Estudos (VIII) ✅

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Narradora/Anurbi

Estava caminhando em direção à biblioteca, meus fones de ouvido redondos que cobrem completamente as orelhas emitindo minha música favorita ( Tempos Modernos na versão  do Jota Quest). É muito bom.

Não pude resistir à vontade de cantar e dançar pelas ruas. As pessoas ao meu redor me olhavam de forma estranha, mas eu estava em meu próprio mundo, sem me importar com o que pensavam.

Quando finalmente cheguei à biblioteca, não pude deixar de comentar sobre o quão grande e incrível ela era. Era um lugar que sempre me deixava impressionada. As prateleiras se estendiam até onde a vista podia alcançar, abarrotadas de livros de todas as formas e tamanhos. O cheiro característico de papel antigo e tinta.

As estantes eram organizadas de forma meticulosa, cada livro cuidadosamente catalogado e posicionado em seu lugar. Cartões catalográficos, agora em desuso, estavam alinhados em fileiras, testemunhas de um tempo passado. O chão era de madeira polida, e o som suave dos meus passos ecoava pelo ambiente.

As pessoas estavam espalhados por todo o lugar, imersos em suas pesquisas, leituras e estudos. Alguns estavam sentados em mesas de leitura, enquanto outros vagavam silenciosamente entre as estantes, procurando por livros específicos ou apenas explorando as inúmeras opções disponíveis. O silêncio era reverencial, quebrado apenas pelo ocasional sussurro de alguém pedindo um livro emprestado ou consultando um colega estudante.

À medida que eu caminhava mais profundamente na biblioteca as áreas eram divididas por temas, desde ciências até humanidades, história e literatura. Às vezes, eu me pegava desviando do meu caminho planejado para dar uma olhada em um livro que chamava minha atenção.

 Às vezes, eu me pegava desviando do meu caminho planejado para dar uma olhada em um livro que chamava minha atenção

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(Exemplo)

Fui em direção a uma prateleira específica para pegar um livro sobre física, até porque semana que vem iria ter prova, e eu não sou boba nem nada, física pra mim é uma das piores matérias, se não a pior, mas logo percebi que o livro estava alto demais para o meu alcance. Olhei pros lados e vi a tia do balcão.

Anurbi: O! Moça ajuda aqui?

Tia do balcão: Silêncio

Ela nem se quer olhou pra mim, ela parece aquela bibliotecaria de Monstros S.A, sem querer ofeder. Com uma mistura de frustração e determinação, decidi me pendurar na prateleira, na esperança de alcançar o livro, eu estava quase pegando, esticando minha mão pro alto enquanto meus pés ficavam na prateleira tentando não derrubar os livros e a outra mão segurando nas pontas dos dedos pra eu não cair. No entanto, meu equilíbrio vacilou, e antes que eu percebesse, estava prestes a cair. 

Foi quando, como se surgisse do nada, Latrel apareceu e me segurou a tempo. Respirei aliviada, mas antes que pudesse agradecer, o livro que tanto desejava caiu diretamente na cabeça de Latrel e depois no chão.

Anurbi: Desculpa!

Latrel: Bem, isso foi inesperado - com a mão na cabeça, riu.

Anurbi: Foi mal mesmo, obrigada - afastei-me de Latrel.

Geração contra o sistemaOnde histórias criam vida. Descubra agora