Destinos Cruzados

✨ Capítulo 1✨

POV LUAN JONES

Mais um dia infernal, não sei o que é pior, a escola ou as pessoas. Como sempre, vejo se minha mãe está dormindo para sair com Dylan. Ela está capotada, mas também, como não estaria? Depois do que o vagabundo do meu pai fez com a gente, ela se entope de remédios tarja preta.

Me aproximo da janela e vejo que a lua está cheia, eu costumo olhar pra ela de vez em quando, mas meu ponto fraco é quando ela está assim, cheia e brilhante.
Pego minha jaqueta de couro preta, confiro se meu isqueiro e o cigarro estão no bolso.

Desço as escadas lentamente para não deixar minha mãe preocupada e abro a porta de casa. Assim que saio, tranco para não ter problemas e coloco a chave no meu bolso.

Decido que vou caminhando até a pracinha, não compensa ir de carro e eu preciso me exercitar mais.
Coloco meu fone e a música nele é "Over, do Lucky Daye".

As madrugadas daqui costumam ser bem estreladas, o céu fica completamente iluminado. Chego na praça e já vejo Dylan.

- eai - digo acenando com a cabeça. Me aproximo.

- eai Jones - diz dando uma risada - ficou sabendo da nova?

- não, o que me conta? - pergunto tentando parecer um pouco animado.

- estão rolando boatos na escola, de que uma nova garota vai entrar amanhã - diz parecendo animado com a possibilidade de pegar alguém novo.

- mais uma mimada provavelmente, quem muda de escola no segundo semestre? - pergunto acendendo meu cigarro.

- se for gata, eu não ligo - diz dando uma risada irônica.

Dou de ombros e dou uma tragada. Sinto descer pela minha garganta, logo solto a fumaça tranquilamente.
Quando venho para cá, não tenho pressa, gosto da calmaria daqui. Dylan faz o mesmo, mas tem uma latinha de cerveja com ele. Enquanto isso, a música tranquila no meu fone continua, amo música, me tira de uma realidade em que eu não queria estar.

Não demora muito pra que ele volte a falar.

- você deveria tentar ficar com alguém - dá uma pausa - desde que te conheço, nunca te vi com ninguém, e olha que te conheço desde moleque. Tem várias meninas que tentam chamar a sua atenção e você nunca dá bola pra elas.

- e enquanto eu não achar a pessoa que eu vou amar, não quero nenhuma - ele revira os olhos e da uma risada.

- você tá na seca, isso sim - diz

- não me importo com isso - digo revirando os olhos e terminando com meu cigarro.

Quando olho no relógio, vejo que já são 02:50 da madrugada.

- vamo embora - digo jogando a bituca no meio da rua. Dylan concorda olhando no relógio.

Ele vai pro lado oposto ao meu. Chego em casa, destranco a porta e entro.
Deixo minha jaqueta no cabideiro e subo as escadas. Dou uma conferida na Melissa e vou para o quarto.

Vou para o banheiro, melhor tomar um banho. Entro debaixo do chuveiro e deixo a água quente escorrer por meu corpo.

Saio do banho, pego uma roupa qualquer e me jogo na cama. Amanhã tem mais um inferno pra aguentar.
Logo pego no sono e esqueço todas as preocupações.

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Acordo com o despertador tocando, maldita escola, pelo menos está acabando.
Levanto rapidamente e vejo tudo ficar preto. Isso que dá não comer nada, esqueci que tenho que comer em algum momento do dia.

Vou tomar um banho rápido, coloco uma roupa qualquer e passo meu perfume.
Pego minha mochila, coloco meu fone e meu celular dentro da mesma e desço as escadas.

Minha mãe já acordou.

- bom dia querido - diz com um sorriso no rosto.

- bom dia mãe, cadê a Melissa? - pergunto.

- ela está com febre, não vai a escola hoje. Senta aí e come esse lanche que fiz pra você - diz se sentada na cadeira e apontando pro assento na sua frente.

Sei que estou atrasado, mas ela parece ter feito com carinho, não vou renegar.

- se precisar de qualquer coisa pra cuidar da Mel, me liga. - digo me sentando e mordendo o lanche que ela preparou.

- pode deixar querido, não se preocupe, é só uma febre - diz sorrindo como sempre.

Termino de comer, tomo um copo de suco de laranja e dou um beijo em sua testa.

- até mais tarde - digo enquanto vou em direção a porta.

- eu te amo querido - diz com um sorriso.

- eu também te amo mãe - digo retribuindo. Não sorrio com frequência, não gosto, mas quando é com ela, não tenho como não sorrir. Ela é foda, aguentou tanta coisa por mim e pela Mel...

Pego minha jaqueta que deixei pendurada de madrugada e saio de casa. Pego meu fone e meu celular, coloco uma música e guardo o celular no bolso.

Vou caminhando pra escola, não é tão longe. Nesse meio tempo, acendo um cigarro e vou cantarolando.

Chego na escola e já vou em direção ao Dylan.

- bom dia irmão - me cumprimenta.

- bom dia - digo de volta.

- a menina nova ainda não chegou - diz parecendo procurar alguém novo pela escola.

- tá tão preocupado assim? parece que tá na seca - digo imitando ele.

- até parece, se eu quiser pego qualquer uma aqui. - diz se gabando.

- claro, galã - digo dando risada. Ele é um cafajeste, isso sim. Mas é meu amigo, então não posso fazer muita coisa.

Conversamos um pouco e fiquei com uma pontinha de curiosidade para saber quem seria essa aluna nova de que todos estavam falando. Ela provavelmente deve ser igual a essas garotas dessa escola. Usam saias e shorts super curtos para chamar a atenção de qualquer pessoa que passe por elas.

O sinal toca e vamos em direção a sala. Sento na última cadeira e já me ajeito pra tirar um cochilo. Ninguém merece, plena terça feira, 8:30 da manhã. Mas antes que eu pudesse dormir, a professora me chama para entregar a última nota.

Me levanto e vou até a sua mesa, pego a prova de matemática e vejo a nota, 100.
Até que não foi ruim, nem me esforcei pra essa prova.

- Parabéns Luan - diz me dando um sorriso de aprovação. Assinto e vou para o meu lugar.

Ela continua chamando um por um e quando Dylan volta, mostra que tirou 86.
Ele ficou orgulhoso, mas logo dormiu.

É, tava na minha hora de dormir.
Me ajeito na cadeira e aos poucos não ouço mais nada.

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- acorda aí Jones - ouço o Dylan me chamando. Levanto a cabeça lentamente, aos poucos vou levantando e percebi que já está na hora do almoço.

Pego minha mochila e vou em direção ao refeitório. Enquanto estava indo pra mesa, uma garota esbarra em mim, derrubando seu refrigerante em mim.

- Porra olha por onde anda - digo e reparo na cara de vergonha da menina. Nunca a vi antes.

- desculpa, não foi minha intenção... - diz tentando me limpar.

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Continua...

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Até a próxima!