medo de cada dia

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Correndo, vejo um quarto. Entro nele. À minha esquerda fica um espelho; vejo-me. A cicatriz me deixa mais madura, mas ainda penso no que aconteceu.

Minha cabeça dói só de pensar nisso. Não pode ser real. Sinto o silêncio. Ando até a porta; o corredor parece mais assustador que antes.

Tomo coragem e ando por ele... talvez tenham ido embora... esta casa é idêntica à minha, até a mesa onde estávamos jantando... mãe, pai, irmão, onde estão vocês?

Passo direto pela sala, abrindo a porta. Meus olhos se enchem de lágrimas; parece um mundo futurista tirado de uma história qualquer, porém as pessoas parecem normais, exceto pelo detalhe de seus cabelos serem brancos...

um homem olha para mim e sorri... seus dentes são pontudos...

- Oi, Susan, ele fala...

olho com medo e entro novamente... espero uns minutos... será que ele ainda está lá? Olho pela fresta da porta... não vejo nada... ao abrir completamente, ele estava lá, ainda me olhando...

Quem... que... ou o que é você? digo com a voz trêmula.

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