Amar em meio ao caos - Imagine Jungkook

:Capítulo 4:

P.O.V Yora/

Estava tentando ser o mais rápida possível, estava preocupada em deixar Yuki sozinha por tanto tempo no estacionamento. A gente já precisa encontrar outro lugar para passar a noite hoje..

Eu entrei em uma loja de café, onde de longe na vitrine vi algumas garrafas de água. Rodeei um pouco, a loja estava escura, e eu não acendi a luz para não chamar a atenção.

Me aproximei do balcão e peguei todas as garrafas de água. No total só tinham 6.

Peguei uma sacola de papelão que tinha a logo da loja, coloquei as garrafas dentro para ficar mais fácil de carregar. Logo, ouvi barulhos de passos correndo. Obviamente me desesperei e me agachei atrás do balcão ficando em total silêncio.

Não sabia o que esperar, não tinha como presumir se era algum sobrevivente desesperado como eu, ou, algum soldado fazendo patrulha.

Logo ouvi a porta da loja ser aberta, meu coração acelerou e senti minhas mãos suarem. Pude ouvir os passos se aproximando e fechei os olhos segurando minha respiração.

Já estive em situações como essa de quase ser pega, mas, sempre fico apavorada e sem saber como agir. Fico pensando no pior para tentar encontrar um jeito de lidar com o pior, caso acontecer. Minha única motivação de sair viva daqui é Yuki. Então é óbvio que temo em ser encontrada e acabar sendo morta.

Minha pequena está esperando por mim no carro...e se eu morrer primeiro me sentiria culpada de deixar ela sozinha. Por mais que eu sempre deixe claro a ela que talvez eu possa não voltar...

Então ouvi barulho de coisas sendo jogadas no chão, provavelmente foi as mesas que estavam espalhadas pela loja. Quem está ali não está procurando suprimentos, e sim uma pessoa.

Comecei a me mover e engatinhar para o outro lado do balcão. Consegui olhar um pouco o local e ver que era um soldado procurando embaixo das mesas. Ele estava de costas, era a oportunidade perfeita.

Me levantei e corri em direção a saída da loja, e sim, ele me percebeu.

Começou a correr atrás de mim e disparar com a arma e eu corria o mais rápido que podia. Como o local estava totalmente vazio era ensurdecedor ouvir o eco dos meus próprios passos junto com os do soldado atrás de mim, além, do barulho dos tiros.

— Não adianta fugir! - a voz do homem grita enquanto ele continuava a atirar -

Eu não olhava para trás mas sabia que não podia deixar ele me perseguir até o carro. Pois não daria tempo de pegar Yuki e as bolsas. E correr com ela seria difícil também, eu me cansaria mais fácil. Mas eu estava sem ideias do que fazer e além de tudo ele está armado..!

Eu tentava pensar em algo, mas que chances eu tinha contra um soldado treinado e armado?! Minha cabeça tentava pensar em possibilidades para distrair ele mas a adrenalina não me deixava pensar!

Só teve algo que me fez parar de correr, senti um impacto no meu braço. A dor foi horrível, meus passos diminuíram. Acabei deixando a sacola cair pois perdi a força necessária na mão. Então olhei para trás vendo o cara recarregar a arma de cano longo, ele mirou em mim e já pensei que dessa vez ele iria acertar em cheio.

Mas como sempre, eu ainda tinha esperanças de conseguir sair dessa. Só pensava no bem estar da minha filha. E o bem estar dela não aconteceria se eu morresse aqui e agora.

Quando ele se aproximou com mais alguns passos parei de correr encarando ele. Segurava o local do ferimento com força, sentia o sangue escorrendo cada vez mais por meu braço.

— Eu falei...não adiantou fugir. Sinto muito moça..- ele falava em um tão irônico e aquilo me irritou -

Eu não havia lutado tanto para morrer assim, nas mãos de um monstro. Para mim todos os soldados são monstros, como eles conseguem matar tantas pessoas e ainda se divertirem com isso?