Narradora/AnurbiEstava caminhando em direção à biblioteca, meus fones de ouvido redondos que cobrem completamente as orelhas emitindo minha música favorita ( Tempos Modernos na versão do Jota Quest). É muito bom.
Não pude resistir à vontade de cantar e dançar pelas ruas. As pessoas ao meu redor me olhavam de forma estranha, mas eu estava em meu próprio mundo, sem me importar com o que pensavam.
Quando finalmente cheguei à biblioteca, não pude deixar de comentar sobre o quão grande e incrível ela era. Era um lugar que sempre me deixava impressionada. As prateleiras se estendiam até onde a vista podia alcançar, abarrotadas de livros de todas as formas e tamanhos. O cheiro característico de papel antigo e tinta.
As estantes eram organizadas de forma meticulosa, cada livro cuidadosamente catalogado e posicionado em seu lugar. Cartões catalográficos, agora em desuso, estavam alinhados em fileiras, testemunhas de um tempo passado. O chão era de madeira polida, e o som suave dos meus passos ecoava pelo ambiente.
As pessoas estavam espalhados por todo o lugar, imersos em suas pesquisas, leituras e estudos. Alguns estavam sentados em mesas de leitura, enquanto outros vagavam silenciosamente entre as estantes, procurando por livros específicos ou apenas explorando as inúmeras opções disponíveis. O silêncio era reverencial, quebrado apenas pelo ocasional sussurro de alguém pedindo um livro emprestado ou consultando um colega estudante.
À medida que eu caminhava mais profundamente na biblioteca as áreas eram divididas por temas, desde ciências até humanidades, história e literatura. Às vezes, eu me pegava desviando do meu caminho planejado para dar uma olhada em um livro que chamava minha atenção.
(Exemplo)
Fui em direção a uma prateleira específica para pegar um livro sobre física, até porque semana que vem iria ter prova, e eu não sou boba nem nada, física pra mim é uma das piores matérias, se não a pior, mas logo percebi que o livro estava alto demais para o meu alcance. Olhei pros lados e vi a tia do balcão.
Anurbi: O! Moça ajuda aqui?
Tia do balcão: Silêncio
Ela nem se quer olhou pra mim, ela parece aquela bibliotecaria de Monstros S.A, sem querer ofeder. Com uma mistura de frustração e determinação, decidi me pendurar na prateleira, na esperança de alcançar o livro, eu estava quase pegando, esticando minha mão pro alto enquanto meus pés ficavam na prateleira tentando não derrubar os livros e a outra mão segurando nas pontas dos dedos pra eu não cair. No entanto, meu equilíbrio vacilou, e antes que eu percebesse, estava prestes a cair.
Foi quando, como se surgisse do nada, Latrel apareceu e me segurou a tempo. Respirei aliviada, mas antes que pudesse agradecer, o livro que tanto desejava caiu diretamente na cabeça de Latrel e depois no chão.
Anurbi: Desculpa!
Latrel: Bem, isso foi inesperado - com a mão na cabeça, riu.
Anurbi: Foi mal mesmo, obrigada - afastei-me de Latrel.
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Geração contra o sistema
Ficção AdolescenteUm clássico, escola, jovens, muitas intrigas, amizades, inimigos, amor, diversão, brigas, traumas, problemas... Revisadas: ✅ Paz na 🥔