Confissões

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Natasha Romanoff's point of view.

Continuei parada ao lado da porta, enquanto Wanda invadia o interior de meu apartamento mesmo contra minha vontade. Ela caminhou até o centro da sala, sobre seus saltos escuros e finos, enquanto parecia procurar por algo no ambiente. Eu engoli em seco e tomei o máximo de ar para me manter calma.

Depois de alguns instantes, ergui a cabeça e encarei a mulher que estava na sala de estar, me observando fixamente. Empurrei a porta com força e caminhei em passos preguiçoso em sua direção.

Posso saber o que está fazendo aqui? Como tem a ousadia de aparecer no meu apartamento?

Nós precisamos conversar.

Uma risada sarcástica deixou minha boca, enquanto encostava-me ao pilar de madeira que dividia um cômodo e outro. Venus mantinha sua postura firme, bem característica sua, com aquele ar imponente e poderoso que tomava conta até mesmo em momentos como aquele, que ela estava claramente em desvantagem.

— Conversar? Você é a última pessoa desse mundo com quem eu quero conversar, Venus. Eu quero que você suma da minha vida! – exclamei irritada.

Quer conversar com quem? Com Maria que roubou seu lugar na delegacia? Eu avisei que ela não era a melhor pessoa, Romanoff.

Nenhuma de vocês são confiáveis!

Não me compare com aquela mulherzinha. – retrucou.

— Claro! Você é muito pior do que ela. E me diga...

Eu franzi o cenho e trinquei a mandíbula sentindo meu sangue esquentar.

— Como você sabe? – me aproximei dela vendo a loira engolir em seco. Wanda ficou calada, nada respondeu.

— Ah! claro, sua cúmplice te contou. – constatei. — Está feliz com isso, não é? Pode comemorar ao lado daquele desgraçado a vitória de vocês contra mim. Era isso o que você queria, não? Desde o começo está me usando nesse jogo sujo, como um peão qualquer, para saciar tua sede de vingança contra aquele verme do seu marido.

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