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Sempre julguei que a serjeta fosse ter um odor horrível quando a vi abrirem pela primeira vez. Afonso deve ter pensado o mesmo. Descemos as escadas de ferro pela serjeta abaixo e posteriormente entrámos num discreto túnel à direita que nos levou, por um chão de alcatifa vermelha, a um género de bar suspeito. Ao longo dos corredores que nos dirigiam até lá, mulheres seduziam-nos, uns homens comentavam entre si o nosso andar e postura e outros apenas observavam-no. O corredor estreitava-se cada vez mais. A nossa vista começou a ficar turva devido ao fumo; fumo este que parecia servir de alma para aquele labirinto, e a nossa lucidez começou a pedir espaço na mente.
Chegámos ao salão na parte principal do espaço. O balcão estava sem empregado e a bebida a nosso dispor.
- Quem é esse bastardo?

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