Conto 2: Dance Comigo

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As estrelas pareciam várias pequenas cabeças de alfinete brilhando em meio a uma coberta de veludo negro. Kasey estava deitada de costas em um muro de pedra baixo, fitando o céu noturno, sentindo-se maravilhada por mesmo que uma pequena parte de um universo tão bonito. Ela se lembrou de uma canção de ninar de quando era pequena — havia um livro
de colorir no jardim de infância que tinha a letra da canção e a imagem de estrelas sorridentes.

Brilha, brilha, estrelinha, pensou. Quero ver... eu brilhar.

— Kasey! — A voz de Jack a assustou, tirando-a com tudo de seu transe.

— Olha só ali!

Kasey se sentou e desviou o olhar para o restaurante infantil muito bem iluminado do outro lado da rua, o Circus Baby’s Pizza World. Uma mulher e duas crianças pequenas estavam paradas na frente da grande porta vermelha. A mulher estava mexendo desajeitadamente em sua bolsa.

— Vamos — sussurrou Jack.

Kasey se levantou e atravessou a rua casualmente ao lado de Jack, enfiando-se no beco aolado do Circus Baby’s, perto o suficiente para que pudesse ouvir a garotinha falando com a mãe:

— Eu acho a Circus Baby muito
bonita! — disse a garotinha de cabelos castanhos. Estava usando uma camiseta decorada com as mascotes bizarras do Circus Baby’s Pizza World.

— É bem bonita sim — disse a mãe, parecendo um pouco atordoada, provavelmente porque tinha passado tempo demais cercada das luzes brilhantes e barulhos altos do empório de pizza cheio de crianças.

— Posso usar marias-chiquinhas igual a Circus Baby? — perguntou a garotinha, puxando duas mexas dos cabelos para cima e formando pequenos cachos. Não devia ter muito mais que três anos, pensou Kasey. Quatro, no máximo.

— É claro que pode — disse a mãe.

— Segure a mão do seu irmão enquanto eu acho as chaves do carro.

— Ela tá com as mãos todas grudentas de doce — reclamou o garoto. Parecia ter idade para estar começando o fundamental. Talvez sete.

— Mamãe, tô com sono — disse a garotinha.

— Pode levar a minha sacolinha de
doce? — Ela ergueu uma pequena sacola plástica com o nome do restaurante estampado na frente.

A mãe encontrou suas chaves.

— Claro — disse.

— Vou colocar aqui na minha bolsa.

— Pode me carregar? Tô com muito sono pra andar.

A mãe sorriu.

— Muito bem, vem aqui,
garotona. — Deixando a bolsa pendurada no antebraço esquerdo, ela se abaixou para pegar a filha.

— Agora! — Jack exclamou no ouvido de Kasey.

Kasey puxou a máscara de ski para cima do rosto e saiu às pressas de seu esconderijo no beco. Passou correndo pela mãe e pegou sua bolsa com um movimento rápido e certeiro. Continuou correndo quando a mulher gritou “Ei!” e a garotinha começou a berrar.

Enquanto Kasey corria, o garotinho disse:

— Eu pego o bandido, mamãe!

— Não — disse a mãe, com firmeza.

— Você vai ficar aqui.

Se disseram mais alguma coisa, Kasey não ficou por perto para ouvir. Kasey sabia que era rápida e sabia que não havia como a mãe alcançá-la a pé, não com duas criancinhas nas mãos.

Fazbear Frights 4 Step Closer - Traduzido PTOnde histórias criam vida. Descubra agora