Fim do jogo

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— Eu vou beber.

Wanda pega a taça e enche. Ela ia tomar só um gole mas acaba bebendo a taça toda.

— Se a resposta sou eu eu devia ter direito de saber a pergunta, não acha?

— Não. Isso não tá nas regras.

— Eu criei elas, posso refazer.

— Não enquanto o jogo tá rolando.

— Tem sorte que é você que pode entrar na mente das pessoas e não eu. Mas eu também sou persuasiva. Eu descubro.

— Então boa sorte. Eu acho que vou ir pro meu quarto, tô morrendo de sono.

— Só quer fugir, né?

— Não tem provas disso.

— Me espera um minuto, vou pegar uma coisa pra você.

Então Natasha saiu e Wanda esperou um, dois, três minutos e nada.

Quando Natasha voltou, achou uma Wanda adormecida. Em sua cama.

Natasha a cobriu e deixou um remédio na mesinha de canto. Logo desceu para comer alguma coisa.

No dia seguinte, Wanda acorda com a luz da janela batendo no rosto. Ela olha ao redor e não reconhece o quarto de primeira.

— Onde eu tô? — Ela então se lembra vagamente de entrar no quarto de Natasha e de beber vinho. — Que merda eu fiz?

Ela levantou a coberta e viu que estava de roupa. Respirou aliviada por isso, mas logo ela sentiu a dor de cabeça chegar.

— Que merda. Ressaca de vinho, sério? — Diz para si mesma.

Ela olha para o lado e vê uma cartela com um comprimido e um copo de água. Era remédio pra dor, então ela tomou.

— Acordou a Bela Adormecida. Deixei o remédio porque achei que poderia acordar com dor. Eu preparei um café da manhã mas essa hora já é café da tarde.

— O que aconteceu? Não lembro de muito depois de vir pra cá.

— Nós bebemos vinho, nos divertimos e jogamos. Paramos naquela pergunta em que a resposta era eu. Qual era mesmo?

— Não vai funcionar, não vou te contar.

Natasha se aproxima e senta na cama bem perto de Wanda. Ela a olha bem nos olhos e se aproxima mais, ficando perto de seu ouvido.

— Um dia você vai. — Sussurra.

Wanda fechou os olhos com isso. A voz de Natasha em seu ouvido junto com o vinho do dia anterior a deixaram louca. Por Deus, se Wanda tivesse um pouco menos de autocontrole ela beijava Natasha agora mesmo.

Ela voltou pro seu quarto e tomou um banho.

— Bom dia Wanda. Ou melhor, boa tarde. Dormiu bem?

— Dormi sim, Clint.

— Imagino que sim. — dá um risinho.

— O que foi?

— Não, nada. A cama da Natasha é confortável né?

— É. Não, espera. Não é nada disso que você tá pensando.

— Eu não tô pensando nada. Só percebi que sumiu duas garrafas de vinho e no mesmo dia tu acorda na cama da Natasha.

— Tu não disse nada pra ela?

— Não. Eu gostaria muito que vocês se resolvessem, mas eu não vou me intrometer no que é da conta de vocês.

— A gente jogou um jogo de perguntas. A minha pergunta era quem eu beijaria se tivesse a oportunidade.

— Conheço esse jogo. E o que tu respondeu?

— A verdade. Mas ela não sabe da pergunta.

— Ela vai querer de todo jeito descobrir. Ela é boa nisso, vai conseguir. E se você quiser sabe minha opinião, eu diria à ela. Arrisca. Se tudo der certo, vai valer a pena. Daqui a pouco vocês não vão mais precisar ficar aqui, então aproveita enquanto vocês podem ficar mais tempo juntas.

Ele disse e saiu. E isso fez sentido. Melhor agora que elas estão tecnicamente mais próximas do que quando voltarem à rotina de vingador.

Wanda estava decidida a contar, só faltava a coragem, mas isso ela pegaria no caminho. Talvez precisasse de mais vinho.

Lugar seguro || WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora