capítulo quatro

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                            | BRASIL, dec 22' |
                          Pov: Nicolas

              Eu podia observar seus cabelos ondulados devido a água do mar voando conforme a brisa, sua pele bronzeada e levemente corada na região das bochechas, a areia espalhada por todo o contorno de seu corpo

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Eu podia observar seus cabelos ondulados devido a água do mar voando conforme a brisa, sua pele bronzeada e levemente corada na região das bochechas, a areia espalhada por todo o contorno de seu corpo. Eu odiava que tudo aqui estivesse como está. Eu também odiava Catherine, odiava o jeito que ela falava comigo, odiava os cabelos ondulados dela, eu odiava o jeito que os olhos dela me olhavam, eu odiava o jeito ela lia a minha mente, eu odeio que ela sempre está certa, odiava quando ela me fazia rir, odeio como a sardas do rosto dela ficam realçadas com sol, odeio que ela não está por perto e não faz mais questão de estar. Odeio mais ainda o fato de não odiá-la, e nem estar perto disso, nem um pouquinho e talvez nunca chegar perto um dia.
   Assim que Catherine saiu, me expliquei para a garota a qual estava conversando e pedi para que esperasse por mais alguns minutos, depois disso fui procurar Felipe, para entender por que caralhos ele foi abrir a boca para Catherine. Vejo o garoto encostado em uma árvore com um copo na mão junto de outras pessoas.

— Felipe, a gente precisa conversar agora.—As palavras saem da minha boca como um rosnado.—

      O garoto torna sua atenção a mim e pela sua expressão facial era possível notar que ele já sabia sobre o que eu iria falar.

— Calma irmão, vamos ali no canto.— Assim faço.— O que aconteceu?

— Porra Felipe, quem é que mandou você falar alguma coisa pra Catherine? Você não sabe como ela é? Ela veio me cobrar, aqui no meio da festa. Tudo isso por sua culpa.— A bebida estava fazendo efeito mais rápido no meu corpo que o comum, provavelmente pela raiva e descontentamento que percorriam por toda a minha corrente sanguínea.—

— Me desculpe Nicolas! Eu só achei que seria uma boa oportunidade para vocês conversarem, e talvez se resolverem.

— Não você não tem que achar nada.— Passo as duas mãos sobre o meu cabelo devido ao nervosismo.—

— Tudo bem Nicolas, não tenho que achar nada, mas alguém tem que cair na real que você tinha que deixar de ser um babaca e assumir todas as suas merdas. Mas já que você não é maduro o suficiente pra isso, eu infelizmente não posso te ajudar.— As palavras foram recebidas por mim como tapas na cara, eu sabia que ele estava certo, mas meu orgulho fazia com que eu o contrariasse.—

— Vai se foder Felipe.— Despejo as palavras sobre ele e dou as costas voltando para onde estava, antes que o descontrole tomasse conta do meu corpo e as coisas saíssem do diálogo.—

A garota que eu conversava ainda me esperava lá, mas a essa altura do campeonato eu não tinha mais cabeça ou paciência para conversar ou ter qualquer tipo de interação com ela. Passo ríspido ao seu lado e quando ela tenta me tocar para chamar a minha atenção, olho firmemente pra ela e viro as costas sem parar de andar.

      Eu mau consegui dormir após a noite passada, a cena de Catherine com os olhos cheios d'água me pedindo a explicação de algo que eu nunca tinha deixado claro o porquê tinha feito e que ela claramente se sentia culpada mesmo não sendo, não saía da minha mente. Eu sabia que eu era um babaca por fazer isso, por não ajudá-la, por não conforta-lá, e por talvez deixar tudo pior. Mas afinal, o que eu poderia fazer? Ela nunca entenderia meus sentimentos e meus motivos, e talvez eu não chegue a explicar isso a ela. Então é melhor guardar isso comigo até o dia que transbordar. Porém quando isso acontecer, ela não estará aqui pare me ver afundar e me afogar em meus próprios sentimentos. E quem sabe até lá eu tenha esquecido de tudo? E isso só se torne uma memória como outras inúmeras que vou criar pela vida.

 E quem sabe até lá eu tenha esquecido de tudo? E isso só se torne uma memória como outras inúmeras que vou criar pela vida

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