-filha, vamos? Se não a mamãe vai se atrasar. - digo entrando no quarto de minha pequena Pietra.-vamos, mamá. -ela diz sorrindo enquanto corre em minha direção. -mamá a tia Ali vai ta na loza? - ela me pede com sua voz doce e calma, sua dicção não era perfeita, até porque ela tinha apenas 3 aninhos, mas suas palavras saiam compreensíveis.
-sim, tia Ali vai estar lá, mas eu não quero você correndo pela loja, ta bem? - a encaro enquanto pego sua bolsa em meu ombro e saio pela porta do quarto indo em direção a saída principal da casa.
-mas eu gosto, mamá. - ela diz cruzando seus bracinhos. -gosto quando o tio também vai lá, ele zoga bola comigo.
-seu tio é um desnaturado. -digo soltando uma risadinha, a pego no col e coloco na sua cadeirinha dentro do carro. -ele sabe que não deve jogar bola dentro da loja e faz mesmo assim.
-mamá ele só me ensina algumas cozas, lembra que eu vou ser uma grande zogadora de futebol? - minha filha de apenas três anos diz me fazendo parar de colocar seu cinto e a olhar com um sorriso pequeno no rosto. -igual ao tio, Ale.
-não esqueci meu amor, e tenho certeza que vai conseguir ser uma grande jogadora! - aperto a bochecha dela e prendo seu cinto, conferindo antes de fechar a porta. -agora vamos, lembra das nossas três regrinhas dentro do carro?
-sem tentar abrir a porta, sem mexer no cinto e sem tentar sair da cadeirinha. - ela diz me fazendo sorrir orgulhosa. -eu sei mamá, eu já sou grande.
-é, você já é grande. - digo orgulhosa beijando sua bochecha e fechando a porta do carro. Entro no meu posto de motorista e coloco meu cinto não demorando dar partida no carro.
Tenho que confessar, ser mãe adolescente e sozinha não é e nunca foi fácil. Desde que o pai da minha filha nos abandonou eu tive que aprender a me virar como adulta e a encarar a vida como uma. Eu tinha só 15 anos quando tudo aconteceu. Eu tinha 15 anos, um bebê na barriga e um futuro totalmente incerto e cheio de medo e preocupação. Eu não sabia o que seria de mim, do meu bebê e do nosso futuro. O que eu sabia é que de qualquer forma, eu faria o possível e impossível para que minha filha fosse a criança mais feliz desse mundo.
No começo foi difícil, na verdade era até hoje, Pietra não tinha uma figura masculina em sua vida que não fosse seu tio Alejandro, namorado da minha melhor amiga. Ela não teve um pai presente e nem precisava de um na realidade. Em 3 anos, eu e Pietra fomos felizes, apenas nós duas, vivendo nossas vidas da melhor forma. Passamos por tudo juntas, bons e maus momentos, e não precisávamos de um homem para nos fazer feliz.
Eu era feliz com minha filha, e mesmo tendo passado por tantas coisas na adolescência, eu havia conseguido superar, havia conseguido passar por tudo isso e consegui dar a volta por cima e garantir um futuro para mim e para minha pequena.
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My Right Choice
FanfictionCamilla Lopez é uma Jovem espanhola de 19 anos que vive uma vida monótona na cidade de Barcelona. Dona de uma loja de roupas e mãe de uma linda menina, Camilla leva a vida como consegue e sempre tenta conciliar seu emprego com sua presença no dia a...