PRESENTE - REPÚBLICA DE TCHIOWA
No aconchego do seu quarto, iluminado pela suave luz do sol que entra pela janela, um homem de idade avançada se encontra diante de um espelho. Ele observa atentamente cada ruga em seu rosto, traços marcados pelas batalhas que enfrentou ao longo da vida. Um sorriso nostálgico se forma em seus lábios enquanto ele reflete sobre as memórias que essas marcas representam.
De repente, os sons alegres e agitados vindos de fora do quarto chamam sua atenção. Ele se levanta com a ajuda de sua confiável bengala e sai devagar em direção à sala. À medida que se aproxima, a agitação se intensifica, revelando várias crianças brincando e alguns adultos conversando animadamente.
As crianças avistam o homem e correm até ele, envolvendo-o em abraços cheios de carinho. Ele retribui cada abraço com ternura e afeto, sentindo-se imensamente grato por ter sua família reunida naquele momento especial.
Uma mulher simpática, com um sorriso caloroso no rosto, se aproxima dele e diz - Deixem o vovô em paz, meninos. - Os pequenos soltam risadinhas e obedecem, enquanto o homem acena divertido para a mulher.
Ele guia o homem até sua poltrona favorita, cuidando para que ele se acomode confortavelmente. Com um brilho travesso nos olhos, ele brinca - Por favor, Cláudia, eu não sou tão velho assim.
A Cláudia sorri e responde com afeto - Claro, pai. Eu sei que o senhor ainda tem muito vigor, mas toda essa agitação pode não ser boa para você.
O homem se acomoda na poltrona, olhando ao redor com um sorriso radiante de orgulho ao ver sua família unida. Ele sente uma profunda gratidão por ter vivido tantos momentos preciosos ao lado das pessoas que ama, e o brilho em seus olhos é o reflexo desse amor incondicional.
Alguns instantes depois, a porta se abre e um homem elegante chamado João, adentra a casa, acompanhado por uma mulher radiante. Todos na sala se viram para cumprimentá-los calorosamente. Ao avistar o João, o homem sente uma mistura de surpresa e alegria. Ele se esforça para se levantar, mas o João se aproxima rapidamente e gentilmente o impede.
- Por favor, avô! Não faça tanto esforço - diz o João com um sorriso afetuoso. O homem murmura em resposta - Mas por que todos estão me tratando como se fosse um velho?
A sala é preenchida com risadas calorosas enquanto o João responde carinhosamente - Não é isso, avô. É apenas que você precisa evitar esforços desnecessários.
O homem assente compreensivamente e pergunta ao neto - Como vão as coisas?
O semblante do João muda ligeiramente e ele responde com sinceridade - Preciso conversar com o senhor. Acho que agora, mais do que nunca, vou precisar dos seus sábios conselhos.
O homem estende sua mão trêmula para que o João o ajude a se levantar. Juntos, eles caminham em direção à varanda da casa, onde podem desfrutar de um momento de privacidade e tranquilidade.
Sentados em cadeiras confortáveis, eles apreciam o belo jardim, enquanto a brisa suave do vento acaricia seus rostos. O homem percebe a tensão no João e pergunta com carinho - O que está te incomodando, meu neto?
O João suspira e responde - Acho que nosso povo não vai me aceitar como seu novo governante.
O homem suspira também, fixando o olhar no jardim, e pergunta - Por que você acha isso?
Com tristeza nos olhos, o João responde - Dá para perceber, avô. O povo já estava cansado do governo de meu pai. Agora que decidimos realizar as primeiras eleições gerais em nosso país, tenho medo de que não votem em mim. Eles não confiam em mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Eco da Liberdade
RomanceNas entranhas de uma cidade assolada por guerras e protestos, um homem nasce. Ele parte em uma jornada de auto-descoberta e aprendizado político, retornando à sua terra natal com a missão de liderar a luta pela independência e paz.