Amando sem Parar

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---›Maraisa

Hoje era domingo, acordei às 06:30 da manhã com o sol batendo em meu rosto. Olhei para o lado e não vi Marília na cama, então pensei que ela pudesse estar no banheiro.

— Amor? - chamei alto, para que se ela estivesse no banheiro pudesse me escutar

Nada. Nenhuma resposta.

Levantei da cama e fui até o banheiro para conferir, não havia ninguém. Desci as escadas correndo e procurei por toda a casa. Marília não estava, ela havia me deixado no meio da madrugada.

Flashback On

Eu e Marília namorávamos, mas éramos acostumadas a frequentar algumas festas. Não ficávamos com ninguém, era só nós duas e as bebidas.

Hoje era sábado e iríamos em uma nova balada que havia inaugurado em Goiânia. Todo mundo estava elogiando e queríamos conhecer. Eu e Marília nunca pensamos que uma hora isso poderia dar ruim para as duas.

Eu estava com um vestido vinho colado no corpo, de mangas longas e veludo. Ele tinha um decote em "V" que deixava uma parte dos meus seios à mostra.

Marília optou por um vestido tubinho na cor vermelho alaranjado de alças finas e decote em "V" também.

Nós duas estávamos com os cabelos lisos e soltos. Usávamos um Louboutin nos pés e acessórios na cor prata.

Entrei no carro, esperei que Marília fizesse o mesmo e dei partida em direção a tal balada.

[...]

Logo que chegamos eu estacionei o carro, dei a mão para Marília e entramos, indo direto em direção ao balcão do bar. Nos sentamos nas banquetas que tinham ali e fizemos nosso pedido, que foram duas caipirinhas de limão.

Depois de mais algumas caipirinhas, eu e Marília já estávamos levemente alteradas. Começamos a nos beijar mas logo paramos, pois a falta de ar se fez presente.

Marília me deu um sorriso malicioso e foi para o meio da pista para dançar a música sexy que havia iniciado.

Ela me encarava enquanto dançava e eu não tirava meus olhos dela, ainda sentada na banqueta.

Em alguns minutos, senti alguém sentar-se do meu lado, mas não liguei e continuei encarando minha mulher, que agora dançava de costas para mim, empinando sua bunda em minha direção.

— É solteira? - a pessoa foi se aproximando

— Não. - respondi seca

— Poxa, tão linda assim e não tá disponível? - fez drama

— Obrigada, mas não. Inclusive minha mulher está ali. - apontei para Marília

A pessoa não respondeu nada, só se aproximou mais e juntou seus lábios aos meus. Eu tentei impedir, mas a pessoa segurou meus braços, me impedindo de empurrá-la.

Quando abri os olhos Marília me encarava com os olhos marejados, só aí me dei conta do que havia feito e me soltei com força, empurrando a pessoa que eu nem havia visto o rosto. Na hora que eu ia correr na direção da minha mulher, vi ela chegando na primeira pessoa que apareceu em seu campo de visão e beijando ela em seguida.

Aquilo doeu mais do que se eu tivesse levado uma facada no peito. Senti meus olhos lacrimejar na hora e quando terminou, Marília me encarou limpando o canto dos lábios.

Saí dali correndo e fui em direção ao carro. Eu precisava ir embora, não aguentaria nem mais um minuto sendo torturada desse jeito.

Peguei o carro e saí o mais rápido possível dali. Foda-se como ela vai embora, pede carona para aquela puta que ela beijou.

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⏰ Última atualização: Oct 11, 2023 ⏰

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