꧁𝑪𝒉𝒐𝒊𝒄𝒆𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝒘𝒂𝒊𝒗𝒆𝒓𝒔꧂

♡ Capítulo 56♡

Coloquei a minha mochila no assento ao meu lado que se encontrava vazio e sentei-me no assento ao lado da janela. Peguei meu fone e desliguei a minha mente. A única coisa que sabia sobre aquele estranho lugar, é que dividiria um apartamento com uma pessoa. Quem era, eu não tinha a mínima ideia. E o Miguel.... não falei com ele desde aquela noite, em que nos pegaram conversando pela janela. Meu pai jogou fora o chip do celular com os contatos da turma e controla o meu Instagram e qualquer outra rede social. Enfim, minha vida está uma completa merda. Depois de uma meia hora em que não achava uma única música que me fizesse esquecer de tudo isso, peguei um livro que tinha começado no Brasil e ainda não havia terminado. A única coisa que me entreteve. E sabe que livro era esse? Romeu e Julieta: o amor impossível. Parece com a minha realidade, não acha?

✨✨✨

- Obrigada, senhor. Bom tarde para você.- falo, e o motorista acena com a cabeça, me deixando com todas as bagagens à frente da portaria do condomínio. Ele era bonito por fora e próximo da escola, o que me dava uma baita vantagem. Chamei o porteiro que me ajudou com as malas até o elevador.

O senhor entrou comigo e me perguntou:

- Qual o andar, senhorita?

Pego o papel que estava no meu bolso da calça e o abro:

- Último andar. A cobertura.

- Ah, sim! Você irá dividir o apartamento com um menino muito legal. Eu não sei ao certo o nome dele, mas ele estuda na escola aqui perto.

Nesse momento a porta do elevador abre e o porteiro larga as minhas coisas no chão e volta a seu serviço. Ficando só eu com eu.

- Não entendi porque cardas d'água meu pai me colocaria com um MENINO colega de quarto! Certeza que ele não sabia disso e se o garoto for legal, eu NUNCA que vou contar para ele!- e suspiro- Você é forte e vai conseguir se adaptar rapidinho. Afinal, eu sou muito legal, né?...

Desisto de discutir comigo mesma e começo a destrancar a porta. Ela se abre e revela uma cobertura lindíssima. Estava tudo muito bem arrumado e quando eu entro, apenas com a mochila nas costas e olho em volta, vejo que está vazio. Surpreendo-me com a linda vista e vou até a sacada. Lá tinha cafeterias fofas e... olha! Uma pracinha! E...

- Oi?- ouço uma voz atrás de mim diz e eu me viro, rápido.

Os olhares se encontram, o cérebro processa, o coração bate, o estômago revira e, por fim, a boca fala:

- Voc-cê?- gaguejo.

- Como você veio parar aqui? Como você conseguiu me achar?- e eu acho que vocês já sabem de quem está fala pertence.