A medida que o tempo passava e exploravam cada cômodo da casa, uma atmosfera sombria tomava conta do grupo. Sussurros e passos ecoavam em corredores vazios, fazendo-os se entreolharem, sentindo um arrepio percorrer suas espinhas. A tensão aumentou quando encontraram um velho diário em uma das gavetas. Maria, curiosa demais para resistir, começou a ler em voz alta:
— Resedá foi um lugar tranquilo até que uma série de assassinatos terríveis abalou a cidade. Dizem que o assassino foi capturado, mas o mal parece ter deixado uma marca indelével.
Os olhares dos amigos se encontraram, preocupação preenchendo seus rostos. Annabeth falou com um tom sério:
— Isto explicaria a atmosfera perturbadora desta casa. Parece que a presença do assassino continua a assombrar estes cômodos, mesmo após tanto tempo.
Decidiram então investigar mais a fundo, procurando por pistas que pudessem levar a respostas e, talvez, ao culpado. Eles tropeçaram em documentos antigos, fotos desbotadas e mensagens ameaçadoras. A cada descoberta, o mistério se aprofundava, e o medo crescia em seus corações. É mesmo assim, todos quiseram continuar na casa, escolhendo os quartos, meninas em um quarto e meninos em outro, o medo era o êxtase dos adolescentes deixando-os empolgados de quero mais, só que as loucuras da casa mal assombrada estava só começando...
As meninas se aconchegaram em um dos quartos, com a coragem aparente em seus rostos, tentando ignorar a sensação de que estavam sendo observadas. Enquanto isso, os meninos se preparavam no outro quarto, tentando manter a compostura apesar do medo que crescia a cada minuto. A noite avançava lentamente, e os sons estranhos que vinham das paredes e janelas só aumentavam a sensação de que não estavam sozinhos naquela casa. Os amigos se reuniram para trocar informações, tentando desvendar o mistério por trás dos assassinatos e dos eventos sobrenaturais que pareciam assombrar a residência.
— Detesto essa idéia de finalmente conhecer todos vocês e teria que ser bem aqui, nesse lugar estranho e infernal — disse Maria com a voz trêmula.
De repente, um grito ecoou de um dos quartos. Todos correram em direção ao som, encontrando um dos amigos pálido e tremendo, apontando para uma figura sombria que se movia pela escuridão. O pavor se tornou palpável, e eles perceberam que estavam lidando com algo muito além do que podiam imaginar.
— Quê merda era aquilo? — Marcos perguntou olhando seu amigo Bruno, o único que tinha visto melhor aquela figura.
As garotas se retiraram do quarto, indo até onde estavam suas coisas.
— Eu não fico aqui, mais nenhum minuto! — exclamou Annabeth arrumando suas coisas dentro da bolsa.
Os amigos se olharam, divididos entre a coragem de enfrentar o desconhecido e o medo que os envolvia. As garotas, decididas a deixar a casa mal assombrada, pegaram suas coisas e se dirigiram para a saída, não querendo se arriscar mais naquela noite. Enquanto isso, os meninos tentavam entender o que haviam presenciado e se preparavam para seguir o mesmo caminho das garotas. Por mais que a curiosidade ainda os movesse, o instinto de autopreservação era mais forte, e a sensação de que algo terrível os aguardava ali era avassaladora.
Mas, antes que pudessem sair, a porta se fechou com um estrondo, trancando-os dentro da casa sombria. O desespero tomou conta do grupo, e eles perceberam que estavam completamente à mercê do sobrenatural, sem saber o que os esperava a seguir. A figura sombria ainda pairava no ar, e os amigos podiam sentir o mal que emanava dela. Estavam presos em uma casa mal assombrada, enfrentando algo que desafiava a lógica e a razão. O que aconteceria a seguir era incerto, e apenas a coragem e a união do grupo poderiam guiá-los através das trevas que os cercavam.
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Lar Doce Horror - Conto
Short StorySinopse A história se passa em Resedá, uma pequena cidade no interior de São Paulo. Um grupo de amigos virtuais se encontra pela primeira vez pessoalmente e decide explorar uma antiga casa abandonada conhecida por suas histórias assustadoras. ...