Rosalina

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Saio do carro com meu pai e vamos direto a portaria.
Com a separação dos meus pais, tive que escolher se ficava com a minha mãe, ou me mudava com meu pai, eu escolhi o meu pai; minha mãe nunca foi presente na minha vida, não que o meu pai fosse, mas perto do que eu falava com a mamãe ele era a pessoa mais presente do mundo.
Acho que vai ser uma boa etapa na minha vida

Não sou daquelas meninas que dá lições de moral por amizade, na verdade sou mais por mim.

O porteiro sorriu para nós, mas meu pai ainda tem que cadastrar digitais e coisas do tipo

— Pai, eu vou ver como é a área de lazer — falo para ele em um tom não animado mas não triste

— Beleza — papai sempre foi de boa com essas coisas, ele não é super protetor mas ele se importa sim comigo.

Caminho um pouco pelos corredores do edifício, e é bem luxuoso, tem quadros pendurados, é uma área fechada com plantas, como uma estufa fechada e o sol refletindo no vidro. Tem lâmpadas como abajus circulares pendurados, mas não é totalmente fechado, na verdade é cercado por um vidro. Tem uma porta principal para a área de lazer, sigo em frente e tem crianças brincando na quadra e algumas pessoas na piscina, está fazendo sol. Procurei saber coisas sobre essa cidade, e minhas pesquisas levaram ao resultado que seria uma cidade chuvosa, mas agora que estou aqui, o clima não parece chuvoso, na verdade está sol é um clima agradável.

Vejo um garoto descendo o elevador, ele está com uma camiseta verde e branca, é uma calça preta, não está com cara de quem veio tomar sol ou jogar bola, muito menos entrar na piscina

— Moradora nova? — O garoto se vira olhando para mim — Eu sou o Alex, Alex Ferrari — ele estende a mão

— Sim, sou a Rosalina — estendo a mão — Aqui é sempre muito agitado? — faço uma pergunta, olhando para a piscina cheia de pessoas

— Para falar a verdade é sim, depende do clima, aqui chove bastante, mas tem momentos que a temperatura aumenta bastante — ele olha para as nuvens

— Entendo, bom, meu pai está me esperando, muito obrigada pelas informações e pela conversa, até. — Vou caminhando até o elevador, o garoto aparenta ser da minha idade, a cerca de 15/16 anos.

Procuro o meu pai e ele está sentando na poltrona mexendo no celular, me aproximo

— Vamos? Qual o nosso AP? E o andar?

— 14º andar, 1406 — ele olha para mim — Hoje vamos jantar com uns amigos meus de infância, eles tem filhos mais ou menos da sua idade

— Que horas?

— Às 19:00, uma amiga minha e dois amigos, uma tem 3 filhas, duas da sua idade, o outro tem 2 filhos, um da sua idade, e o outro um filho

— Entendi, é um lugar muito chique? — Ele ri com a minha preocupação

— Aí Rosalina — ele da uma risada — é um bar em frente à praia

— A entendi, acho que não preciso ir TÃO arrumada — dou uma risada

— Tudo bem então, vamos — ele chama o elevador

Estou um pouco cansada da viagem, AMO andar de avião, meu sonho é viajar para Nova York, imagina o natal lá, deve ser incrível. Quero fazer faculdade de direito, é um curso que eu sempre admirei, mas ainda vai demorar bastante pra eu me formar então...Quando eu tinha 8 anos, falava que queria ser modelo, esse sonho sempre foi um sonho de criança, mas eu hoje em dia eu não tenho mais esse sonho. Meu pai é CEO de uma pequena empresa. Papai disse que não se importa que eu faça alguma atividade extra curricular, com tanto que não atrapalhe meus estudos. Sempre quis fazer tênis, acho algo inspirador e divertido.

Por que eu fui me apaixonar por você? - Patrina Onde histórias criam vida. Descubra agora