Epílogo

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Por Cecília...

Eu não sei exatamente como eu vim parar aqui. Eu só me lembro de ter sentido uma dor grande demais para que eu possa descrever e depois escuridão por um longo tempo. Logo depois eu acordei e percebi um homem parado ao meu lado, eu não sabia quem ele era, mas algo dentro de mim sabia.

Eu tentei chama - ló, mas ele não me ouvia então eu me levantei e percebi que meu corpo ainda estava na cama. Mas que droga estava acontecendo comigo que eu não sabia explicar?

E quem era eu? Porque não conseguia me lembrar de quase nada sobre mim?

Eu sabia meu primeiro nome Cecília, eu me lembrava de que tinha dois filhos, uma menina e um menino. Mas não conseguia me lembrar dos nomes nem dos rostos deles. Eu só me lembrava de um rosto: Monique. Eu sabia que ela era minha irmã. Mas nada mais do que isso, o resto foi um vazio infinito.

Eu me lembro de ter ficado horas observando o homem, ele era tão bonito, mas parecia triste e perdido e então ele falou algo pela primeira vez.

- Eu preciso ir agora amor - ele disse com sua voz potente - Lívia e Eric precisam de mim - ele disse e uma luz surgiu na minha cabeça.

Esse seria o nome dos meus dois filhos? Então o que ele era meu?

Ele me chamou de amor? Será que... Fui interrompia por uma voz feminina.

- Gabriel - uma mulher mais velha apareceu na porta - vá para casa, eu fico com sua mulher agora - ela disse.

Mulher. Ele era meu marido? Meu Deus, porque não consigo me lembrar dele? Nem da mulher?

- Ande Gabriel, seus filhos precisam de você, eu fico com minha neta agora - ela disse quando ele não quis me soltar.

E a verdade é que eu não queria que ele me soltasse, eu me sentia bem com sua presença.

- Tudo bem Dona Jullieta - Gabriel disse - se acontecer algo me ligue.

- Tudo bem filho - ela disse e logo depois ele se levantou e saiu e a mulher tomou o seu lugar - volte para nos Cici, eu não sei como Gabriel vai conseguir sem você.

~*~*~*~*~*~*~*~

Vários dias se passaram, eu não sabia exatamente quantos, mas sabia que eram muitos. Todo o dia Gabriel vinha me ver, ele ficava ao lado da minha cama e sempre contava o que havia acontecido com nossos filhos.

Lívia e Eric, agora eu sabia o nomes deles. Ao que parece Eric era bem pequeno e Lívia maior, eu não me lembrava deles, no entanto e isso me aborrecia.

Eu queria saber o porquê eu não me lembrava de ninguém, todos ali pareciam ter um carinho imenso por mim.

Até mesmo Monique havia vindo me visitar e ela chorou, muito na verdade. Ela disse que quando eu acordasse que iria me dar uns tapas por deixar todos naquele martírio. Ela disse que os filhos estavam bem e eu nem ao menos sabia que ela tinha filhos.

Os dias se passaram torturantes e em alguns dias Gabriel não veio, eu senti sua falta, muita na verdade. Acho que me costumei com sua presença. Quando reapareceu ele me contou que Eric estava tendo cólicas terríveis e por isso teve de ficar em casa. Ele me pediu desculpas um milhão de vezes.

Será que ele podia sentir que eu estava ali de alguma forma? Eu me perguntei muitas das vezes.

Eu queria responder, dizer que estava tudo bem, mais era simplesmente impossível. Um dia de manhã assim que Alícia saiu eu senti uma escuridão gigante crescer em meu peito, juntamente com uma dor e tudo se tornou escuto novamente.

~*~*~*~

Eu escutei os barulhos dos aparelhos, mas dessa vez eles pareciam bem mais reais do que antes, senti também muita sede, como se tivesse ficado tempo de mais sem beber um copo de água. E aos poucos eu senti também cada célula do meu corpo.

Era eu novamente? Eu me perguntei.

Eu tentei abrir os olhos, mas não consegui. A única coisa que conseguia fazer era escutar as pessoas. Eu sentia a sensação de que devia conhecer aquelas vozes , mas eu não conseguia , era frustrante.

Eu fiquei dias apenas escutando, era como se eu estivesse presa dentro do meu próprio corpo.

Então como em todos os outros dias eu tentei abrir os olhos, mas diferente das outras vezes desta vez eu consegui. A luz era muito forte então eu tentei tapar meus olhos.

- Você acordou - uma voz feminina disse e eu olhei em sua direção. Era uma enfermeira, mas por alguma razão isso me deu uma sensação ruim no peito - vou chamar o médico, não se mexa querida.

Logo depois alguns médicos entraram e me olharam de cima abaixo, então a porta de abriu e três pessoas entraram. Elas pareciam me conhecer profundamente, mas eu não me lembrava deles. Era frustrante demais ver a cara de preocupação deles e nem mesmo saber o porquê deles se sentirem assim em relação a mim.

Então o médico terminou com um interrogatório infernal foi a minha vez de esclarecer minhas duvidas

- Quem são vocês? - eu perguntei e por um segundos todos pareceram ter o chão tirados deles e eu me senti culpada.

Eu devia reconhece - lós? Meu Deus! Afinal quem são essas pessoas?

No momento era tudo que eu queria saber.

~*~*~*~

Bom muitas perguntaram se esse é o final do livro e a resposta é SIM , não é o fim que ninguém imaginava , e confesso que nem eu mesma esperava um final desses , quem me acompanha sabe que eu gosto de finais felizes daqueles que nos faz acreditar que o amor realmente sempre vence. Mas escrever é como estar em um barco a deriva no mar , você nunca sabe para onde o vento ira te levar e bom ele me trouxe até aqui , mas não achem que a estória deles acaba aqui, de jeito algum eu convido você meu amado leitor a vir conferir o livro TENTADA que é a continuação de PROIBIDO e trara o tão esperado final feliz de nossos casais ( dos quatro! ) .

Sem mais delongas ,

Espero que vocês me acompanhem na nova aventura de nossos apaixonados ...

Um último beijos,

Com Carinho ,

RaíssaSanClaireAlves.

ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora