Não vamos perder nenhum segundo, baby (cavalgue)

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Rafe nunca admitiria isso para além dele mesmo, mas tinha uma pequena, quase nula, obsessão por JJ Maybank.

Era desagradável, caótico e ele não entendia o motivo.

Talvez fosse a semelhança dos pais de merda deles, ou porque ele era impulsivo e corria atrás do que queria, mesmo que fosse chamado de idiota e falhasse no caminho. Há a possibilidade de que seja porque ele se parecia com um cachorrinho.

O que? Ah, vamos lá. Ele rosnava para proteger sua família do que pensava ser predadores e praticamente rolava na grama a cada coisa boba que fazia, todo ansioso para receber reconhecimento de seu dono.

Rafe virou o resto de whisky em seu copo ao sentir seu pau se contrair com a última parte.

Dono. Ele gostava dessa palavra.

O vento do alto mar bagunçou seus cabelos e a risada desagradavelmente bonita de JJ o tirou de seus pensamentos.

Por um momento ele quase tinha se esquecido da brilhante (leia-se a ironia) ideia de seu pai de fazer uma festa no barco e o que deu início a essa merda toda.

O maldito smoking que JJ resolveu usar para servir comidas e bebidas.

Sério, quem deu isso a ele? Rafe não sabia se queria dar um tiro nessa pessoa ou jogar dinheiro em sua cara.

Ninguém merecia ter essa visão, principalmente na porra de um barco onde Rafe não podia transar com ele ao ar livre.

Ele sabia que JJ não o negaria, não depois que isso já tinha acontecido uma vez.

JJ estava sentado na praia, se afogando no álcool depois de mais uma briga com o pai. Rafe zombou e riu dele, provocando-o ao limite em que, ao vez de socar sua cara, que era o que ele queria, ele gritou "Foda-se, cala a boca, cara!" e o beijou.

Ele o empurrou imediatamente (Rafe nunca admitiria que correspondeu por um ou dois minutos) , mas encarar os tristes e quase lacrimejantes olhos azuis o fez voltar. (e daí que esse não era o único motivo?)

Rafe não sabia que merda de sentimento era esse de querer fazer com que JJ se sentisse fodidamente bem ao ponto de esquecer sua vida patética, mas resolveu ignorar.

"Eu não sabia que ele era um pogue." Janice, uma sócia investidora na empresa de seu pai, comentou. "Ele é quente, talvez aceite um outro tipo de trabalho." Rafe serrou a mandíbula tanto quanto os punhos.

"Eu adoraria isso." ele não sabia quem era a mulher do lado dela e estava pouco se fodendo.

Elas tinham idade para ser avó dele! Isso era nojento.

Não! Isso não tinha nada a ver com ele querer rosnar que JJ era dele.

"Ouvi dizer que ele tem AIDS." ele murmurou ao passar, indo pegar mais bebida. O choque delas foi audível e um sorriso arrogante se curvou em seus lábios.

*

Ok. Era isso. Esse era o seu limite.

Sarah, porque tinha que ser ela, não saiu do lado de JJ o tempo inteiro, grudada nele igual carrapato em cachorro (ei, as citações caninas não iam parar)

Ela não se tocava? Ela não estava de quatro por aquele trabalhador de classe inferior sujo? Tendo trocado Topper por ele, o que ela tinha com o seu...

Foda-se, ele estava muito bêbado.

Na proa do barco, observando JJ semelhante à um caçador com a sua presa minutos antes de atacar, Rafe não perdeu tempo ao ver uma oportunidade de ficar a sós com o pougue. Eca! Esse nome era horrível até em pensamento.

Eu quero sentir seu corpo em cima do meu (vamos nessa)Onde histórias criam vida. Descubra agora