~Curtas do meu universo~

•02--Tag, You're It...•

Contém: Violência, assédio sexual.

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PEGUEI, TA COM VOCÊ...
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Marina Miller.

Eu estava ficando sem fôlego, eu corria desesperadamente até a estrada. Eu sentia que ele estava atrás de mim, mas estava meio lento, pois acertei uma faca na sua coxa. Eu estava meio fraca por causa de alguns tapas e socos que ele havia me dado, mas não ia desistir por causa disso. Os galhos arranhavam minhas pernas de porcelana, mas eu não sentia por causa de toda a adrenalina. Eu estava chegando perto, tinha uma pequena trilha de pedra por ali, eu estava seguindo o caminho, mas não na trilha. Ele saberia que eu estava naquela trilha, então decidi ficar meio longe dela, mas a seguindo. Eu não conseguia parar de correr, mesmo cansada, eu não conseguia parar... e não pararia por nada até ferrar com a vida desse desgraçado.

Eu estava chegando perto, mas ouvi uma correria atrás de mim: era ele mesmo. Eu fiquei angustiada, e tentei correr mais rápido, até que cheguei finalmente na estrada. Eu corria em linha reta da estrada, vendo o brilho da cidade; mas ouvi o barulho dos arbustos, olhei para trás por um instante, e vi ele com sua verdadeira aparência atrás de mim.

-VOLTA AQUI, VADIA! -gritou ele, correndo com dificuldade atrás de mim.

Quando eu estava chegando na entrada da cidade, senti sua mão puxar meu cabelo para trás, me jogando no chão. Consegui vê-lo nitidamente, ele estava com a sua aparência macabra, e extremamente PUTO enquanto sua coxa sangrava. Eu tentei correr dele novamente, mas ele me pegou pelo cabelo e me puxou para os arbustos quando ouviu a sirene de polícia. Ele se escondeu comigo naquele arbusto, enquanto ele estava em cima de mim, com a mão tampando minha boca e com uma faca na minha garganta.

Quando a viatura passou, vi que era meu pai. Tentei gritar por baixo da mão de Jason, mas ela abafou meu grito e ele me olhou furioso.

-Cala a sua maldita boca, antes que eu corte sua garganta aqui mesmo, Mari... -Ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar de medo. A viatura passou reto, enquanto lágrimas começaram a cair em meu rosto, eram lágrimas quentes e desesperadas por ajuda. Me debati enquanto olhava a viatura se afastar, e eu senti medo novamente, como no meu primeiro dia com ele. -Boa noite, bonequinha malcriada... -Sussurrou ele olhava nos meus olhos, com aqueles olhos verdes fluorescentes, me acertando um golpe na cabeça, me fazendo desmaiar.

[...]

Acordei com dor na cabeça, e senti que estava presa. Eu estava deitada no sofá da fábrica, presa com algemas. Eu olhei em volta e percebi o fogo na lareira, esquentando o local. Olhei reto e lá estava ele, olhando para mim e sentado na sua poltrona, com um curativo na coxa. Ele me fitava com um olhar de ódio, parecia que ele queria me matar ali mesmo.

-Finalmente acordou, não é teimosa? -Disse ele, tendo minha atenção, e suspirando de forma pesada. -Marina, eu tento. Eu tento ser legal com você, mas você não ajuda. -Continuou ele, eu tenho que rir após isso, haha, eu não ajudo ele a ser legal comigo? Será que ele esquece que quase toda noite ele quer comer a porra do meu rabo?

-Eu não quero ficar aqui. -Disse em um sussurro. -Eu não aguento mais, Jason...

-Você não tem escolha. -Disse ele, quase que me interrompendo, enquanto mexia na própria mão. -Pensei que já tinha se acostumado, já faz 1 ano que você está aqui.