um amor vivo das cinzas.. - s/n & javon

~ cap. 30

𓈀 S/N. ’

O jantar continuava, em perfeita harmonia, eu realmente começava a sentir-me em casa, os Walton's são muito queridos, são a definição de união, de família. Eu estava longe de casa mas com eles, com eles eu começava a sentir-me, finalmente, em casa. Javon e aquele seu olhar de diabo, que transmitia ódio, eu acho, quando olhava para mim. Talvez não fosse ódio, e sim por ter uma desconhecida entre eles, não o julgo, eu ficaria desconfiada, de pé atrás se alguma desconhecida entrasse no meio da minha vida, da minha família, da minha casa, assim do nada, e principalmente do estado em que eu estava, parecia que eu havia saído de uma guerra. Por outro lado, o olhar do javon transmitia algo mais, o quê? Eu não sei. Não sei explicar o que, por que também não sei o que mais ele transmitia, mas algo á mais tinha nele.

S/n: Vai continuar me olhar que nem o leão olha para a presa? Começo a pensar que você quer tirar-me a alma.

Falei, sem olhar para o mesmo e enquanto continuava a comer.

Javon: Relaxa. Eu não sou canibal.

S/n: Seu olhar não fala isso.

Daelo: O olhar dele fala outra coisa, acho que é na língua de extraterrestres porque não dá para perceber.

Não tive tempo para responder ao Javon, Daelo respondeu por mim. Dei uma risada.

Jayla: Sempre soube que ele vinha de outro planeta.

Oiço Jayla falando e sua risada, me fazendo rir juntamente a ela. Aquilo era bom demais, o que eu sentia era bom demais.

Após, todos jantarmos, levantamos a mesa. Todos ajudavam, levamos a loiça para a cozinha, tudo mais.

Jéssica: Pronto, agora hora de irem dormir, daqui a pouco passamos no quarto de vocês para dar boa noite.

Ela falou assim que terminamos de arrumar a mesa e assim ela iria arrumar a cozinha.

S/n: Não quer ajuda?? Eu fico e ajudo.

Jéssica: Não precisa, vá descansar, querida.

Eu queria ficar e ajudar, mas Daelo interrompeu, me puxando para eu ir ler uma história para ele.

Daelo: S/nnn, esta noite é a tua vez de leres uma história para mim.

Ele falou, jogando um beijo no ar. Fingi ficar chocada com o gesto dele.

S/n: Esse beijo foi para mim??

Daelo: Não sei. - *Ele encolheu os ombros em tom de brincadeira.*

S/n: Nossa Daelo, eu ia ler, mas agora, depois desse não vou ler não, fiquei tristinha.

Falei, entrando na brincadeira do menor, que no mesmo instante me abraçou.

Daelo: Não fica tristinha... O beijinho era para você.

Ele falou e assim de seguida, dei uma risada, pegando ele ao colo e subindo as escadas.

S/n: Já escolheu o livro??

Daelo: Já sim, dos dragões.