca

- com licença senhor Santos, tenha uma ótima noite, e jade - se vira para mim- nos vemos em casa pequena - diz em um tom irônico e falso e sai do local

- o que tava acontecendo aqui ? - segura minha mão

- nada - digo um pouco assustada e o Antony me olha sem expressão

- vamo Mariah fala.. eu quero ajudar vc, vc parece está assustada- ele diz com uma voz um pouco doce, e a forma que o nome Mariah sai da boca do Antony me trás uma sensação de aconchego, o que era novo e estranho para mim, já que sempre que me chamavam pelo segundo nome era por estarem bravos ou para me baterem.

- antony me tira daqui - digo meio baixo e assustada fazendo ele me olhar confuso - se vc quer me ajudar me tira daqui.. por favor

Ele olha rapidamente para os lados, repara um pouco o local e depois volta a sua atenção para mim

- eu irei chamar os Belloli até aqui, iremos nos despedir e assim que a comida for servida sairemos disfarçadamente ok? Só espera uns 10 minutos que é o tempo exato para mim falar com o martinelli e os Belloli- eu assinto - mais disfarça um pouco seu olhar - ele diz se virando para mim e segurando no meu rosto, alisando ele, mas mesmo assim fica muito atento no local me fazendo "mudar" minha reação de uma forma forçada.

A irmã da minha Sócia Onde histórias criam vida. Descubra agora