Capítulo 1: Os amigos reunidos

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    A pequena cidade de Resedá, no interior de São Paulo, estava envolta em uma atmosfera de ansiedade e expectativa. Annabeth, Liliane, Maria, Marcos e Bruno, que formavam um grupo de amigos virtuais há anos, finalmente estavam prestes a se encontrar pessoalmente. Eles haviam compartilhado tantas histórias, risadas e segredos através das telas de seus computadores, mas agora era hora de transcender a barreira digital. Após marcarem de se encontrar na tal casa assombrada.

    Annabeth olhou ao redor da sala, seus olhos curiosos percorrendo cada detalhe da antiga casa abandonada. Com uma expressão mista de excitação e nervosismo, ela finalmente disse:

— Eu não posso acreditar que finalmente estamos aqui, pessoal. Depois de todos esses anos conversando virtualmente, é surreal nos vermos cara a cara.

    Liliane, com um sorriso brincando nos lábios, concordou enquanto olhava para Maria, que estava visivelmente emocionada. Maria soltou um suspiro e adicionou:

— Verdade, parece um sonho se tornando realidade. Sempre imaginei como seria estar com vocês, e agora… bem, estou emocionada.

    Marcos, tentando manter o clima leve, brincou:

— Vocês estão com medo dessa casa assombrada? Porque, eu vou contar, estou meio arrepiado aqui.

    Bruno olhou para Marcos e soltou uma risada nervosa:

— Marcos, sua imaginação está bem exagerada dessa vez. A casa pode ser assustadora, mas com todos nós aqui, tenho certeza de que tudo vai ficar bem.

    Enquanto se acomodavam em um círculo, a luz fraca da lua quebrava a escuridão sombria da sala. Eles sabiam que aquele encontro trazia consigo uma mistura de excitação e uma pitada de mistério. Annabeth tomou um momento para olhar a todos e, com uma voz carregada de emoção, disse:

— Eu só quero dizer que mal posso esperar pelo que está por vir. Não importa o que aconteça, estarei feliz de ter vocês ao meu lado durante essa aventura.

    Os amigos trocaram sorrisos e se abraçaram, selando a promessa de uma amizade que transcenderia as barreiras virtuais. A noite em Resedá estava apenas começando, e eles mal podiam imaginar que essa reunião seria apenas o começo de uma história aterrorizante e cheia de suspense.
    Ao longo da noite, enquanto exploravam os corredores sombrios da casa assombrada, os amigos sentiam a presença de algo estranho no ar. Os murmúrios fracos ecoavam pelos cômodos, fazendo com que seus corações acelerassem.
    Maria, que sempre foi a mais corajosa do grupo, deu um passo à frente e disse com determinação:

— Acho que devemos investigar essa sala ao final do corredor. Parece ser o lugar onde os sons estão mais altos.

    O grupo assentiu, confiando na intuição de Maria, e seguiu em direção à sala escura. O chão rangia sob seus pés, criando uma atmosfera ainda mais assustadora.
    Ao chegarem à entrada da sala, Annabeth estremeceu e puxou a manga de Marcos com força. Seus olhos se fixaram em uma figura solitária no canto, obscurecida pelas sombras. Ela sussurrou, tremendo:

— Olhem! Quem está ali?

    Todos se aproximaram cautelosamente, enquanto Bruno acendia uma lanterna para iluminar o rosto do misterioso indivíduo. Mas, para surpresa deles, a sala estava vazia. Não havia sinal de ninguém.
    Liliane franziu a testa e perguntou em voz baixa:

— Será que estamos todos apenas imaginando coisas por causa do clima assustador desta casa?

    Marcos, porém, sentiu um frio percorrer sua espinha e balbuciou:

— Não, não pode ser. Havia mesmo uma pessoa ali. Tenho certeza.

    De repente, uma rajada de vento soprou através das janelas empoeiradas, extinguindo a chama da lanterna de Bruno. A sala mergulhou em completa escuridão, e seus corações começaram a bater ainda mais rápido.
    Annabeth, tentando manter a calma, sussurrou:

— Fiquem juntos, não se separem. Se todos permanecermos unidos, poderemos enfrentar qualquer coisa...

    No entanto, antes que ela pudesse terminar sua frase, um barulho alto ecoou pela sala, fazendo-os saltar de susto. O som se assemelhava a passos pesados se aproximando lentamente.
    Com o coração na garganta, eles se encurralaram em um canto, prontos para enfrentar o desconhecido que se aproximava.

    Enquanto esperavam, o som dos passos ficava cada vez mais alto, até que finalmente, um grito estridente ecoou pela sala. Todos se encolheram e cobriram os ouvidos, apenas para perceberem que o grito não era de medo, mas sim de risadas.
    A luz se acendeu subitamente, revelando a figura de um homem alto, de cabelos desalinhados e com um sorriso no rosto. Era Pedro, um dos amigos virtuais que eles nunca tinham encontrado pessoalmente.
    Pedro, entre gargalhadas, disse:

— Surpresa! Eu queria tanto ver a reação de vocês! A expressão de medo valia cada segundo de suspense!

    Os amigos, aliviados por não estarem realmente em perigo, também começaram a rir. Annabeth, ainda tentando relaxar, disse com um leve tom de reprovação:

— Pedro, por que você nos assustou assim?

— Ah, vocês sabem como eu gosto de uma boa aprontação! - ele respondeu com um sorriso travesso.

    Enquanto a tensão do momento passava, todos se encontravam aliviados e se abraçavam, rindo da situação. Era incrível como o encontro desses amigos no mundo real tinha começado com uma pegadinha.
    Maria, ainda rindo, disse:

— Ok, Pedro, você conseguiu! Mas agora que brincadeira é essa de nos assustar em uma casa assombrada?

    Pedro se aproximou do grupo e ficou sério por um momento.

— Vocês já ouviram falar das lendas e histórias sobre essa casa, certo? Bem, eu decidi levar isso para o próximo nível e criar nossa própria aventura assustadora. Mas agora que vimos que todos estão a salvo, podemos aproveitar mais o nosso encontro.

    Eles seguiram para outro cômodo, onde decidiram deixar para trás qualquer medo e desfrutar da companhia uns dos outros. O primeiro capítulo de sua aventura tinha trazido sustos, risos e uma pitada de drama, mas acima de tudo, tinha fortalecido sua amizade.
    A escolha de ficarem na casa, mesmo sendo extremamente assustador, cada um escolheu quartos lado a lado na parte de baixo da casa, descansar era o principal do momento.

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